sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Dia da Consciência Branca! ?

Dia da Consciência Branca!?

Paulo Lucio – Carteirinho

No dia 20 de Novembro comemoramos o Dia da Consciência Negra. Toda vez que aproxima dessa data, muitos que são contra ou que não entendem a importância desse dia aproveitam para repetir uma velha frase: Por que não tem o dia da Consciência Branca?

Na verdade, tem sim o dia da Consciência Branca. Porém, não é celebrado apenas num dia, mas todos os dias. Para comprovar isso cito fatos recentes. Os atentados terroristas praticados pelo Estado Islâmico (EI).

Dias atrás, o mundo ficou chocado com os atentados terroristas ocorridos na França. Cerca de 130 pessoas morreram, mais de 200 ficaram feridas. Esse acontecimento foi amplamente divulgado pela mídia do mundo todo, em especial a mídia brasileira. A todo o momento flashes ao vivo. Matérias com depoimento das vítimas e comentários de especialistas. Fato que se repetiu por dias e tende a continuar por semanas. Tivemos também campanha no facebook com a bandeira da França - inclusive aderir a campanha.

Meses atrás, na Nigéria, o grupo terrorista jihadista, Boko Haram, aliado do Estado Islâmico, cometeu vários atentados. Num só ato, mais de 200 pessoas foram mortas. Segundo o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, o grupo terrorista já matou 17 mil pessoas e provocou a fuga de 2,5 milhões de habitantes desde 2009. Apesar de um número superior aos atentados na França, os atentados na Nigéria não foram noticiados. Nossa mídia não deu um pio. Não tivemos campanha no facebook. Fato que se repete em outros atentados em países africanos e asiáticos. Por quê?

Vamos analisar esses países. A França fica na Europa. A Nigéria fica na África. A população da França é maioria branca. A população da Nigéria maioria negra. França é um país rico. Nigéria país um pobre. F

Como podem notar, quando um ato é praticado contra um povo branco/rico ganha destaque mundial. Quando um mesmo ato acontece contra um povo negro/pobre não é destaque. Vale destacar que a cor do sangue negro/pobre é a mesma do sangue branco/rico.

A música de Max Gonzaga, Sou Classe Média, fala por si: “Mas se o assalto é em Moema. O assassinato é no "jardins". A filha do executivo é estuprada até o fim. Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa. De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal. De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal. E eu que sou bem informado concordo e faço passeata. Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal . Porque eu não "to nem ai". Se o traficante é quem manda na favela. Eu não "to nem aqui". Se morre gente ou tem enchente em Itaquera. Eu quero é que se exploda a periferia toda. Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta. Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida.”



Deixando de lado a Consciência Branca, voltando para a Consciência Negra, é um dia que deve ser destacado. Afinal, é o dia em que lembrarmos os 300 anos de escravidão da raça negra no Brasil. O dia 20 de Novembro não foi escolhido à toa. Foi nesse dia que morreu Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negros que lutaram contra a escravidão, ou melhor, pela liberdade e igualdade. Jamais poderemos esquecer os séculos de tortura, mortes, exploração, violência contra a raça negra.

O mundo tem uma dívida histórica com a raça negra. Que sentem na pele as consequências do passado. Como diz Machado de Assis: “Libertaram os escravos, falta libertar os negros”. Os negros continuam “escravos”. Escravos da cultura branca que ainda explora a raça negra.

Nos desenhos infantis (Branca de Neve, Bela Adormecida, Cinderela...) mostram apenas personagens brancas. Os comerciais de TV mostram apenas os brancos comprando, gastando, viajando, vestindo... . Nos filmes e novelas os negros sempre nos piores papeis.

A arte imita a vida. Ela reproduz o que vivemos. Vivemos numa sociedade racista e preconceituosa. Por isso a importância do dia da Consciência Negra. Dia que enaltece a raça negra. Seus costumes, cultura, línguas, danças, vestimentas, religiões. Resgatando as origens do povo africano. Combatendo o racismo, preconceito e a intolerância.

Assim como a Consciência Branca, a Consciência Negra deve ser celebrada todos os dias. Salve Zumbi! Salve Dandara! Salve Ganga Zumba! Salve a raça negra! Salve o dia da Consciência Negra!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

"Pedaladas" Fiscais!

“Pedaladas” Fiscais!

Paulo Lucio – Carteirinho

A expressão “Pedaladas” Fiscais é a mais comentada no meio político. Tendo em vista que muitos não aceitaram o resultado das urnas e procuram maneiras para derrubar um governo eleito democraticamente e tentam nas “Pedaladas” Fiscais uma alternativa.

Pegando carona no termo, defino essa manobra golpista como “Pedalada” Eleitoral!

Apesar de todo esforço da oposição, a tática vem dando errado. Já que não tem embasamento jurídico para propor o impeachment em cima das “Pedaladas” Ficais, que são manobras contábeis utilizadas por todos dos governos. Iniciou no governo Itamar Franco, passando por Fernando Henrique Cardoso, Lula e agora Dilma.

Como funciona? O Governo tem diversos programas sociais e beneficiários. Destaco alguns deles: Bolsa Família, FIES, Minha Casa Minha Vida, Seguro Desemprego, Abono salarial, subsídio agrícolas... .

Para fazer esses pagamentos, o governo utiliza dos bancos, na grande maioria das vezes bancos públicos, em especial a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Bando do Brasil- “Prata da Casa”.

O Governo faz uma previsão orçamentária dos gastos e repassa dinheiro para os bancos, que ficam responsáveis pelos pagamentos dos benefícios. Caso o repasse do governo for superior o banco devolve o que sobrou. Caso o valor for inferior o banco faz o pagamento utilizando recurso próprio e o governo repassa o que faltou.

Para que o leitor entenda melhor, cito alguns exemplos. A filha diz para a mãe que vai ao mercado. A mãe aproveita a ida da filha e pede para ela comprar pó de café.

Exemplo 01: A mãe dá para a filha R$ 6,00. Acontece que o pó de café não estava na promoção, custando R$ 8,00. Mesmo faltando dinheiro a filha não deixa de comprar o pó de café. A mãe então repassa para o dinheiro que faltou.

Exemplo 02: O Mercado fez uma promoção especial, o pó de café foi coprado por R$ 5,00. Dessa forma, a filha devolve para a mãe o dinheiro que sobrou.

Esses exemplos explicam como funcionam as “Pedaladas” Fiscais. O Governo repassa dinheiro ao banco para fazer os pagamentos. Quando sobra dinheiro o banco devolve para o governo. Quando falta dinheiro o governo repassa o que faltou. A diferença é que nessa relação temos que levar em consideração os juros. Aí que tá a polêmica das “Pedaladas” Fiscais. Alguns entendem que as “Pedaladas” Fiscais ajudam o governo a maquiar as contas, em alguns casos servem como forma de arrecadação. Vale lembrar que no ano de 2014, só a Caixa Econômica Federal pagou ao governo R$ 141 milhões de juros. Como podem notar, as “Pedaladas” Ficais não representam prejuízos aos cofres públicos.

Deixando de lado essa polêmica, voltando para a funcionalidade das “Pedaladas” Fiscais, elas garantem o funcionamento dos programas sociais e beneficiários.

Cito outro exemplo. A pessoa tem um carro e leva ao mecânico de confiança que sempre faz a revisão anual. Quando o problema é mais grave e a peça é cara o mecânico pede autorização do dono para a realização do serviço. Mas na grande maioria das vezes o mecânico vai mexendo no carro, trocando pessoas e fazendo os reparos, no final ele cobra pelo serviço.

No caso da “Pedalada” Fiscal é a mesma coisa. O banco não fica perguntando ao governo se pode ou não fazer os pagamentos. Afinal, sabem que o governo tem que pagar esses programas sociais e beneficiários. Os bancos também sabem que o governo não dá calote. Vale destacar que o Governo tem dinheiro de sobra. O Brasil tem em média U$ 370 bilhões de reserva internacional. Isso em dólar, agora imagina em real.

Para facilitar ainda mais o entendimento cito outro exemplo. A pessoa é dona de uma empresa. Chega na empresa um cobrador cobrando uma dívida pessoal do dono da empresa, que naquele momento não tem dinheiro em mãos e utiliza dinheiro do caixa da empresa para pagar a dívida. Repondo o dinheiro em seguida.

A mesma coisa são as “Pedaladas” Fiscais. Os bancos, que são do Governo, faz o pagamento da “dívida”. O Governo, dono dos bancos públicos, repõe o dinheiro em seguida. Ninguém sai perdendo e a população beneficiada sai ganhando, já que garante seu benefício.

Como podem notar não tem nada de tão errado nas “Pedaladas” Fiscais ao ponto de se propor impeachment. Como disse anteriormente, essa prática é antiga. Realizada por todos os governos. Sendo que os governos anteriores não tinham a metade dos programas sociais que temos hoje. Mesmo assim “Pedalavam”.

Claro que também não podemos concordar 100% com as “Pedaladas” Fiscais. Cabe ao governo ser mais transparente e organizado, planejando melhor seu orçamento. Como vem fazendo agora, cortando gastos e propondo ajustes.

Agora convenhamos, não é motivo para pedir o impeachment da presidente Dilma. Não tem lógica retirar a presidente Dilma pelo fato dela garantir a funcionalidade dos programas sociais através das “Pedaladas” Fiscais. Por ela pagar Bolsa Família, FIES, Minha Casa Minha Vida, Abono Salarial... .

Os que defendem isso estão praticando a “Pedalada” Eleitoral. Não aceitaram a derrota nas urnas e tentam atropelar a democracia com uma bicicleta sem freio, levando o país ladeira abaixo. Aumentando ainda mais a crise econômica. Criando a crise política, que é pior que a crise econômica.

