sábado, 31 de agosto de 2013

Funeral Tucano!?


Funeral tucano?!

Paulo Lucio – Carteirinho (Pombo Correio)

No viveiro kataua, no governo passado, o cemitério se transformou em ninho tucano, sendo administrado pelo Pica-pau, “amigo pessoal” do prefeito tucano e correligionário, sendo indicado para o cargo através de um acordo político.

A frente do cemitério, Pica-pau utilizou a máquina pública em vantagem própria. Ao estilo tucano iniciou um esquema de corrupção e privatização do cemitério, que ficou mais sujo do que pau de galinheiro.

Em pouco tempo de administração há denúncias de várias irregularidades.

Venda de espaço público - Privatização.

Violação de túmulos, para roubo de ouro e pertences pessoais. - Peculato.

Pagamentos mensais para manutenção dos jazigos e compra de túmulos. - Mensalão

Desvio de dinheiro das vendas ilegais dos túmulos – Caixa 2.

Irregularidades denunciadas pelo advogado Águia, sempre com os olhos abertos para a questão pública, trazendo essas denúncias para a ordem, tendo em vista que representa a família da pequena Beija-flor, a qual a Cegonha levou de volta para o Criador, e teve seu túmulo violado.

Com essas denúncias, o Pica-pau foi exonerado, na tentativa de enterrar as denúncias, que não foram investigadas pela legislatura passada, tendo em vista que a Câmara também era ninho tucano. Dessa forma, jogaram uma pá de terra nas denúncias.

Mesmo fora do cargo, Pica-pau continuou agindo, dando continuidade no esquema, cobrando o pagamento dos túmulos, onde muitos foram vendidos através de prestações, que não foram pagas e que estavam sendo cobradas pelo Pica-pau, que também sobrevoava o cemitério, expiando e sumindo com provas.

Mesmo com as denúncias, Pica-pau manteve laços com a tucanada, que não expulsaram do ninho, onde ele participou das eleições concorrendo ao cargo de vereador pela coligação dos tucanos.

Com a derrota da tucanada nas eleições, o ninho tucano foi retirado do Legislativo e do Executivo. As novas autoridades resolveram desenterrar as denúncias, criando a “CPI do Cemitério”, depois das manifestações do advogado Águia, que juntou mais provas durante esse tempo.

A “CPI do Cemitério” fez ressurgir das cinzas a Fênix, junto com ela as irregularidades, que foram comprovadas: violação e venda de túmulos, roubo de pertences pessoais, desvio de dinheiro, descontos em enterros, gavetão de túmulos, ossário clandestino, falta de estrutura, EPIs... .

Como diz o ditado popular: “ merda quanto mais meche mais fede”. E a cada depoimento mais irregularidades.

O João-de-barro, que havia comprado um túmulo e feito sua “casa”, descobriu que seu jazigo foi violado, sendo enterrado outro pássaro, que não é da sua família, sem o conhecimento e autorização. Fizeram o João-de-barro de João-bobo.

A Viuvinha foi visitar o túmulo do seu esposo e descobriu que os restos mortais do seu marido não estavam mais lá, mas sim num saco plástico no tal “gavetão”.

O Quero-quero quer o túmulo que comprou de volta, já que o seu túmulo foi vendido para outros pássaros. Isso mesmo, outros pássaros, tendo em vista que esse túmulo foi vendido três vezes. Um mesmo túmulo com três donos diferentes.

O Sabiá sabia que a venda de túmulo era ilegal, mesmo assim procurou o Pica-pau para comprar um túmulo, pagando duas parcelas faltando uma e que agora tenta regularizar a compra, já que tem comprovantes dos pagamentos.

O Cabeça-de-ouro teve o túmulo do seu pai violado, onde roubaram o dente de ouro e a aliança.

O Canário-belga forneceu desconto em alguns enterros e foi citado no inquérito.

O Bem-te-vi viu o Pica-pau ameaçando outros pássaros de morte.

As denúncias giram em torno da administração do Pica-pau, mas há quem diga que são antigas, ocorrendo em outras administrações, respigando até para a Coruja.

As descobertas das denúncias foram comprovadas pelo Tesoureiro, funcionário do setor tributário, que criou um sistema de emissão de guia e recolhimento de verbas, onde percebeu que enterravam mais do que arrecadava. Ou seja, haviam os enterros mas o dinheiro não entrava nos cofres públicos, sendo desviados. Calcula-se que foram desviados cerca de R$ 200 mil.

As investigações da CPI foram encaminhadas para a Delegacia e para o Ministério Público, somando com outras denúncias.

Se for comprovadas essas irregularidades o Pica-pau vai pra gaiola fazer companhia ao Trinca-ferro. E ainda pode sobrar para o tucano, correndo o risco de improbidade administrativa. Se isso ocorrer, teremos o Funeral Tucano.

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