sábado, 31 de agosto de 2013

Funeral Tucano!?


Funeral tucano?!

Paulo Lucio – Carteirinho (Pombo Correio)

No viveiro kataua, no governo passado, o cemitério se transformou em ninho tucano, sendo administrado pelo Pica-pau, “amigo pessoal” do prefeito tucano e correligionário, sendo indicado para o cargo através de um acordo político.

A frente do cemitério, Pica-pau utilizou a máquina pública em vantagem própria. Ao estilo tucano iniciou um esquema de corrupção e privatização do cemitério, que ficou mais sujo do que pau de galinheiro.

Em pouco tempo de administração há denúncias de várias irregularidades.

Venda de espaço público - Privatização.

Violação de túmulos, para roubo de ouro e pertences pessoais. - Peculato.

Pagamentos mensais para manutenção dos jazigos e compra de túmulos. - Mensalão

Desvio de dinheiro das vendas ilegais dos túmulos – Caixa 2.

Irregularidades denunciadas pelo advogado Águia, sempre com os olhos abertos para a questão pública, trazendo essas denúncias para a ordem, tendo em vista que representa a família da pequena Beija-flor, a qual a Cegonha levou de volta para o Criador, e teve seu túmulo violado.

Com essas denúncias, o Pica-pau foi exonerado, na tentativa de enterrar as denúncias, que não foram investigadas pela legislatura passada, tendo em vista que a Câmara também era ninho tucano. Dessa forma, jogaram uma pá de terra nas denúncias.

Mesmo fora do cargo, Pica-pau continuou agindo, dando continuidade no esquema, cobrando o pagamento dos túmulos, onde muitos foram vendidos através de prestações, que não foram pagas e que estavam sendo cobradas pelo Pica-pau, que também sobrevoava o cemitério, expiando e sumindo com provas.

Mesmo com as denúncias, Pica-pau manteve laços com a tucanada, que não expulsaram do ninho, onde ele participou das eleições concorrendo ao cargo de vereador pela coligação dos tucanos.

Com a derrota da tucanada nas eleições, o ninho tucano foi retirado do Legislativo e do Executivo. As novas autoridades resolveram desenterrar as denúncias, criando a “CPI do Cemitério”, depois das manifestações do advogado Águia, que juntou mais provas durante esse tempo.

A “CPI do Cemitério” fez ressurgir das cinzas a Fênix, junto com ela as irregularidades, que foram comprovadas: violação e venda de túmulos, roubo de pertences pessoais, desvio de dinheiro, descontos em enterros, gavetão de túmulos, ossário clandestino, falta de estrutura, EPIs... .

Como diz o ditado popular: “ merda quanto mais meche mais fede”. E a cada depoimento mais irregularidades.

O João-de-barro, que havia comprado um túmulo e feito sua “casa”, descobriu que seu jazigo foi violado, sendo enterrado outro pássaro, que não é da sua família, sem o conhecimento e autorização. Fizeram o João-de-barro de João-bobo.

A Viuvinha foi visitar o túmulo do seu esposo e descobriu que os restos mortais do seu marido não estavam mais lá, mas sim num saco plástico no tal “gavetão”.

O Quero-quero quer o túmulo que comprou de volta, já que o seu túmulo foi vendido para outros pássaros. Isso mesmo, outros pássaros, tendo em vista que esse túmulo foi vendido três vezes. Um mesmo túmulo com três donos diferentes.

O Sabiá sabia que a venda de túmulo era ilegal, mesmo assim procurou o Pica-pau para comprar um túmulo, pagando duas parcelas faltando uma e que agora tenta regularizar a compra, já que tem comprovantes dos pagamentos.

O Cabeça-de-ouro teve o túmulo do seu pai violado, onde roubaram o dente de ouro e a aliança.

O Canário-belga forneceu desconto em alguns enterros e foi citado no inquérito.

O Bem-te-vi viu o Pica-pau ameaçando outros pássaros de morte.

As denúncias giram em torno da administração do Pica-pau, mas há quem diga que são antigas, ocorrendo em outras administrações, respigando até para a Coruja.