Entenda um pouco mais sobre a “Pedalada” Fiscal

Redação do Enem 2015

*Redação que fiz para o Enem 2015. A respeito da violência contra a mulher!

O mundo moderno vive suas contradições. Ao mesmo tempo em que aumentou a participação da mulher na sociedade, com destaque no campo político, econômico e social; aumentou também a violência contra elas.

A quem relaciona o aumento da violência contra a mulher com o papel da “nova” mulher na sociedade. Sociedade essa machista, paternalista, conservadora e assistencialista.

Em muitos lares, homens não aceitam a independência da mulher e utilizam de violência contra elas como forma de repressão. Como se dissessem: Quem manda aqui somos nós!

Os números falam por si. Entre 2006 a 2011, a Lei Maria da Penha registrou mais de 300 mil casos de violência contra as mulheres. Por falar na Lei Maria da Penha, destaco a importância dessa ferramenta no combate a violência. Não somente por possibilitar a prisão dos agressores, mas também fornecer apoio jurídico, médico, psicológico e social a mulher agredida. Auxiliando no seu retorno da mulher agredida a sociedade.

Cabe a sociedade fazer a parte dela. Ajudar no combate a violência contra a mulher. Através do Disk 180 denunciar casos de violência contra as mulheres. Por uma sociedade mais justa e sem violência.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Impeachment?

Impeachment?

Paulo Lucio – Carteirinho

A eleição de 2014 não terminou. Muitos não aceitaram o resultado das urnas e tentam anular a eleição de qualquer maneira. Tivemos pedidos de recontagem de votos, anulação da chapa vencedora, cassação de mandato por causa das pedaladas fiscais e até pedidos de intervenção militar. Vale tudo para chegar ao poder.

Tudo isso não passa de chororó de quem perdeu as eleições. Afinal de contas, não vi ninguém pedindo recontagem de votos onde seu grupo ganhou. Onde eles ganharam a eleição foi legal. Onde eles perderam foi ilegal.

Os derrotados nas urnas não têm argumentos jurídicos e nem moral para querer mudar o resultado das urnas. Como um candidato e um partido que não teve as contas de campanha aprovadas quer anular as contas de campanha de quem ganhou? Como um partido que por anos fez uso das pedaladas fiscais agora quer cassar presidente por causa delas? Como partidos políticos que têm governadores e prefeitos que não tiveram as contas aprovadas pelo TUC querem manter seus políticos no poder, porém defendem a saída da presidente pelo mesmo motivo?

É o sujo falando do mal lavado.

Sem medir as consequências, parte da oposição, já que não podemos generalizar, arrasta o país para uma crise que afeta não somente a economia, mas também a política. A crise política é pior que a crise econômica.

Muitos acham que retirar um presidente vai resolver os problemas do país, principalmente a corrupção. Mas se analisarmos a história iremos notar que o impeachment de Collor não combateu a corrupção, pelo contrário, acabou favorecendo ainda mais a corrupção.

Para comprovar o que estou dizendo aprofundo no impeachment. Quem vota o impeachment? Quem vota não é o povo, mas sim os deputados. Alguns deles envolvidos em esquemas de corrupção. Tem como combater a corrupção com corruptos. Como diz o ditado: é o mesmo que colocar a raposa para tomar conta do galinheiro.

O impeachment enfraquece o poder Executivo e fortalece o poder Legislativo. É como se os deputados dissessem: Quem manda no país somos nós. Logo, terão que negociar com a gente.

Sabemos como são essas negociações: mensalão, mensalinho, petrolão, cargos.. . O Executivo fica refém do Legislativo. O presidente não consegue governar. Perde força. Quando um presidente combate a corrupção, como a Dilma vem fazendo, muitos desses corruptos tentam retirá-lo do poder. Pegam carona com os derrotados nas urnas, golpistas de plantão e com os problemas na economia.

Estão tentando retirar a presidente Dilma de forma ilegal. Sem nada concreto contra ela. Justo a presidente que mais vem combatendo a corrupção no país. Para que? Quem vai ganhar com isso?

Antes de apoiarem o impeachment analisem as consequências deles. Quem vota o impeachment? Quem vai assumir o país após a queda do presidente? Qual poder ficará fortalecido: o Executivo ou o Legislativo? Qual vai ser a relação do novo presidente com o Congresso? Quem combaterá a corrupção praticada pelos deputados?

Impeachment não combate a corrupção. Não se iludam com esse discurso.

Entenda um pouco mais sobre o impeachment.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O caso Bolinha e o discurso do ódio!

O caso Bolinha e o discurso do ódio!

Paulo Lucio – Carteirinho

No dia 12 de Outubro comemoramos o Dia das Crianças. Em Leopoldina não temos muito o que comemorar nessa data. Tendo em vista os últimos acontecimentos. No dia 10 de Setembro uma criança de 8 anos foi estuprada pelo próprio tio. No dia 26, a menina Érika de apenas 4 anos foi estuprada e morta de forma cruel. Esses dois crimes revoltaram a população.

É inadmissível qualquer tipo de violência. Ainda mais com crianças. Seres tão puros e inocentes. Como pai de dois filhos - quase que da mesma idade das crianças violentadas- me solidarizo com as família e imagino a dor eles estão sentindo.

Quando recebi essas notícias confesso que fui tomado por um sentimento de raiva. A raiva é um sentimento normal. Até Cristo teve raiva. Como relata João 2: 15 na passagem que trata da expulsão dos comerciantes no Templo. Cristo o homem que pregou a paz, o perdão, o amor, no ensinou a oferecer a outra faça pegou o chicote e expulsou os comerciantes. Se até Cristo teve raiva imagina nós meros mortais.

A raiva é normal quando é quando passageira. A pessoa sentir raiva naquele momento. Passado o momento ela volta ao normal. Caso o sentimento de raiva persita se transforma em ódio. O ódio não é um sentimento normal. É disso que venho tratar nesse texto. O discurso do ódio.

Venho percebendo o aumento do discurso do ódio. Nas redes sociais vários comentários incentivando o mal. O mesmo se repete nas ruas e mídias. Fiquei abismado quando passei em frente a uma igreja – que não vem ao caso falar qual – e ouvi “cristãos” defendendo a tortura, pena de morte e violência. Serão esses os ensinamentos de Cristo?

Mas o que mais me assustou foi ouvir de algumas crianças esses mesmos discursos. Uma fala ficará para sempre na minha memória. Uma criança conversando com seus coleguinhas disse: “tem que pegar a cabeça dele, arrancar e bater uma Bolinha (jogar futebol)”.

Olha o quanto o discurso do ódio é preocupante. Será esse tipo de pensamento que queremos para nossas crianças? Acredito que não! Dessa forma, devemos abandonar esse discurso de ódio e retomar o do perdão, amor e paz. Do contrário, estaremos incentivando cada vez mais criminosos. Cada vez mais pessoas desumanas. Como diz o ditado: violência gera violência.

Deixo claro que não estou defendendo o Bolinha ou outro tipo de criminoso. Pelo contrário. Quero que eles paguem pelos crimes cometidos. Sendo julgado pela justiça e não por justiceiros de plantão.

Fazer justiça com as próprias mãos não nos torna uma pessoa melhor. Não podemos achar que o justiceiro é herói. Pelo contrário, é também criminoso. Afinal, estará cometendo um crime. Não se combate crime cometendo outro crime.

Fazendo isso estaremos regredindo. O que vem seguida? O retorno das crucificações? Os apedrejamentos? O uso da guilhotina? Os enforcamentos? Fuzilamentos?
É isso que queremos?

Finalizo citando o conto xamânico: Os Lobos.

“Numa noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre a batalha que acontece no interior das pessoas. Ele disse:
- A batalha acontece entre dois lobos dentro de cada um de nós. Um é o Mal. É raiva, inveja, ciúmes, presunção, tristeza, ódio, ganância, arrogância, autopiedade, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho, superioridade e ego.
O outro é o Bem. É alegria, paz. Amor, esperança, serenidade, humildade, gentileza, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
O neto pensou sobre isso por um minuto e então perguntou ao avô:
- E qual é o vencedor?
E o velho Cherokee simplesmente respondeu:
- Aquele que você alimentar...”

Qual lobo estamos alimentando? O lobo mal ou o lobo bom?

domingo, 20 de setembro de 2015

PRB!?

PRB!?

Manobras políticas, como tomadas de partidos e dissidência de grupos, ajudaram a criar uma nova frente política, encabeçada pelo PRB.

O PRB até então não tinha tradição na política local. Era um partido acessório, voltado para ampliar legendas nas coligações para vereador e garantir alguns segundos a mais nas propagandas políticas das candidaturas a prefeito.

PRB!?

Manobras políticas, como tomadas de partidos e dissidência de grupos, ajudaram a criar uma nova frente política, encabeçada pelo PRB.

O PRB até então não tinha tradição na política local. Era um partido acessório, voltado para ampliar legendas nas coligações para vereador e garantir alguns segundos a mais nas propagandas políticas das candidaturas a prefeito.

O partido atuava como ator coadjuvante. Caso se confirme a conjuntura atual, na próxima eleição o partido poderá ser um dos atores principais. Tendo em vista que lançou pré-candidatura a prefeito. Sendo encabeçada por um empresário local.

Esse empresário é um nome ainda desconhecido no meio político. Visando apresentar o nome dele a população, o grupo vem ganhando as mídias. Porém, de forma desastrosas. Como a divulgação de uma “Nota Oficial” do partido, lançando a pré-candidatura e ao mesmo tempo fazendo críticas ao atual governo e a gestão passada. A nota foi desmentida horas depois pelo presidente do PRB, dizendo que essa nota era falsa e que somente ele responde pelo partido.

