sábado, 14 de janeiro de 2012

Social-capitalismo

Paulo Lucio - Carteirinho

Membro do Movimento Vermelho de Cataguases

Vivemos uma nova era na política, surgindo um novo modelo político. Ainda sem nome. Modelo que traz consigo estrutura ideológica de modelos antigos. Junção dos modelos capitalismo e socialismo. Como diz um antigo ditado: “quem não pode com um inimigo, alia-se a ele”. Dessa união surge o que eu defino como social-capitalismo.

O social-capitalismo, ainda em fase de construção, é política de parceria entre os setores público e privado (PPP). O novo modelo conta com apoio da burguesia, governos, políticos, empresários e, principalmente, da classe dos trabalhadores, que divorciou do socialismo. Na partilha de bens, entregou o setor público ficando com o setor privado, iniciando o namoro com o social-capitalismo.

No socialismo, a classe dos trabalhadores seria classe dominante, no social-capitalismo é apenas engrenagem do sistema. A luta do movimento sindical serve para acesso e melhoramento do setor privado.

As privatizações, terceirizações e o sucateamento do setor público, anteriormente criticados, atualmente, contam com o apoio da maioria das categorias. Comprovamos esse fato através das propostas de algumas categorias.

Na questão da saúde, por exemplo, os trabalhadores exigem de seus patrões, governos e empresas, planos de saúde e convênio médicos, realizados em laboratórios, clínicas e redes de hospitais particulares. Dessa forma, não precisam enfrentar o SUS- cateado!

Falando de saúde, outra proposta é o auxílio farmácia, fornecendo descontos na compra de remédios em redes conveniadas. A luta pelo fim dos impostos e pela gratuidade dos remédios tomou doril. A luta sumiu!

Na questão da educação, a luta pelo ensino púbico de qualidade, criação de universidades e instituições públicas, foram reprovadas. A luta é por bolsas de estudos em instituições privadas. Destaco também a proposta do reembolso-creche, onde os trabalhadores matriculam seus filhos em creches particulares e recebem o reembolso.

Na questão do transporte coletivo, o vale-transporte vem sendo substituído pelo vale-combustível. Dessa forma, os trabalhadores usam seus próprios veículos, servindo carona para o setor privado, indo na contramão das questões ambientais.

Na questão dos salários, a luta é por complementos, benefícios acima citados, além de outros. Como por exemplo o vale-alimentação, que representa mais de 50% do salário. Lembrando que quando o trabalhador aposenta ou afasta da empresa, não recebe. Alimentando com o pão que o patrão amassou.

Na questão da aposentadoria, a luta pelo fim do fator previdenciário, aumento do salário dos aposentados e melhorias na previdência, aposentou. Criaram previdências privadas para repor as perdas salariais.

Como vimos, a luta sindical, apesar do discurso marxista, bandeiras e camisas vermelhas, emburguesou. Trabalham para o social-capitalismo, com apoio dos governos, patrões e burguesia, que estão cada vez mais unidos.

Notamos essa união através dos programas e obras públicas. Por exemplo: o PROUNI, onde o Governo fornece bolsas de estudo nas instituições privadas; as “Santas Casas de Caridades”, estabelecimentos privados sustentados por verbas do SUS; transporte coletivo; fornecimento de energia elétrica; tratamento de água e esgoto; autoestrada; obras do PAC com parceria com empreiteiras; construções de estádios de futebol para a Copa; dinheiro para banqueiros...

O social-capitalismo oficializa a parceria público-privado, fazendo política pública através do setor privado. Dinheiro público para o setor privado!

O resultado dessa parceria é o aumento da concentração de renda. Afinal, apesar de ser social, é capitalismo. Fortalece o setor privado. O capital. Criando a exclusão capital – antes social -, isolamento e até discriminação de grupos da sociedade que não possuem e não tem acesso ao capital. Não recebem o tratamento vip do setor privado.

Para os excluídos, representados pelos movimentos sociais, vai uma dica, aproveitem a separação do movimento sindical com o socialismo e vão a luta para conquistá-lo. Pelo bem da humanidade.

A luta continua companheiros.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Começa o jogo eleitoral!

Começa o jogo eleitoral!

Dois mil e doze chegou! É ano de eleição, ou melhor, como diz os populares, é ano de política. O assunto vem sendo comentando nas rádios, jornais, blogs, facebook, Orkut, sites, boca maldita ....

Aos poucos as pré-candidaturas vão se definindo, algumas já confirmadas pelos partidos: Pequeno/PT, Cesinha/PCdoB, Willian/PSDB. Outras, aguardam o posicionamento das legendas: Dr Tarcísio/PMDB, Prof. Sérgio e Pedro da Caixa/PSB, Maria Lúcia/DEM, ... . Vale destacar o resultado das eleições para prefeito influenciará as eleições para governador em presidente em 2014. Dessa forma, os partidos negociam, de cima para baixo, as coligações. Aglomerando em dois grupos: petistas e tucanos

O tucanos liderado pelo prefeito Willian saem na frente, tendo em vista que estão com as máquinas – estadual e municipal - nas mãos. A base tucana conta com mais de dez partidos.

Os petistas encontram duas pedras no caminho, PMDB e PCdoB, que insistem em caminharem sozinhos e não fazem oposição ao governo tucano.

O PMDB vive uma grande briga interna, entre Ricardo Dias e Dr Tarcísio, que retornou a legenda. O ex-prefeito, derrotado na última eleição, procura sua sobrevivência política, conversando com alguns grupos, contando com apoio de seus apaixonados seguidores, que espalham boatos de que o Dr será candidato. Há quem diga que poderá ser vice. Mas por enquanto tudo não passa de boatos. Do outro lado, Ricardo Dias, atual presidente do partido, também derrotado nas últimas eleições (prefeito e deputado) e que está enrolado com as prestação de contas da última campanha, dessa forma, dificilmente será candidato e diz que o partido não lançará candidato e negocia com alguns partidos uma possível coligação.

O PCdoB liderado por Cesinha conta com boa intenção de votos, mas não é o suficiente para ganhar as eleições, conforme aconteceu em eleições passadas. Para que consiga êxito terá que se unir. Aí que surge o problema. O candidato “comunista” ainda insiste que governará sozinho e que não tem rabo preso com ninguém. Grita para todos os cantos da cidade que tem dinheiro, mas será que tem o suficiente para derrotar a milionária base tucana? Lembrando que os tucanos já estão em campanha, investindo pesado em marketing. Enquanto isso, os “comunistas”, novamente, deixaram para os 45 do segundo tempo.

O PT, que nesse ano completará trinta anos, liderado pelo vereador Pequeno será a grande novidade. A onda vermelha e a sua pré-candidatura vêm crescendo, tendo em vista a atuação do vereador, com destaque para: Lei Ascânio Lopes (lei de incentivo a cultura); Lei do Ficha Limpa em Cataguases; Lei que amplia o uso do passe estudantil para os fins de semana e feriado; Lei contra a Homofobia; Lei contra práticas de Assédio Moral; ... além de outras leis, requerimentos e indicações. Devido o excelente trabalho de seu mandato, Pequeno foi eleito pela pesquisa realizada pelo Instituto Tiradentes, o vereador mais atuante de Cataguases, recebendo uma condecoração em sessão solene, com a Medalha Imperador Dom Pedro II.

Assim se encontra a conjuntura municipal. Cercada de muitas conversas e boatos, onde tudo indica que não teremos o mesmo número de candidatos (7) da última eleição. Arrisco o palpite de três candidaturas: tucana, petista e “comunista”. Que vai depender das ordem de cima e dos egos de baixo.