As descobertas das denúncias foram comprovadas pelo Tesoureiro, funcionário do setor tributário, que criou um sistema de emissão de guia e recolhimento de verbas, onde percebeu que enterravam mais do que arrecadava. Ou seja, haviam os enterros mas o dinheiro não entrava nos cofres públicos, sendo desviados. Calcula-se que foram desviados cerca de R$ 200 mil.

As investigações da CPI foram encaminhadas para a Delegacia e para o Ministério Público, somando com outras denúncias.

Se for comprovadas essas irregularidades o Pica-pau vai pra gaiola fazer companhia ao Trinca-ferro. E ainda pode sobrar para o tucano, correndo o risco de improbidade administrativa. Se isso ocorrer, teremos o Funeral Tucano.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sessão da Câmara 27 de Agosto de2013

REUNIÃO ORDINÁRIA
ORDEM DO DIA
27/08/2013
ÀS 18:30 HORAS

Convocação dos Senhores:

Nicolau Siervi - Secretário de Serviços Urbanos -
Alberico Dutra de Siqueira - Secretário de Obras
Narcisio Nanini Filho - Gerente da Copasa

Em atendimento ao requerimento de Nº 137/2013, que requer da Mesa Diretora a convocação dos Secretários Municipais de Obras e de Serviços Urbanos para comparecerem em Sessão Ordinária dessa Câmara Municipal, ainda neste mês de agosto, com o objetivo de prestarem aos Vereadores informações de interesse local, relacionadas às obras e serviços gerais da COPASA e demais obras e serviços urbanos que estão sendo realizados em nosso Município e autoria do Vereador WALMIR LINHARES DA COSTA.

• Alberico não compareceu, sendo a justificativa problema de saúde. Nicolau compareceu. Pela Copasa, Paulo Farage e Jose Carlos. Compareceu também membros da Empreiteira Cia da Obra.
- Walmir, autor do requerimento, deu início a reunião, citando o que o levou a fazer esse requerimento, tendo em vista a quantidade de reclamações que vem ouvindo da população, devido as obras realizadas pela Copasa, que vem deixando as ruas intransitáveis. Buraco pra tudo que é lado.
• Paulo Farage fez um histórico da obra, comentando que foram contratadas duas empreiteiras, a Cia da Obra e a Infracom. A Cia da Obra atua nas ligações das redes coletoras, onde já foram realizadas mais de 14 mil redes, além de 930 ligações. O Contrato com a Copasa é no valor de R$ 10 milhões e a empresa conta com 100 empregados. A Infracom é a responsável pela construção da ETE, que será na Taquara Preta, onde 12% da obra já foi realizada. A empresa tem um contrato de R$ 26 milhões, a empresa conta com 65 empregados.
Sobre as reclamações, reconhece a falha prestada no serviço e que cobrará das empresas responsáveis um melhor atendimento. Citou que vem fazendo reuniões com membros da Prefeitura, onde mantém um diálogo, principalmente, em relação a interrupção do trânsito, comunicando 15 dias antes.
- Russo destacou que entrou em contato com a Empresa sendo mal atendido. Também comentou sobre os problemas na obra, onde vem causando acidentes.
• Paulo Farage comentou que irá criar um órgão para receber essas reclamações, centralizando.
- Maurício Rufino bateu nessa tecla de comunicação, dizendo que a empresa não tem um call Center ou um telefone para atendimento. Questionou também sobre a cobrança da taxa de esgoto, onde é cobrado um serviço que não vem sendo feito.
• Paulo Farage citou que a Copasa atende pelo número 115 ou através dos telefones: 34223439 – 34223451. Sobre a cobrança, vem sendo cobrado o serviço de manutenção, coleta e implantação. O serviço de tratamento não vem sendo cobrado.
- Vinicius da Taquara, questionou sobre a ETE que será na Taquara, trazendo grandes transtornos para os moradores, que sofrerão com o odor e outros problemas. Questionou também sobre o problema com as cheias do rio. Por fim, perguntou se a empresa não leva essa ETE para outro local, esse mais afastado da zona urbana.
• Paulo Farage destacou que foi feito um estudo para a construção da ETE, analisando a questão das cheias do rio, que não afetara a ETE, que estará bem acima do nível do rio. Sobre o odor, tem todo um processo para que não prejudique a área, com plantação de árvores e outros métodos. Em relação ao local, foi cedido um terreno pela prefeitura para que fosse construído e que a empresa não estuda a construção em outro local. Inclusive as obras já iniciaram.
- Amaral sugeriu que a Copasa contratasse técnicos para fiscalizar as obras.
• Paulo Farage destacou que a empresa irá tomar as medidas necessárias, já que o serviço mal prestado prejudica a imagem da empresa.