A "Nota Oficial" criou um mal estrar no partido. A briga interna virou destaque em site, redes sociais e nos programas de rádios.

Outra tragédia foi a participação do grupo nos programas de rádios. Que mostrou falta de preparo. O pré-candidato evitou entrar em detalhes nos problemas, projetos e propostas para a cidade. Não falou nada com nada. Como diz o ditado: A primeira imagem é a que fica.

O grande problema do partido é a questão interna. A entrada de novos membros, sendo muitos deles inimigos declarados do ex-prefeito, vem tentando pautar o partido a tomar uma posição mais crítica. Acontece que o presidente do partido não quer briga com o ex-prefeito. Tendo em vista que é funcionário da Câmara, que é "controlada" pelo grupo do ex-prefeito.

A falta de independência financeira do presidente coloca em risco a candidatura do partido. Enquanto o presidente tiver relação com o grupo do ex-prefeito o partido terá brigas internas. Brigas internas tendem a criar dissidências, que poderão enfraquecer o partido.

Essas brigas internas colocam em dúvida o futuro do partido.

sábado, 19 de setembro de 2015

Salário do vereador!?

Paulo Lucio – Carteirinho

A crise econômica e política traz com ela um velho discurso a respeito do valor dos salários dos políticos. Em especial dos vereadores. Esse discurso ganha força com a aproximação do prazo que irá definir os salário do próximo mandato. A lei diz que os vereadores têm até 180 dias antes da eleição municipal para definirem os valores dos salários dos vereadores, do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários.

Muitos vereadores evitam fazer esse debate no ano de eleição e acabam antecipando para o ano anterior da eleição. Ou seja, para esse ano. Caso os vereadores não apresentem nenhum projeto nesse sentido será aplicado o valor do mandato atual.

Sabendo disso, circula nas redes sociais um movimento que visa pressionar os vereadores para reduzirem os salários. O movimento foca apenas no salário dos vereadores, que virou o inimigo número um da sociedade. Os manifestantes não estão organizados. São vários grupos com várias propostas. Não tem um valor definido. Há inclusive por parte de alguns que os vereadores não tenham remuneração - como era no passado. A “grande maioria” defende que seja o mesmo valor do salário mínimo, que ano que vem será de R$ 865,00. Alguns propõem o mesmo valor do piso dos professores, em torno de R$ 1.900. Enquanto outros propõem o valor de R$ 970,00, se guiando de um movimento que iniciou em Santo Antônio da Plantina,no Paraná.

Para situar o leitor comentarei a respeito do caso de Santo Antônio da Plantina. Cidade com 40 mil habitantes, possui 9 vereadores que apresentaram um projeto para definir os salários do próximo mandato. Até aí não tem nada demais. Acontece que a projeto previa um aumento de 100%. O salário dos vereadores passaria de R$ 3.750,00 para R$ R$ 7.500,00. Essa proposta revoltou a muitos, em especial uma mulher que estava presente no dia da votação e bateu boca com os vereadores. Essa discussão foi filmada.
O vídeo foi parar na internet e diversos populares tiveram acessos. Revoltados, iniciaram um movimento não somente para impedir o aumento do salário, mas para diminuir os salários dos políticos da cidade. Pressionados, os vereadores acabaram não aprovando o projeto e ainda reduzindo o salário para R$ 970,00.

O caso de Santo Antônio da Plantina foi muito noticiado e comemorado. Inspirou diversos movimentos em muitas cidades Brasil a fora. Esses movimentos chegaram à nossa região. É o caso de Leopoldina e Cataguases, onde já começam circular nas redes sociais e nos bastidores políticos propostas para redução de salário, com direito a abaixo assinado.

Muito me preocupa esse tipo de movimento. Não que eu seja contra a redução dos gastos públicos. Pelo contrário, sou favorável. Inclusive, já organizei diversos movimentos nesse sentido. Por outro lado, sempre defendi que os políticos sejam remunerados. Sendo uma remuneração que não seja nem muito alta, nem tão baixa. Variando de acordo com o cargo e até mesmo o orçamento de cada cidade. Não tem lógica um vereador de São Paulo, a cidade mais rica e população do Brasil, com um orçamento na casa dos 50 bilhões, sendo a população acima de 11 milhões de habitantes, receber o mesmo valor que um vereador de Serra da Saudade/MG, menor cidade do Brasil, com apenas 850 habitantes, sendo o orçamento de apenas R$ 10 milhões. É com se o jogador do Flamengo ganhasse o mesmo salário que o jogador do Flamenguinho de Cataguases.

Não tem lógica também o cargo mais importante do Legislativo, que é o do vereador, receber menos que outros funcionários. Vale lembrar que na Câmara não tem só vereador. Tem assessores, porteiros, motoristas, secretárias, auxiliares de limpeza, técnicos, advogados, contadores... . Caso seja aprovada a redução do salário do vereador esses funcionários irão ganhar 2, 3, 4, 5.. vezes a mais que os vereadores. Aí fica a dúvida, vão reduzir os salários desses profissionais também? Sem contar que do outro lado da rua, no Executivo temos altos salários: prefeito, vice-prefeito, secretários, comissionados e funcionários de carreira. Esses salários também serão reduzidos? Ou somente os vereadores que terão salários reduzidos?

Esse campanha de redução dos salários dos vereadores para um valor mínimo ou até mesmo nada vai de contra uma conquista histórica dos trabalhadores. Conforme citei anteriormente, no passado não havia remuneração. Com isso, apenas uma elite ocupava os cargos políticos. Valer lembrar que naquela época a carga horária de trabalho era de 12, 14, 16 horas por dia. Como um trabalhador atuaria na política se ele não tinha tempo e o cargo não era remunerado?

Até mesmo nos dias de hoje, quando a carga horária é de 8 horas fica complicado. Para comprovar isso faço algumas contas. O trabalhador tem 8 horas de trabalho por dia, podendo fazer mais 2 horas extras se o patrão assim desejar. O horário de almoço varia entre 1 a 2 horas. Acrescentando o acordar, vestir, café da manhã, ir e vir do trabalho. Lá se foram 12 a 14 horas do dia. Vamos arredondar para 13 horas. O dia tem 24 horas. 13 horas o trabalho leva. Restaram 11 horas. Os médicos aconselham uma noite de sono de 8 horas, vamos considerar 7 horas. Ou seja, 20 horas se foram. Sobraram 4 horas. Nessas 4 horas o trabalhador tem que tomar banho, jantar, fazer suas necessidades, ficar com a família e amigos, ir para a religião, praticar esporte, estudar, lazer... quando ele terá tempo para a política caso ele tenha um cargo?

Se esse trabalhador for eleito vereador terá poucas horas do dia para exercer sua função. Por isso a importância da remuneração. A remuneração permite que o trabalhador afaste do seu trabalho ou que tenha menos funções para se dedicar ao cargo que foi eleito. O problema é que muitos dos eleitos continuam nos seus trabalhos e funções ganhando dos dois lados. Mas essas questão é fácil de ser resolvida, basta o povo votar em candidatos que irão se dedicar ao cargo e não em candidatos que só querem o salário. A solução está no voto e não na redução do salário.

Reduzindo o salário dos vereadores o que irá acontecer? Os eleitos irão abrir mão dos seus empregos? Claro que não!. Vão acumular ainda mais funções. Ou seja, não terão tempo. Por isso sou contra essa campanha de redução para valores baixos. Podemos reduzir sim, mas para um valor que seja justo, tendo em vista a importância do cargo.

Com citei anteriormente, o cargo de vereador é o mais importante do Legislativo, não pode se forma alguma ser o salário mais baixo da Câmara. Tal proposta é um retrocesso. É um ataque a luta dos trabalhadores.

domingo, 6 de setembro de 2015

Nosso exército!

Nosso exército!

Paulo Lucio – Carteirinho

Em período de greve muito se escuta falar em unidade. A união de toda a categoria. 100% de paralisação. Greve geral... e por aí vai.

Muito bonito na teoria. Mas na prática é complicado. Tendo em vista que nossa categoria é muito heterogênea. São vários cargos: carteiros, atendentes, otts, motorista, motociclistas, administrativos –supervisores, coordenadores, gerentes, diretores....). Cada um com um salário.

Outro detalhe é a questão de tempo de casa. Temos várias gerações diferentes. Temos colegas que entraram na empresa na época da Ditadura Militar. Outros nos governos Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma. Ou seja, em épocas diferentes. Passando por diversas situações.

Os mais novos - o qual me incluo – pegamos uma época boa. A era PT foi muito boa para a categoria. Tivemos grandes conquistas: aumentos acima da inflação, 30% de periculosidade, anuênios, vale peru, vale cultura, 4 ticktes extras, abonos, GIP ... .

No passado não tão distante, era Collor/Itamar e FHC era arrocho salarial. Inflação acima de dois dígitos e reajustes abaixo de 2%. O que explica o fato de que os mais novos recebem quase que a mesma coisa que os mais velhos. Foram anos e anos sem reajustes. Com várias demissões.
Sucateamento público e o terror da Privatização.

Mas não vim aqui para falar de governos. Venho falar da categoria. Analisar o perfil do nosso exército.

Estamos espalhados Brasil a fora. Das capitais ao interior. Sendo que temos muito mais funcionários no interior do que nas capitais. Para quem trabalhar no interior o custo de vida é bem menor. Chamo atenção para outro detalhe, nossos salários são maiores que das outras categorias, que não chegam a valor do nosso ticket. Isso explica porque muitos do interior não aderem a greve. Trabalhar nos Correios é o sonho de muitos no interior.

Destaco também que dentro de uma unidade temos várias diferenças. Vou citar o exemplo de um CDD para facilitar o entendimento. O CDD Cataguases/MG. São cerca de 23 funcionários. Tem um gerente, supervisor e um administrativo. Os três maiores salários do CDD. Vocês acham que esses vão aderir ao movimento paredista? Claro que não, ou seja, restam apenas 20.

Desses 20, temos 4 motociclista e 2 motoristas. Em breve serão, 5 motociclista e 3 motoristas. Vale lembrar que quem tem portaria ganha mais que os demais. Além da função, a grande maioria trabalha sábado, recebendo de 3 a 4 tickets (30 - 31 dias), além de 15%. Somando tudo ultrapassa chega a R$ 500. Para eles o salário é ruim?

Restam 12 carteiros. Sendo que alguns são antigos, inclusive já aposentados. Ou seja, possuem duas rendas. Ganham mais. Nunca fizeram greve, vão fazer agora? Como conseguir sensibilizar esses companheiros para ir a luta por quem ganha menos?

Vale destacar que quem ganha menos não estão indo para a luta. Afinal, quem ganha menos normalmente são os mais novos, que até pouco tempo estavam desempregados ou ganhando menos em outros empregos. O cara consegue passar no concurso público, ganhando muito mais que antes, com vários direitos vocês acham que eles vão querer ir para greve?

Destaco também que os mais novos não gostam muito de entregar cartas. O negócio deles é tentar trabalhar interno. Conseguir um cargo. Crescer na empresa. Com isso, muitos não vão aderir a greve com medo de prejudicá-los. .

Conclusão, de um CDD com 23 funcionários, um ou outro que que vai aderir ao movimento. Esse é o nosso exército. Acho muito difícil conseguir uma mobilização para uma greve geral. Ou por aumento salarial sem saber ao certo o quanto estamos pedindo. Qual é a nossa proposta? Apesar de que o ACT engloba várias outras reivindicações.

Citei o exemplo do CDD Cataguases que representa bem outras unidades, do interior e até mesmo da capital. Somos uma categoria formada por vários cargos e gerações.

Cabe ao movimento sindical analisar o perfil do nosso exército e tentar conseguir formas de mobilizá-los.

Venho sugerindo a tempos paralisações temáticas. Sendo mais objetivas. Por exemplo, vamos tirar um dia de paralisação para defender o Plano de Saúde. Será apenas um dia, sendo que repetiremos outros dias até que a empresa atenda nossa reivindicação.

Vamos fazer um dia de paralisação para cobrar o pagamento da PLR.

Acho que dessa forma teremos conseguiremos uma grande mobilização. Chamar para greve por tempo indeterminado é complicado. Ainda mais quando sabemos das táticas da empresa para enfraquecer o movimento, descontando os dias parados. Outro detalhe é que a grande maioria do ACT estão parando no TST, que nos obriga a voltar ou aceitar uma mediação que nem sempre é boa para nós.

Manifestações temáticas. Esse é o caminho. Conseguiremos mobilizar uma quantidade maior de funcionários.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Imperialismo!?






Imperialismo!?




Paulo Lucio Fernandes da Silva
Matrícula: EAD 01343810
Licenciatura - História
Polo: Cataguases/MG
2015









Imperialismo!?

O que é imperialismo? O conceito de imperialismo sempre foi objeto de muita polêmica. Para entender melhor o que vem a ser imperialismo recorro primeiro ao dicionário, que define da seguinte forma: “é a política de expansão e o domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas”.

Segundo os teóricos, em especial os marxistas, “o imperialismo é o segundo estágio do capitalismo”. Um estágio de acumulação capitalista, em substituição ao estágio do capitalismo concorrencial.

Não poderia deixar de fora os “nacionalistas” e os Estadistas que definem o imperialismo como “um mal negócio para a nação”. Para eles, as práticas imperialista combatem a cultura, a política e a economia local.

A influência imperialista é exercida, diretamente ou indiretamente, muitas das vezes através de armas.

Visando ser imparcial, cito também a versão dos partidários do imperialismo, que entendem que o modelo imperialista é uma medida de desenvolvimento industrial e mercadológico. “Conseguir novos mercados é necessário anexar-se a outros territórios, sendo isso uma medida de política sensata para todos os países industriais”.

Em outras palavras, imperialismo é a prática através da qual, nações poderosas procuram ampliar e manter controle ou influência sobre povos ou nações mais pobres.



Projeto do imperialismo

Desde a Antiguidade, os povos lutam para conquistar. No caso do Imperialismo, essa conquista é mais voltada para o lado econômico. As potências industriais precisavam expandir os negócios. Uma característica do capitalismo. Entender a influência do capital estrangeiro nas economias e na política de outros países é entender o imperialismo.

O que leva os imperialistas quererem conquistar outros países e territórios? Para essa pergunta temos várias respostas: Mão de obra barata; exploração; novos mercados; busca de matérias primas; monopólio; poder; desenvolvimento; riqueza; ... .
Do lado dos imperialistas, ao conquistar países mais pobres os imperialistas estariam contribuindo para a civilização daqueles países.

Na verdade, o imperialismo precisava de mercados estrangeiros para as manufaturas. Investimentos foi à causa da adoção do imperialismo como linha política e como prática dos parasitas para tentar monopolizar o resto dos mercados.

Para entendermos melhor o imperialismo temos que voltar no passado, na Revolução Industrial. O surgimento de várias indústrias e produtos fizeram com que os países fossem atrás de matéria-prima. Do que adianta você ter uma máquina que produz se você não tem matéria prima para a produção? Não ter mão de obra? E até mesmo compradores.

Sem matéria prima cabia aos países industriais comprar de outros países. O que acabava encarecendo o produto final. Além da busca de matéria prima, os imperialistas tinham que combater o Protecionismo.
O Protecionismo foram medidas que muitos países criaram para proteger sua economia. Através de impostos e até mesmo proibição da circulação dos produtos estrangeiros nos países.

O Protecionismo acabou alimentando o imperialismo. Tomar territórios era necessário para os imperialistas. Esse pensamento prevaleceu por muito tempo.

Novas formas de Imperialismo

O domínio de nações e países por parte dos imperialistas foi mudando ao longo do tempo. Novas formas de expansão imperialista passaram por diferentes fases: globalização, neoliberalismo, neoimperialismo, imperialismo tardio, imperialismo contemporâneo... .

Mudaram o nome, mas a lógica era a mesma: controle por parte do capital. Segundo Hobson, a “ submissão ao poder da metrópole como forma de absorção política das terras, onde funcionários, mercadores, industriais exercem seu poder econômico sobre “as raças inferiores” e incapazes de praticar o autogoverno”.

O princípio do imperialismo não é a ação do estado, e sim o movimento do capital internacional e transnacional sobre a economia global. Dentro do imperialismo, o Estado é “o agente de execução necessário, a serviço exclusivo dos segmentos dominantes do capital”.

O imperialismo visa poder único, sem fronteiras, acima de qualquer potência capitalista. Trata-se da nova ordem global que com a finalidade de criar monopólios. Principalmente nas áreas: da tecnologia; do controle de fluxos financeiros; do acesso aos recursos naturais do planeta; dos campos da comunicação e da mídia; da esfera dos armamentos de destruição.

O imperialismo caracterizar-se-ia como uma nova etapa do capitalismo, nascida sob a hegemonia do capital financeiro e das corporações monopolistas.

Segundo Lênin, “o quê distinguia a fase imperialista das fases anteriores do capitalismo, era o fim da concorrência entre as empresas e o domínio da economia mundial por um pequeno número de monopólios e oligopólios”.

Conclusão

A expansão imperialista impôs a muitos países o modelo econômico e político. Trazendo conseqüências na economia.. De acordo com Lênin são elas

1) Concentração da produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os monopólios.
2) Fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação, baseada nesse capital financeiro da oligarquia financeira;
3) Exportação de capitais, diferentemente da exportação de mercadorias;
4) Formação de associações internacionais monopolistas de capitalistas, que partilham o mundo entre si.
5) Termo da partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes

Tudo isso em prol do capitalismo. O que reforça as palavras de Lênin quando dizia: O imperialismo é a nova fase do capitalismo.

JP - João Partido!

JP - João Partido!


Em Kataua, um dos maiores personagem da política é João Partido, popular JP. João Partido está sempre pulando de galho em galho. Troca de partido igual mulher troca de roupa. - Com todo respeito às mulheres.

Na última eleição, João Partido passou a perna em muita gente e partidos. Negociou com vários grupos. Por fim acabou apoiando a chapa do prefeito. O qual presenteou com um cargo na prefeitura.

Nesse ano, João Partido passou por vários partidos. Da oposição a situação. Com a estratégia de obter informações. É o famoso : Leva e traz.

Sua última manobra política foi uma jogada de mestre. João Partido “tomou” o partido de um importante grupo na cidade. O grupo agora é chamado de Sem Partido.

João Partido é o Judas Iscariotes da política de Kataua.


sábado, 22 de agosto de 2015

Conjuntura política de Agosto!

Conjuntura política de Agosto!

Paulo Lucio – Carteirinho

Estamos nos aproximando das eleições de 2016. O mês de Agosto é um dos mês mais movimentado na política. Tendo em vista que para concorrer a cargo eletivo o eleitor deve estar filiado ao partido há pelo menos um ano antes da data fixada para as próximas eleições, que são no começo de Outubro.

A dança da cadeira já começou. Muitos candidatos trocaram de partidos. Muitos partidos trocaram de donos. É o caso do PRP (Partido Republicano Progressista), que até então pertencia ao grupo do vereador Serafim Spíndola, mas que acabou perdendo o partido para o Maguinho, que é um dos pré-candidatos a prefeito.