- Titoneli também comentou sobre os transtorno e péssimos serviços prestados. Destacou a questão das poeiras, trazendo grandes problemas de saúde para a população. Criticou o contrato que foi feito, sendo prejudicial ao povo.
- Serafim reforçou as críticas sobre o serviço, cobrando da Prefeitura uma fiscalização, inclusive com atuações e multas.
- Majella reforçou as falas de Titonelli e Serafim, pedindo ao Paulo Farage que encaminhasse essas críticas a Copasa, inclusive, disponibilizou a ata da reunião, o vídeo e o áudio, para que outras pessoas da empresa tomassem conhecimento desses problemas.
Até nesse momento, a reunião estava caminhado numa boa. Os vereadores levantando os problemas, os responsáveis pela Copasa respondendo. Até que os questionamentos começaram a ser repetir e alongar, sendo falado a mesma coisa. Além de começou a cair para o lado político, onde membros da oposição começaram a atacar o governo, citando a promessa que foi feita pelo prefeito, dizendo que iria rasgar o contrato.
Outro fato foi o comentário feito na Sessão passada, onde Serafim criticou o governo, sobrando para o secretário Nicolau, também conhecido como Nicolau da Copasa, onde de acordo com Serafim a prefeitura colocou a “raposa pra tomar conta do galinheiro”, e que o a prefeitura não fiscaliza a Copasa tendo em vista que é o Nicolau da Copasa que está a frente dessa parte.
• Nicolau respondeu as críticas feitas pelo Serafim, dizendo que não cabe a sua secretaria fiscalizar, mas sim a de Obras e leu as atribuições de cada secretária. Por fim, disse que se sentiu ofendido pelas palavras do Serafim.
- Majella e Maurício cobraram do Serafim um pedido de desculpa. Fernando Pacheco utilizou do Regimento Interno, artigo 326, que trata do Decoro, aplicando uma Censura Verbal em Serafim, que pediu recurso. Por mais de 1 hora o debate ficou nessa questão. Por fim, os responsáveis pela Copasa foram embora, assim como o secretário Nicolau, já que haviam prestados todas as informações e se colocaram a disposição para novas reuniões. E o debate continuou sobre as falas e comentários de Serafim.
* Meu comentário: O tema Copasa foi amplamente discutido nessa Sessão, durando 3 horas e meia. Sendo muito produtivo. Os vereadores cumpriram com o seu papel e cobraram do Executivo e da Copasa um melhor atendimento.

Ofício recebido:
• O funcionário, Julio Carias, enviou uma carta ao vereador Serafim, rebatendo as críticas que foram feitas a sua pessoa, pelo fato de ter recebido uma licença com remuneração. Julio explicou o motivo da licença.
- Serafim respondeu, dizendo que essa carta deveria ser enviada para o responsável do Jornal Cataguases, que deixou de explicar o motivo da licença, faltando com a transparência e publicidade, conforme manda a lei. E que só questionou pois não sabia o motivo da remuneração, que não foi publicada no jornal.
LEGISLATIVO:
Projeto de Lei:

Nº 34/2013 - Institui no âmbito do Município de Cataguases, o Projeto “Leia no Ponto” e dá outras providências. Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

• Maurício comentou sobre o projeto, que foi criado de uma iniciativa do Motivaço, grupo de jovens que atuam na área da cultura e que colocaram em alguns pontos de ônibus caixote com livros acessíveis a população, visando incentivar a leitura. Esse projeto de lei regulamenta essa prática, contando com apoio do Executivo, que deve abraçar essa idéia.
• Meu comentário: Sobre o projeto, aproveitei e sugerir que fosse inserido as obras patrocinadas pela Lei Ascânio Lopes, onde uma parte do material é destinado ao Executivo, sendo distribuído nas escolas e que uma parte deveria ser destinado a esse projeto.
- Aprovado por todos.

Nº 35/2013 - Institui no âmbito do Município de Cataguases o Dia do Capoeirista. Vereador ANTÔNIO BATISTA PEREIRA.

- Majella destacou que já há um projeto nesse sentido, sendo o dia da Capoeria.
- Em votação. 13 a 1- Voto contrário do Majella.

Projeto de Resolução:
- Vereador Majella entrou com um projeto de resolução criando uma Comissão de Assuntos Relevantes para tratar da questão do Ministério do Trabalho, no sentido de trazer para Cataguases serviços que não vem sendo prestados, sendo realizado nas cidades vizinhas. A comissão terá Majella como Presidente, Mauricio como relator e Vinicius como Membro.

Requerimentos:

Nº 61/2013 - Requer do Secretário de Administração o que segue: Existem funcionários na Prefeitura que recebem cesta básica? Se a resposta for positiva, quantos? Quantos funcionários atualmente são contemplados com o ticket alimentação? Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

Nº 107/2013 - Informação sobre o valor do Salário Base dos Servidores Públicos Municipais (efetivos). Vereador MICHELANGELO DE MELO CORREA.
Nº 108/2013 - Requer do Secretário de Administração o que segue: Qual a empresa que fornece quentinhas para o Pronto Socorro Municipal? Já foram constatados diversos episódios das quentinhas terem sido entregues azedas. Se não for muito custoso, peço, por gentileza, que Vossa Senhoria encaminhe cópia do referido Contrato Administrativo. Vereador MAURICIO
DO VALE RUFINO.

Nº 109/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Se existe a possibilidade do
humanitário Chefe do Poder Executivo, Prefeito José Cesar Samor, alterar o Plano de Cargos e Salários dos Servidores Públicos do Município de Cataguases no que diz respeito a jornada de trabalho dos médicos efetivos de 20 horas semanais para 10 horas semanais, e dos médicos do PSF, de 40 horas semanais para 20 horas semanais, sem alterar o valor de seus vencimentos/salários para atender reivindicações justa desses valorosos profissionais da saúde? Vereador MICHELANGELO DE MELO CORREA.

- Retirado pelo autor
Nº 110/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Está sendo cumprido o que determina a Súmula nº 444 do TST (Jornada de Trabalho. Norma Coletiva, Lei Escala de 12 por 36. Validade Res 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 - republicada em decorrência do despacho proferido no processo TST -PA-504.280/2012.2 - DEJT divulgado em 26.11.2012), que disciplina que é valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados, ressaltando que o empregado não tem direito ao pagamento de
adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas, pois tenho recebido reclamações de servidores municipais que dizem que não estão recebendo essa remuneração em dobro quando trabalham nos feriados? Caso essas reclamações sejam válidas, como e quando Vossa Excelência pretende pagar essas diferenças aos servidores devidos? Vereador MICHELANGELO DE MELO CORREA.

Nº 112/2013 - Requer do Secretário de Obras o que segue: Informações sobre a providências na Rua Nelson Miranda de Carvalho, Bairro Paraíso. Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

N º 113/2013 - Requer do Secretário de Obras o que segue: Informações sobre os projetos das obras da Copasa no Município. Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO
Nº 114/2013 - Requer do Secretário de Esportes e Lazer o que segue: Informações sobre construção da pista de skate no Município. Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

Nº 116/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Se será feito licitação para eleger a empresa que conduzirá o devido processo do Concurso Público/2013? Se há estudo prévio de quantas vagas serão disponibilizadas? Vereador MICHELANGELO DE MELO CORREA

Nº 117/2013 - Requer da Secretária de Educação o que segue: Há quanto tempo a Escola Municipal Hildebrando Clark (localizada na Zona Rural da cidade - próxima à Fazenda Sinimbu) está fechada? Por quais motivos ela foi fechada? Existe possibilidade de ela ser reativada? Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

Nº 118/2013 - Requer do Secretário de Administração o que segue: Os terrenos atualmente ocupados pela Copasa, na circunscrição de nosso Município, foram entregues a referida Empresa a que título (doação, empréstimo, etc)? Houve constraprestação por parte da empresa para que pudesse ocupar os terrenos? Quais? Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

Nº 119/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Quais os procedimentos que estão sendo tomados, quanto a retirada dos caramujos negros existentes na Rua 10 do Bairro Leonardo? Vereador AQUILES BRANCO RIBEIRO.