Para não correr o risco de ficar sem legenda, Serafim acabou migrando para o PDT (Partido Democrático Trabalhista). Partido que por anos está nas mãos do seu tio Marco Spínola. Apesar de não se pronunciar publicamente, nos bastidores políticos há rumores de que Serafim seja um dos possíveis pré-candidatos a prefeito. Ou até mesmo vice.

Os partidos PT, PMDB, PCdoB, PSDB mantiveram suas principais lideranças.

O PCdoB (Partido Comunista do Brasil) continua nas mãos do prefeito Cesinha, que insiste em dizer que concorrerá à reeleição. Caso Cesinha venha candidato quem será reeleito será o ex-prefeito Willian. Afinal, Cesinha não cumpriu nenhuma das promessas feita, principalmente a de rasgar o contrato da Copasa. Além de que seu governo está sendo um fracasso.

O PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) continua nas mãos do secretário de Esporte Ricardo Dias. Ninguém do partido ainda manifestou interesse em candidatura própria, tendo em vista que o partido continua fazendo parte do governo Cesinha. Mas nos bastidores o partido se movimenta. Muito se comenta de reuniões realizadas com grupos da oposição. Chegaram a circular boatos da possível vinda do ex-prefeito Willian para o partido.

Por falar no ex-prefeito Willian Lobo, dificilmente ele deixará PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira). Mesmo com a derrota do seu grupo no Governo do Estado o partido é muito forte. Com certeza irão querer retornar ao poder. A cada dia o ex-prefeito consegue mais apoios. A grande incerteza na chapa do Willian é quem será seu vice. Repetirá Zé Neto? Virá com chapa puro sangue? Afinal, os vereadores Michelangelo e Walmir Linhares são dois puxadores de votos. A aproximação com a ex-prefeita Maria Lucia e o vereador Titoneli acaba aumentando essa disputa.

Finalizo citando o PT (Partido dos Trabalhadores). Assim como o PMDB, o PT faz parte da base do governo Cesinha. Como citei anteriormente, Cesinha diz que será candidato. Isso acaba prejudicando uma possível candidatura do PT. Para isso, é preciso romper com o Governo. Membros do partido apostam na possibilidade de desistência da candidatura do prefeito Cesinha. Caso isso ocorra, o candidato do governo será alguém da base. Nesse caso, tudo indica que será alguém do PT. Primeiro pelo fato do partido ter ganhado o Governo do Estado. Vale lembrar que a coordenadoria política do governador Fernando Pimentel quer que o PT tenha pelo menos 300 candidatos em Minas Gerais. Visando ampliar a base do governo. O direção Estadual do partido vem pressionando os presidentes locais para definirem candidaturas. De posse dos nomes serão realizadas pesquisas de intenção de votos analisando o cenário político.

Dentro do partido três nomes se destacam: Pequeno. Majella e Evanildo. Caso confirme a candidatura própria, esses nomes passaram pelas prévia do partido. Os filiados irão decidir quem será o candidato. Esse é o jeito PT de fazer política. Vale lembrar que até mesmo o Lula passou por isso. Na campanha de 89 disputou eleição interna com Eduardo Suplicy. Nas eleições seguintes não tiveram disputas internas, o que acabou favorecendo o partido. A indefinição e a constante troca de candidatos acabam prejudicando o partido. É o caso do PSDB, que nas últimas três eleições tiveram três candidatos diferentes (Alckmin, Serra e Aécio).

Voltando para a disputa interna do PT de Cataguases, o secretário de Assistência Social, Vanderlei Pequeno, tem grande vantagem. Tendo em vista que sua longa trajetória política no partido. Está no partido há mais de 30 anos. Já foi vereador e presidente do partido. Além do seu belo trabalho a frente da secretaria. Evanildo é o que tem menos chances e terá que correr atrás de apoio dentro e fora do partido.

O vereador Majella, apesar de pouco tempo de partido, consegue atrair muitos apoios. Eu mesmo, apesar de não fazer parte do partido, apoio a candidatura de Majella, que pra mim é o melhor nome. Vale destacar que Majella ganhou de Pequeno a eleição para vereador. Destaco também a questão da rejeição, Majella tem a menor taxa. Além de ter a maior taxa de projeção de votos.

Majella está inserido no movimento religioso. Está em contato diretamente com os empresários, tendo em vista que dá palestras para empresas. Por falar em empresários, faz parte do SICOOB. O fato de ser professor acaba conseguindo apoio dos estudantes e jovens. Seu mandato está sendo um dos melhores nessa legislatura, estando em contato com o povo através do Projeto Fale com o Vereador. Além de atrair apoio de membros de outros partidos.

O mês de Agosto está dessa forma. Vamos aguardar o mês de Setembro.



quarta-feira, 15 de julho de 2015

"Rédução" da maioridade penal!?

Um dos temas mais debatidos atualmente é a questão da “rédução” da maioridade penal. Digo “rédução” e não redução devido a entender que estamos regredindo. Retrocedendo. Dando marcha ré. A “rédução” da maioridade penal vai contra uma das maiores conquistas do Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), um marco legal e regulatório dos direitos humanos das crianças e adolescentes, que completou nesse ano 25 anos.

O ECA é o conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro, que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, como medidas punitivas para aqueles que cometam algum crime. Sendo as punições: advertência, liberdade assistida, semiliberdade e até internação (prisão). Sendo a partir de 12 anos.

Como podem notar, temos uma lei muito rígida com os jovens que cometem crimes. O que mostra que não precisa “réduzir” a maioridade penal. Basta aplicar as punições previstas no ECA. Caso entendam que o ECA deva ser mais rigoroso com alguns crimes, como os hediondos, que façamos mudanças no ECA, aumentando as penas.

Até entendo por que querem “réduzir” a maioridade idade penal, devido à impunidade; que tem explicação lógica. Vale destacar que temos poucas unidades socioeducativas no Brasil. O Estado de Minas Gerais por exemplo, possui 855 municípios, sendo que tem apenas 33 unidades socioeducativas. Sendo que apenas 23 para internação (prisão), dessas, oito são de Belo Horizonte. Ou seja, apenas 15 municípios possuem unidades socioeducativas. Na região da Zona da Mata, a unidade mais próxima fica em Juiz de Fora. Em Muriaé tem uma unidade socioeducativa mas apenas para semiliberdade e não de internação.

Isso se repete Brasil à fora. Temos pouquíssimas unidades socioeducativas. As poucas que temos, estão superlotadas. Sem ter para onde encaminhar os menores infratores a solução é deixá-los livres. O que explica o sentimento de impunidade.

Essa é a falha do sistema. Faltam unidades. No sistema prisional o quadro é ainda pior. O Brasil tem a quarta população carcerária do mundo. Não temos onde mais colocar presos. Mesmo assim ainda querem “réduzir” a maioridade penal e colocar mais gente atrás das grades.

Nossas cadeias estão superlotadas, boa parte delas controladas por facções criminosas. De dentro das cadeias partem as ordens do crime organizado contra a sociedade. Presos ligam para as pessoas pedindo dinheiro simulando falsos sequestros. Em época de rebeliões, presos são mortos brutalmente. Alguns chegam a jogar futebol com as cabeças de outros presos.

É nesse local que queremos colocar nossos jovens? Vamos “réduzir” a maioridade penal e colocar nossos jovens na faculdade do crime?

O projeto 171/93 – o número fala por si 171 – é um estelionato. Cria a falsa ideia de que aprovando a “rédução” da maioridade penal vai resolver o problema da segurança e da impunidade. Pelo contrário, vai aumentar. Segundo pesquisa do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário a taxa de reincidência, ou seja, presos que depois de soltos voltam a praticar crimes, é de 70% nas cadeias. Enquanto no sistema socioeducativo essa taxa é de 30%.

O que é melhor? Encaminhar os menores para unidades socioeducativas que recuperam mais ou para cadeias que recuperam menos?

“Réduzindo” a maioridade penal terão que construir mais cadeias e celas. Não seria melhor construir mais unidades socioeducativas? Afinal, o ECA prevê punição para menores à partir dos 12 anos. Vale lembrar que a proposta de “redução” da maioridade é para jovens de até 16 anos, sendo para crimes hediondos. O que vão fazer com os menores abaixo dessa faixa etária que comentem crimes? E para os menores que cometerem outros crimes? Vão encaminhá-los para onde?

Como disse anteriormente, não temos unidades socioeducativas. Ao invés de “réduzir” a maioridade penal deveriam aumentar as políticas públicas na educação, esporte, cultura e lazer. Além de criar novas unidades socioeducativas. “Réduzir” a maioridade penal irá aumentar o problema, como vários juristas e especialistas vêm alertando. Destaco a frase do ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Joaquim Barbosa, o “super-herói”, o “Batman” brasileiro, que disse: “Estão brincando com fogo”.

Termino citando as instituições que são contra a “rédução” da maioridade penal: Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB – Igreja Católica), várias Igrejas Evangélicas, Ordem dos Advogados do Brasil (OBA), Conselho Federal de Psicologia ( CFP), Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC/MPF), Associação dos Juízes pela Democracia (AJD), Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Sem Terra (MST), além de vários partidos políticos, movimentos sociais, intelectuais, pensadores, políticos e religiosos.

E você. É contra ou a favor da “rédução”?

Redução da adolescência!?

Redução da adolescência!?

Paulo Lucio – Carteirinho

Adolescência é uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta. Este período é marcado por diversas transformações corporais, hormonais e até mesmo comportamentais.

Não se pode definir com exatidão o início e fim da adolescência (ela varia de pessoa para pessoa), porém, na maioria dos indivíduos, ela ocorre entre os 10 e 20 anos de idade (período definido pela OMS – Organização Mundial da Saúde).