Nº 120/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Quando foi revisado pela última vez o Código Tributário Municipal? Vereador AQUILES BRANCO RIBEIRO.

Nº 121/2013 - Requer do Secretário de Obras, o que segue: Quais providências estão sendo tomadas quanto a solicitação referente abertura da linha férrea na Avenida Antônio Justino, Bairro Justino e limpeza do córrego que se encontra ao lado da linha férrea onde se inicia na entrada do São Caio e terminando no Justino. Vereador LUIZ CARLOS DA SILVA SODRÉ.

Nº 124/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Qual a possibilidade de se aumentar os horários de ônibus para o Distrito de Vista Alegre. Vereador JOÃO MANOELINO DA SILVA BOLINA.

- Retirado pelo autor

Nº 125/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: quais terrenos que a Prefeitura tem disponíveis no Distrito de Vista Alegre? Onde eles estão localizados? Fazem divisa com qual propriedade? Vereador JOÃO MANOELINO DA SILVA BOLINA.

Nº 126/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Informações sobre contratação de pessoal durante o período de Maio/2012 a Dezembro/2012, discriminadamente mês a mês.Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

Nº 127/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Qual procedimento está sendo tomado quanto a minha solicitação, referente a Indicação encaminhado à Vossa Excelência, no sentido de ser feito asfaltamento da Rua Cassiano, Cícero Cornélio Pinto, Bairro Justino e Riguete e na Rua Heberto Dutra, Bairro Vila Minalda. Vereador LUIZ CARLOS DA SILVA SODRE.

Nº 128/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Estudos da viabilidade de dotação de guarda corpos na extensão da Ponte de Concreto ao final da Rua Tenente Fortunato, entrada do Bairro Vila Tereza. Dotação da mesma com piso para deficientes visuais. Vereador GERALDO MAJELLA MAZINI.

Nº 129/2013 - Requer do Secretário de Obras, Senhor Alberico Dutra de Siqueira o que segue: Conforme Indicação de nº 09/2013 encaminhada no dia 19 de fevereiro onde solicitei a construção de uma guarita no ponto de ônibus na Rua José Esteves, próximo da Mercearia Marquezine, devido o ponto ser muito utilizado. Gostaria de saber quais providências estão sendo tomadas por parte do nobre Secretário, quanto a minha solicitação. Vereador LUIZ CARLOS DA SILVA SODRÉ.

Nº 130/2013 - Requer do Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Senhor José de Alencar Farage o que segue: Quais providências estão sendo tomadas a respeito de atender ao oficio de nº 08/2013, onde solicitei que fosse feito a gentileza de nos enviar duas caçambas na Rua José Esteves, Bairro Ibrahim Mendonça. Vereador LUIZ CARLOS DA SILVA SODRÉ.

Nº 132/2013 - Requer do Coordenador do Catrans o que segue: Quais providências estão sendo tomadas no sentido de atender a Indicação de minha autoria onde solicito providências no sentido de se construir redutor de velocidade para a Rua Carmelita Duarte, Bairro São Pedro. Vereador LUIZ CARLOS DA SILVA SODRÉ.

Nº 138/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Cópia do contrato firmado entre a Prefeitura Municipal e a Empresa Administradora do Terminal Rodoviário de Cataguases.Vereador WALMIR LINHARES DA COSTA.

Nº 139/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Quantas notificações foram realizadas em desfavor da Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais COPASA - bem como das empreiteiras que prestam serviços para esta empresa, tendo em vista que estão esburacando nossa cidade e deixando o calçamento em péssimas condições de tráfego. Quantas notificações foram transformadas em multas e qual o valor da multa aplicada, bem como se foram recolhidos aos cofres públicos do município o valor das multas aplicadas e qual o valor efetivamente arrecadado. Vereador SERAFIM COUTO SPÍNDOLA.

Nº 142/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Quais providências estão sendo tomadas no sentido de atender a Indicação Nº 09/2013, de minha autoria onde solicito providências no sentido de se pavimentar com massa asfáltica ou com bloquetes toda a extensão da Rua Manoel Machado Júnior, localizada no Bairro Pampulha com a colocação,inclusive, das bocas de lobo necessárias? Vereador ANTÔNIO GILMAR DE OLIVEIRA.

Nº 143/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Quais providências estão sendo tomadas no sentido de atender a Indicação Nº 016/2013, de minha autoria onde solicito providências no sentido de se substituir as luminárias dos postes de luz localizados na Rua Doutor Cavalcanti e rua Vera Lúcia Simões, ambas no Bairro Popular, por luminárias alongadas? Vereador ANTÔNIO GILMAR DE OLIVEIRA

Nº 144/2013 - Requer do Secretário de Saúde o que segue: Informações sobre fornecimento de quentinhas ao CAPS - Mental. Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

Nº 145/2013 - Requer do Secretário de Serviços Urbanos o que segue: Informações sobre determinado funcionário do Cemitério Municipal. Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO.

Nº 146/2013 - Requer do Secretário de Obras o que segue: Conforme Indicação encaminhado ao Exmo.Sr Prefeito Municipal José Cezar Samor, onde solicito a construção de Calçamento ou até mesmo massa asfaltica na Rua Mario Rodrigues e Sebastião Siervi no Bairro Bom Sucesso ,gostaria de saber, quais providências estão sendo tomadas por parte do nobre Secretario, quanto a minha solicitação? Vereador LUIZ CARLOS DA SILVA SODRÉ.

Nº 148/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Porque recentemente parou de
funcionar a Escolinha de Futebol do Bairro Ibrahim Mendonça mantida pela Prefeitura
Municipal de Cataguases? Há previsão para o retorno das atividades desta Escolinha que muito contribui para o desenvolvimento de nossas crianças e jovens? Vereador ANTÔNIO BATISTA PEREIRA.

Nº 149/2013 - Requer do Secretário de Assistência Social o que segue: Como está sendo emitida as carteirinhas de Transporte Coletivo do nosso Município, peço que me mande uma planilha mostrando a quantidade de carteirinhas de gratuidade para transporte coletivo de Janeiro a Março e Março a Agosto. Vereador JOÃO MANOELINO DA SILVA BOLINA.

- Retirado pelo autor
Nº 150/2013 - Requer da Mesa Diretora o que segue: Convocação do Secretário de Esporte, Senhor Ricardo Dias, para esclarecimentos sobre construção da pista de skate no Município, copa panorama de futebol, promoção do Basquetebol no Município. Vereador MAURICIO DO VALE RUFINO

Nº 151/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: quais providências estão sendo tomadas no sentido de atender a Indicação nº 22/2013 de minha autoria. Vereador JOÃO MANOELINO DA SILVA BOLINA

Nº 152/2013 - Requer do Secretário de Assistência Social o que segue: quantas carteiras de transporte gratuito emitidos pela Secretaria de Assistência Social em
janeiro/fevereiro/março/abril/maio/junho/julho do corrente ano, detalhando mês a mês o número e nome de pessoas atendidas. Vereador SERAFIM COUTO SPÍNDOLA.

Nº 153/2013 - Requer do Secretário de Serviços Urbanos o que segue: Qual o motivo da não regularização das Áreas Especiais de Estacionamento Rotativo, também conhecido como “Área Azul” no Município de Cataguases. Vereador MICHELANGELO DE MELO CORREA.

Nº 156/2013 - Requer do Poder Executivo o que segue: Solicita o valor que foi gasto para a colocação de asfalto no acesso do Bairro Morada da Serra ao Bairro Bandeirantes. Qual a dotação orçamentária? Vereador WALMIR LINHARES DA COSTA.

Nº 157/2013 - Requer do Coordenador da CATRANS o que segue: Se é realizado fiscalização nos Transportes Públicos em questão de Manutenção? As empresas enviam documentos comprovando que seus veículos passaram por manutenções? Principalmente ônibus que transportam deficientes físicos? Vereador LUIZ CARLOS DA SILVA SODRÉ
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GRANDE EXPEDIENTE: Inscritos:

1) Majella
Parabenizou o vereador Aritana pelos 7 anos da Escolinha do Bairro Vila Reis, onde nesse final de semana foi realizada uma festa para comemorar essa importante data. Majella esteve presente na festa e acompanhou de perto o trabalho de Aritana a frente da escolinha, onde vários jovens participam. Destacou que esse trabalho é muito importante, não somente para o Bairro Vila Reis, mas para toda Cataguases.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sessão da Câmara 20 de Agosto de 2013


REUNIÃO ORDINÁRIA
ORDEM DO DIA
20/08/2013
ÀS 18:30 HORAS


Vereadores que chegaram atrasados: Beleza e Michelangelo.
Vereadores que foram embora antes da Sessão acabar: Michelangelo.