A fase entre 10 a 14 anos é considerada como pré-adolescência. Nessa fase temos a puberdade onde ocorre o desenvolvimento dos órgãos sexuais. Durante a puberdade, os meninos e meninas passam por várias mudanças corporais: aparecimento de pelos pubianos, crescimento do pênis e testículos, engrossamento da voz, crescimento corporal, e primeira ejaculação, começo da menstruação, desenvolvimento das glândulas mamárias, aparecimento de pelos na região pubiana e axilas ….

Na fase da adolescência ocorrem significativas mudanças hormonais no corpo. Nesta fase, os adolescentes podem variar muito e rapidamente em relação ao humor e comportamento. Agressividade, tristeza, felicidade, agitação, preguiça são comuns entre muitos adolescentes neste período. Entendendo e respeitando a adolescência saberemos tratar dos nossos jovens.

Porém, a adolescência está para ser diminuída. A redução da maioridade penal trará consequências sociais e civis para essa faixa etária. Afinal, a sociedade passará a enxergar os jovens de outra forma. Como se fossem “adultos”. E pior, como se fossem criminosos.

Reduzir a maioridade penal vai além de questão de punir os jovens que cometem crimes. Vale destacar que temos diversas leis que prevem punições, sendo à partir dos 12 anos, conforme prevê o Estatuo da Criança e do Adolescente (ECA). Ou seja, não é preciso reduzir para punir.
Caso entendam que as leis devam ser mais rígidas, principalmente em casos de crimes hediondos, que façamos mudanças no ECA.

Reduzir a idade penal estaremos punindo não os jovens que cometem crimes, mas toda juventude. Toda uma faixa etária. Conforme disse anteriormente, vamos passar a enxergar nossos jovens com outros olhos.

É como se reduzíssemos a adolescência. O jovem que completar 16 anos não será mais visto como adolescente. Como menor de idade. Seria considerado "maior de idade".

Me preocupa essa política contra a juventude . Como se os jovens fossem responsáveis pelo aumento da violência. Vale destacar que, dos crimes graves, os chamados hediondos, menos de 1% são cometidos por menores. Por outro lado,mais de 35% de menores de idade foram vítimas de homicídios. O que comprova que nossas jovens são mais vítimas do que criminosos.

Vamos reduzir a maioridade penal por causa de 1% e prejudicar os 99% restantes?

Reduzir a maioridade penal estaremos reduzindo a adolescência. Nossos jovens serão tratados como adultos, automaticamente, terão os mesmos direitos.

Especialistas alertam para as consequências da redução da maioridade penal, podendo, vou repetir, podendo, reduzir a maioridade civil. Permitindo que donos de bares vendam bebidas alcoólicas e cigarro para os jovens. Que os jovens tenham acesso a conteúdo pornográfico. Que a Revista Playboy possa colocar uma jovem nua na capa da revista. Que os jovens possam tirar carteira de motorista.... Além de outros direitos que hoje são permitidos apenas para quem tem acima de 18 anos.

Não vamos permitir que reduzam uma das mais importantes faixa etária da sociedade.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Terceirização!?

Terceirização!?

Paulo Lucio – Carteirinho

O dia 22 de Abril, data em que comemoramos o “descobrimento”, ou melhor, a invasão do Brasil, agora será lembrado também por outro fato: a invasão nos direitos trabalhistas. Dia em que o Congresso Nacional aprovou o texto do projeto 4330/2004.

O projeto 4330 dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes. A leis das terceirizações. Alguns pontos do projeto são até interessantes, tendo em vista que regulamenta a terceirização, dando direitos aos trabalhadores terceirizados. Dentre os direitos, destaco a questão do tratamento. Na grande maioria dos casos, os terceirizados recebem tratamentos diferenciados em relações aos outros funcionários que trabalham na mesma empresa.

Os funcionários terceirizados não têm acesso a setores da empresa, como vestiários, refeitórios, área de lazer, banheiros, sala de treinamentos, uso de equipamentos, ferramentas e uniformes... . Além dos de não receberem plano de saúde, ticket alimentação, vale cultura e outros direitos que recebem os funcionários das empresas contratantes.

O PL 4330 criar um vínculo entre os funcionários terceirizados e as empresas contratantes. Considerando como “parte” do processo e da equipe de trabalho. Tendo os mesmos direitos e tratamentos que os funcionários efetivos e de carreira. O projeto também cria responsabilidades as empresas contratantes. Que devem fiscalizar se as empresas terceirizadas estão cumprindo com os pagamentos de salários, férias, INSS, FGTS... . Caso não estejam cumprindo caberá a empresa contratante arcar com esses pagamentos.

Como citei anteriormente, o projeto tem pontos importantes. Mas nem tudo que reluz é ouro. O projeto 4330 tem pontos polêmicos. Como a revogação do artigo da constituição que impede a terceirização da atividade-fim, que garante a empregabilidade de milhões de trabalhadores. Com a mudança as empresas poderão terceirizar todas as atividades. Em outras palavras, não vão mais precisar ter funcionários fixos e de carreira.Essa mudança tende aumentar a quantidade de terceirizados, diminuindo os concursos, processos seletivos e os funcionários de carreiras.

Para facilitar o entendimento vou citar um exemplo. A profissão de motorista/cobrador de ônibus. Com a proibição de terceirizar a atividade-fim as empresas de ônibus são obrigadas a terem no seu quadro de funcionários motoristas/cobradores, além de um quadro de reserva. Muitos chegam a se aposentar na empresa.

Com a aprovação do projeto 4330 as empresas não vão mais precisar ter quadro de funcionários, podendo recorrer a uma empresa terceirizada que fornecerá motoristas/cobradores. Que também prestará serviços para outras empresas de ônibus. Conclusão, os motoristas/cobradores não trabalharão para uma empresa especifica, mas para várias empresas. Ao invés de comparecerem na garagem de ônibus eles terão que comparecer na empresa terceirizada que irá definir onde eles vão prestar serviço. Podendo ser na empresa de ônibus A, B, C, D...

Vamos trazer esse tema para Cataguases. Os motoristas/cobradores serão funcionários de uma empresa terceirizada que prestará serviços para a empresas Bonança, Leo, Dorico, Sereno Tur... . Serão funcionários Bombril: mil e uma utilidades. Se coloquem no lugar desses trabalhadores. O cara sai de casa sem saber onde irá trabalhar. Em saber quem será o seu patrão naquele dia. Isso acontecerá com os motoristas, cobradores, professores, enfermeiros, metalúrgicos, atendentes, bancários, entregadores, … com quase todas as categorias.

Pode parecer um exagero da minha parte, mas a liberação da terceirização da atividade-fim coloca em risco a estabilidade e a empregabilidade. Aumentará o número de terceirizados. Os trabalhadores prestaram serviços a grandes empresas, mas pertencerão a pequenas empresas terceirizadas. Como diz o slogan: Pequenas Empresas & Grandes Negócios. Grandes negócios somente para os patrões. Afinal, a terceirização é vantajosa para as empresas (contratante e terceirizada), tendo em vista a facilidade de conseguir mão de obra. Principalmente, reservas.

Ainda dentro do exemplo do motorista vou mostrar como a terceirização é boa para as empresas contratantes, que além de não precisar ter funcionários fixos, não precisarão de quadro de reservas para substituir ou ocupar a função nas ausências dos trabalhadores fixos. E são vários os motivos de ausências: férias, licença médica, licença paternidade/maternidade, casamento, folgas, … . Trabalhando com os terceirizados as empresas contratantes não terão preocupação alguma. Terão sempre a disposição funcionários, mesmo sem ter nenhum. Se hoje ela precisar de dez funcionários ela entra em contato com a empresa terceirizada que fornecerá os dez funcionários. Se amanhã precisar de sete, ela terá os sete.

A empresa não precisará ter funcionários fixos, nem reservas. A despesa a mais que a empresa contratante terá é com o pagamento da taxa de administração cobrada pela empresa terceirizada. Afinal, a empresa terceirizada visa lucro. E para ter um preço acessível, as empresas terceirizadas recorrem a mão de obra barata. Na grande maioria das vezes, com pouca capacitação e treinamentos. O que explica o alto índice de acidentes envolvendo os terceirizados.

Como vimos, a terceirização significa precarização do trabalho. Exploração da classe trabalhadora. Retirada da estabilidade e da empregabilidade. Temos motivos suficientes para sermos contra tal projeto. Não se iludam com a falsa “defesa” da classe trabalhadora por certos partidos e líderes políticos que tem ligações com empresários que financiam suas campanhas e que são os grandes beneficiados com a aprovação do projeto 4330.

O projeto 4330 coloca em risco a existência dos sindicatos, justamente quem defende os trabalhadores. Funcionários terceirizados não realizam greves e manifestações, já que possuem qualquer tipo de estabilidade. Nem empregos garantidos eles têm. Na grande maioria das vezes são são descartáveis. Usam e depois jogam fora.

Manifesto que não sou contra o projeto em si, principalmente em relações aos direitos que o PL 4330 criou. Sou contra a liberar a terceirização da atividade-fim. Não podemos dar direitos para uma pequena parcela e tirar direitos de maioria de trabalhadores.

“O seu direito termina quando começa o meu”. E não o seu direito começa quando termina o meu.

sábado, 28 de março de 2015

Vozes das ruas!

Vozes das ruas!

Paulo Lucio – Carteirinho

O mês de março de 2015 entrou para a história do Brasil. Tivemos as maiores manifestações desde as Diretas Já. Sendo duas manifestações: uma em pró-governo outra contra o governo.

A manifestação em defesa do governo e da democracia foi realizada no dia 13, sendo organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), UNE (União Nacional dos Estudantes), MST (Movimento dos Sem Terras), a Via Campesina, contando com apoio de partidos da base do governo, em especial PT e o PCdoB.

A manifestação contra o governo foi organizada pelo MBL (Movimento Brasil Livre), Vem pra Rua, Revoltados On-line, SOS Forças Armadas, contando com apoio de partidos da oposição, em especial o PSDB e o DEM. Ambas manifestações com bastantes participações.
Milhares de pessoas foram as ruas. Alguns falam em milhões. Deixando de lado os números e a disputa para ver quem levou mais ou quem levou menos, foco nas vozes das ruas. Quais foram as vozes das ruas?

A manifestação pró-governo defendia: fim da corrupção, defesa da Petrobras e dos Direitos Trabalhistas, Reforma Agrária e Politica, manutenção da democracia. A manifestação contra o governo defendia: fim da corrupção, privatização, impeachment da Dilma e intervenção militar.

Na questão da corrupção ambas as manifestações defendiam o fim da corrupção. Porém, a manifestação do dia 13 apresentou como proposta a Reforma Política. Já a manifestação do dia 15, além de não apresentar propostas, posicionaram contra a reforma politica apresentada pelos outros manifestantes. Fato que também ocorreu na questão da reforma agrária.

Em relação a Petrobrás, enquanto os manifestantes pró-governo defendiam continuidade de manter a empresa como pública, do outro lado cartazes pedindo a privatização da empresa. O velho discurso liberal que pretende entregar tudo para a inciativa privada, com a falsa ilusão de combate a corrupção. Como se na inciativa privada a corrupçao fosse menor. Mas como explicar o Suiçalão, o escândalo envolvendo o banco HSBC, um banco privado? E os escândalos envolvendo a Vale, que foi privatizada e o vira e mexe tem casos de corrupção? Até mesmo no caso do Petrolão, os os principais envolvidos são justamente donos de empreiteiras, que criaram um clube entre eles, funcionando como um cartel visando conseguir contratos.

Quem acha que a corrupção está somente no no setor público está muito engado. Ela é muito mais privada do que pública. É muito mais empresarial do que politica. A diferença é que quando acontece no setor público ganha as mídia, já quando é no setor privado ninguém comenta.

Voltando as manifestações, no caso do impeachment, os manifestantes contra o governo em momento algum apresentaram motivos concretos para tal ato. Vale destacar que vários juristas , intelectuais e importantes lideranças políticas manifestaram contra o impeachment, pelo fato de não ter efeito legal. Não passa de mais uma tentativa de golpe.

Por fim, destaco a democracia. Enquanto a manifestação do dia 13 defenderam a manutenção da democracia, os manifestantes do dia 15 pediam intervenção militar. O pedido de intervenção militar é uma tentativa desesperada de golpe por parte daqueles que não aceitam a derrota e querem de qualquer jeito mudar o poder. Isso vem acontecendo não só no Brasil , mas também em outros países vizinhos e também em outros países mundo a fora.

As vozes das ruas devem ser ouvidas e respeitas. Ao mesmo tempo, silenciadas. Principalmente as que pedem intervenção militar. Por anos
vivemos sob o poder da Ditadura Militar. A história no mostra como os militares administraram o país. Na base de torturas, prisões, mortes, exílios, censura, e até mesmo corrupção. No governo militar tivemos vários caos de corrupção que não foram divulgados devido a censura e perseguição.
Temos relatos de militares que foram mortos pois denunciavam o governo. Destaco também que naquela época não tinha a internet e a tecnologia
que temos hoje, o que permite que a própria população fiscalize.

Pedir o retorno dos militares é aumentar a corrupção, afinal, junto com os militares voltarão as ameaças, perseguições, torturas, mortes, exílios, censuras,... . Somente a democracia será capaz de combater a corrupção. Para isso é necessário uma reforma política urgente. Nesse caso, eu fico com as vozes das ruas do dia 13 e não com as vozes das ruas do dia 15, que apresentaram nada de novo, pelo contrário, querem de volta o velho modelo.

Ditadura nunca mais! Viva a democracia! Reforma política já! Essas devem ser as vozes das ruas!

Paulo Lucio Fernandes da Silva
CDD Leopoldina/MG
Matrícula 8957432-0

domingo, 8 de março de 2015

Volta Tarcisinho!?

Volta Tarcisinho!?

Paulo Lucio – Carteirinho

Um grito ecoa nos bastidores político de Cataguases: Volta Tarcisinho!

Com a aproximação das eleições de 1026, esse grito ganha força . Já que muitos querem uma terceira via. Nesse caso, o nome do ex-prefeito Tarcísio Filho (Tarcisinho) é um dos mais comentados.

Isso acontece devido o cenário da eleição passada, onde tivemos a polarização. Apenas duas candidaturas. Ocorrendo a concentração das lideranças políticas em dois grupos. Grupo do Cesinha (governo) e do Willian (oposição). Onde ainda não tivemos nenhuma ruptura. Continua polarizado.

Devido a rejeição de ambos, Cesinha e Willian, automaticamente, das lideranças em torno deles, o nome do Tarcisinho ganha força, já que não pertence a nenhum dos dois grupos. Tendo em vista que está fora da política local, mas que acompanha de longe. Para que tenhamos uma terceira via ou mais vias, teremos que ter rupturas.

É o caso do PT, que tem dois nomes fortes, o do Pequeno (Secretário de Assistência Social) e do vereador Majella, ambos da base do governo.

O mesmo ocorre no PMDB, com o Filo (vice-prefeito), Ricardo Dias (secretário de Esporte) e o vereador Fernando Pacheco. Todos da base do governo.

Do outro lado, o da oposição, temos o mesmo cenário. Titoneli e Serafim, que dizem ser candidatos, desfilam pra baixo e para cima ao lado do Willian. Na Câmara, o mandato desses vereadores pautam pela defesa do ex-prefeito.

O cenário atual não é de rupturas. A política continua girando em torno do Willian e do Cesinha. Do lado do Willian, não tem rupturas devido muitos tentaram acordos para vice e as secretarias. Do lado do Cesinha a mesma coisa, além da possível desistência da candidatura dele, lançando alguém do próprio governo. Ninguém quer romper.

Dessa forma, o nome do Tarcisinho continuará sendo o mais comentado, já que ele não pertence a nenhum dos dois grupos. Outro fato é a questão partidária. Tarcisinho não está filiado a nenhum partido, já que o cargo que ocupa, na Procuradoria da República, não permite.

Tarcisinho tem até Outubro para definir seu futuro político. Caso ele queira ser candidato, terá que sair do cargo e se filiar a um partido. E não faltará partido para ele. Saindo na frente de muitos, que terão que passar pela burocracia partidária. Não só municipal, mas também estadual e federal, já que teremos várias interferências. É o caso do PT e PMDB, que junto com o PCdoB, compõem a base do governo Dilma e Pimentel. Dificilmente o PCdoB abrirá mão de Cataguases, tentando obrigar os partidos da base a apoiar a candidatura do seu candidato.

Tarcisinho não terá esse problema, já que pode escolher um partido independente. Sem interferência de fora. Mas primeiro terá que resolver a questão de sua aposentadoria. Resta saber se dará tempo. Até lá, continuará sendo a referência da terceira via. Conseguindo atrair os dissidentes, de ambos os lados, que não são poucos. Criando um grupo forte. Caso ele não venha candidato, seu grupo indicará um nome.

Tudo indica que dessa vez teremos a terceira via

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Eleições de 2016 em Cataguases!

Eleição de 2016 em Cataguases!

Paulo Lucio – Carteirinho

A eleição de 2016 já está mexendo com a política de Cataguases. Isso ocorre devido o fato de que para se candidatar ao cargo de prefeito, vice ou vereador a pessoa tem que está filiada a um partido pelo menos um ano antes da eleição. Ou seja, tem que está filiada num partido até de Outubro desse ano.

O momento é de muitas conversas, reuniões, negociações e articulações. Os grupos vão se formando. Diferente da última eleição, onde tivemos apenas duas candidaturas, a eleição do ano que vem promete mais candidaturas.

O atual prefeito, mesmo mal avaliado, perante o funcionalismo e a população, deverá concorrer a reeleição. Principalmente pelo fato do seu partido, o PCdoB, querer manter as prefeituras que já governa e tentar ganhar outras. Em visita a Cataguases, o deputado federal Wadson Ribeiro manifestou que o partido irá trabalhar para a reeleição do prefeito Cesinha. O próprio Cesinha vem manifestando concorrer a reeleição. Numa entrevista a uma rádio Cesinha, que até então dizia que não concorreria a reeleição, muda o discurso e diz que será candidato. Com avaliação em baixa, mas com o ego em cima, Cesinha vai tentar entrar para a história como o primeiro prefeito a conseguir a reeleição consecutiva.

Acho muito difícil que Cesinha quebre esse tabu, tendo em vista que ele perdeu muitos apoiadores. Para piorar a situação, muitos partidos que compõem a base do governo pensam em lançar candidaturas próprias.

O PMDB é um deles. O partido conta com várias lideranças. Com destaque para o ex-prefeito Tarcísio Filho (Tarcisinho), que irá se aposentar em breve e tudo indica que será candidato. É um dos nomes mais comentados do momento. O partido conta também com outros nomes: Vereador Fernando Pacheco; o vice-prefeito Sérgio Gouvea (Filó); o secretário de esporte Ricardo Dias; além de outros.

Outro partido que também deverá ter candidatura própria é o PT. O partido vem muito forte para a eleição de 2016, tendo em vista a vitória de Fernando Pimentel para governador, além da presidente Dilma, que obteve 75% dos votos em Cataguases. Além de contar com vários deputados estaduais e federais. Destaco também a criação da Regional do PT, contendo 15 cidades vizinhas. Entre os possíveis pré-candidatos: o Secretário de Assistência Social Vanderlei Pequeno; o vereador Majella; o médico Dr Pedro; Joana D’arc... além de outros nomes.

O PT e do PMDB ainda continuam fazendo parte do governo Cesinha, mas podendo romper a qualquer momento. Vai depender da postura do prefeito. Há quem diga que poderá haver uma união entre PT e PMDB, como vem acontecendo a nível Nacional e Estadual. Caso Cesinha desista de concorrer a reeleição, podemos ter novamente a mesma composição da última eleição: PT, PMDB e PCdoB. Uma grande chapa, sendo que agora contam com apoio do governo do Estado. Tem tudo para ganhar novamente. Basta se entenderem.

O PSDB tentará recuperar o governo. Sua maior liderança continua sendo o ex-prefeito Willian Lobo. Apesar de ter perdido apoio político a nível estadual, devido a derrota no Governo do Estado e também a eleição para presidente, conseguindo apenas 25% dos votos em Cataguases. O ex-prefeito conta ainda com alguns apoiadores locais.

O grande problema do ex-prefeito no momento são alguns processos contra ele. Destaco o caso mais recente, o da venda os imóveis. Corre na justiça um processo de improbidade administrativa contra o ex-prefeito, pelo uso incorreto do dinheiro da venda os imóveis, que deveria ser utilizado para compra do cinema, conforme uma lei que ele mesmo aprovou. Mas o dinheiro foi utilizado para outros fins. Para piorar a situação, sumiu um documento do projeto, sendo substituído por outro, com falsificação da assinatura do prefeito. O caso está sendo investigado pela polícia e pela justiça. Podendo trazer problemas para o ex-prefeito. Caso Willian não possa ser candidato, outro nome forte no partido é do vereador Michelangelo Correa. Walmir Linhares é também um bom nome, porém não está se entendendo com o partido, inclusive pensa em sair ou até mesmo renunciar seu mandato, conforme seu discurso na Tribuna da Câmara.

Outras lideranças políticas também são pré-candidatas. Entre eles o vereador Titoneli, do PV. Partido que não tem muita força local. Dessa forma, Titoneli vem articulando a criação do Rede em Cataguases, visando atrai dissidentes de outros partidos, formando assim um grupo forte. Por falar em Rede, quem também está querendo o partido é o vereador Maurício Rufino, que está sem clima no PT. Maurício Rufino é considerado por muitos com um dos possíveis candidatos, até mesmo para vice, mas para isso, precisará trocar de legenda.

Outro que diz que é candidato é o vereador Serafim, do PRP. Outro partido sem expressão na cidade. Talvez Serafim possa ir para um partido maior, como por exemplo o PDT, que pertence ao seu Tio Marcos Spínola.

Outro partido que poderá ter candidatura própria é o PSB. Alexandre Soares, mais conhecido como Alexandre Sem Censura é um dos pré-candidatos. O partido conta com apoio do prefeito de BH e do deputado Federal Julio Delgado, muito forte na região.

Destaco também a possível candidatura de Antônio Hulk, do PSOL.

Não poderia deixar de citar o Bill Crepaldi, provedor do Hospital. Mas tudo indica que poderá ser vice de alguma chapa, conforme aconteceu na eleição de 2004, quando foi vice da ex-prefeitura Maria Lucia. Falando em vice, muito se comenta no nome da Doutora Maria Ângela Girardi, por enquanto sem partido.

A eleição é só ano que vem. Mas as decisões são nesse ano. Muitas conversas na cidade e fora dela. Tomada de partidos, troca de partidos, e criações de novos partidos. Até Outubro muita coisa acontecerá. Hoje o cenário é esse.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Xadrez com pombos!

Xadrez com Pombos!

Paulo Lucio – Carteirinho

A eleição para presidente de 2014 entrará para a história. Não só pela reeleição da Dilma, que já havia entrado para a história como a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente. Agora vai além, conseguindo se reeleger.

O que vai entrar para a história são as táticas dos golpistas de plantão.Como a edição da Revista Veja nas vésperas da eleição. O pedido de recontagem de votos pelo PSDB. Ataques por parte da mídia golpista. Denúncias midiáticas. Tentativa de não aprovar as contas de campanha de Dilma. Tentativa de não diplomar Dilma. Manifestação pedindo intervenção militar. Fora Dilma. Fora PT. Pedido de impeachment. ... .

Como vimos, tem gente que não sabe perder. Não aceitam a democracia. Tentam a todo momento tentativas de golpes tentando mudar o resultado da eleição.

Sem argumentos eles apelam para o ódio ao PT. Quando questionados fogem. Alegam que : “Discutir com petistas é como jogar xadrez com pombo. Ele vai derrubar as peças, cagar o tabuleiro e sair de peito estufado cantando vitória”. - Lobão.

Na verdade, essa frase é perfeita para quem é antipetista. Afinal, essas pessoas são como pombos jogando xadrez. Tentam a todo momento derrubar as peças do tabuleiro. Pedem a saída de Dilma e prisão de Lula, já pensando na eleição de 2018. Xeque-mate.

Cagam no tabuleiro - na democracia - com pedidos de intervenção militar e impeachment.

Por fim, mesmo derrotado, como Aécio, saem de peito estufado cantando vitória. (rsrsr).

Lobão tá mais pra Pombão!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Carteiros


Carteiros

Paulo Lucio - Carteirinho

De segunda a sexta-feira,
Nos morros, escadas e ladeiras,
Nas ruas, calçadas e vielas,
Nos grandes centros, subúrbios e favelas.

Sua missão é levar informação,
Para isso, enfrentam até o cão.

O clima não os impedem,
No sol, chuva e até neve,
As informações sempre seguem,
E todas são entregues.

Personagens das ruas,
Carregam no seu nome a arte,
Arteiros,
Carteiros

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Mais médicos, mais atendimentos, menos filas!

Mais médicos, mais atendimentos, menos filas!

Paulo Lucio – Carteirinho

Um fato vem chamando atenção desde a vinda dos médicos estrangeiros: o fim das longas filas de espera nos PSFs.

Todos os dias passo em frente a um PSF que é caminho do meu trabalho. Além de passar em outros PSFs quando estou entregando cartas. Antes da chegada dos médicos estrangeiros, esses PSFs viviam lotados no período da manhã, com pacientes chegando na madrugada para vê se conseguiam um atendimento.

Isso ocorria porque boa parte dos médicos brasileiros não cumpriam com a carga horária estabelecida. Chegavam atrasados e ainda iam embora cedo. Atendiam poucas pessoas no dia. Na verdade, uma quantidade diária definida. Prevalecia o modelo das senhas. Atendiam a cota e iam embora.

Em relação aos atendimentos, quase sempre muitos rápidos. Os médicos mal olhavam para nos rostos dos pacientes. Visitas médicas em casa eram raras. Claro que não podemos generalizar, muitos médicos atendem muito bem pacientes, além de cumprirem com a carga horária e outras exigências do programa. Porém, temos que reconhecer que uma grande parcela não cumpre.

Os pacientes que não eram atendidos se revoltavam, porém não tinha muito o que fazer. O jeito era madrugar na fila. Por muito tempo ficamos refém desse sistema, onde os médicos se transformaram em trabalhadores liberais, definindo seu modo de trabalhar. Ruim com eles, pior sem eles.

Com a vinda dos médicos estrangeiros esse quadro mudou. Os PSFs que possuem médicos estrangeiros funcionam como deveriam. Os médicos estrangeiros cumprem a carga horária prevista. Por várias vezes vi o médico cubano ajudando a abrir e fechar o PSF. Isso acontece devido o médico não acumular empregos. Com isso atendem muito mais pacientes e sem pressa. Os atendimentos são mais demorados. Destaco a fala de uma paciente: “O médico me olhou dos pés a cabeça. Mediu minha pressão. Fez várias perguntas. Conversamos bastante. Nunca foi tão bem atendida.”.

Com o PSF funcionado da forma prevista, não é mais necessário chegar na madrugada para ser atendido. Com isso, não vejo mais filas nos PSFs onde os médicos estrangeiros trabalham. Sem contar que muitas das vezes o paciente nem precisa ir ao PSF, são atendidos na própria casa, já que o médico realizam visitas nos lares.

Agora entendo a revolta de boa parte da classe médica brasileira em relação aos médicos estrangeiros, pois está sendo combatido o sistema criado por eles. Com os atendimentos que estão sendo feitos pelos médicos estrangeiros duvido muito que os pacientes queiram de volta o velho atendimento.

Esse é o grande legado do Programa Mais Médicos. Mais médicos, mais atendimentos, menos filas!


domingo, 4 de janeiro de 2015

Ministérios

Tem gente que diz que o Brasil tem muitos ministérios, no total de 39, mas na verdade são 24 ministérios.

O alto número é devido muitos outros órgãos e instituições serem considerados ministérios. Por exemplo: o Banco Central; Casa Civil, Controladoria-Geral, Advogacia-Geral; além de algumas secretarias (Igualdade Racial; Direitos Humanos; Micro e Pequena empresa; Políticas para as mulheres...).

Como vimos, o Governo Federal não tem muitos ministérios. Outra lenda é a quantidade de cargos comissionados, que são na verdade 22 mil.

Vale lembrar que o Governo do Estado de Minas Gerais tem 23 secretarias e 17 mil cargos comissionados(https://brasilunido.wordpress.com/2013/07/15/mg-tem-o-equivalente-a-80-dos-cargos-comissionados-do-governo-federal/) .

Ou seja, o Governo de Minas Gerais tem quase a mesma quantidade de secretarias e cargos comissionados que o Governo Federal, que controla todo o território.

Não precisa cortar ministérios, já que muitos não são ministérios. Só tem nome de ministérios. Funcionam como secretarias.

Antes de criticar, se informe.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rios_do_Brasil