EXECUTIVO:

Nº 18/2013 - Dispõe sobre adequação aos quantitativos de cargos.

• Projeto que extingue e cria cargos para a realização do Concurso Público. O projeto foi sobrestado, tendo em vista que não passou pelos Conselhos Municipais.

20/2013 - Dispõe sobre a carga horária dos médicos. Reduzindo de 20 par a 6 horas semanais.

• Esse projeto vem de encontro aos fatos mais recentes, onde em 2006 foi feito um acordo entre médicos e membros do Executivo, no sentido de reduzir a carga horária dos médicos de 20 horas para 6 horas semanais, sendo a justificativa o baixo salário. Esse acordo passou de governo pra governo.

Recentemente, o promotor de justiça abriu um inquérito que investiga os médicos que não cumpriram o contrato de trabalho, que diz que eles deveriam trabalhar 20 horas. O acordo firmado não tem validade jurídica, dessa forma, os médicos devem cumprir o contrato de trabalho, correndo o risco de terem que devolver dinheiro aos cofres públicos, já que recebiam por 20 horas mas trabalhavam apenas 6 horas.

Esse acordo entre médicos e autoridades teve seu fim decretado após um inquérito do Promotor, que exige que seja cumprido o que diz o acordo de trabalho, onde o médico deve cumprir a carga horária de 20 horas semanais, correndo o risco de ter que devolver aos cofres públicos pagamento de salários, já que não foi cumprido a carga horário.

Devido esse inquérito, muitos médicos pediram licença e até mesmo exoneração do cargo, tendo em vista que não tem como cumprir as 20 horas semanais ganhando esse baixo salário. Como a prefeitura não tem como aumentar os salários, foi feito um projeto que regulamenta o acordo firmado em 2006. Dessa forma, os médicos continuaram trabalhando, do contrário irão sair do setor público e a cidade ficará sem médicos.
Muitos médicos compareceram na Câmara, alguns ocuparam a Tribunsa, comentando que querem continuar trabalhando na rede pública, conforme vem fazendo há anos, mas que não tem condições de cumprir a carga horária de 20 horas, tendo em vista o baixo salário.

- Serafim fez críticas ao projeto, que deu entrada em caráter de urgência especial, empurrado goela abaixo e ainda cheio de alguns erros. Segundo ele, o projeto deveria ser apreciado melhor, passando pelas comissões. Chegou a pedir vista do projeto mas foi recusado pelo Presidente. Na h ora de votar o parecer da comissão tentou se abster, mas Majella citou o artigo 226 do Regimento Interno, que diz que vereador não pode se abster, dessa forma Serafim votou contrário o parecer, mas votou favorável ao projeto.

- Majella rebateu as críticas feitas por Serafim, dizendo que o projeto não está sendo empurrado goela abaixo e que o Executivo deu entrada com esse projeto em caráter de urgência especial na tentativa de resolver esse impasse com os médicos, regulamentar uma situação que vem acontecendo há muito tempo, passando por vários governos e que nenhum tomou uma providência no sentido de regulamentar essa situação. Essa lei veio para amenizar um antigo problema para que não aumente, correndo o risco da cidade ficar sem médicos.

- Vinicius questionou a resolução 4/2013 que consta no projeto, citando que o artigo citado, o 175 da Lei Orgânica, não trata de saúde mais sim de questão da zona rural.

- Maurício comentou que havia notado esse erro, mas a resolução e a ata da reunião do Conselho de Saúde servem como informativo, algo a acrescentar no debate, não interferi no texto da lei, que é bem clara, reduz a carga horária de 20 para 6 horas semanais.

- Walmir trouxe pro debate a questão da Coopetir, Cooperativa que recebe milhões do Governo Municipal e repassa para os médicos cooperados, onde é preciso investigar sobre como são feitos esses pagamentos.

- Em votação: Aprovado por todos.




LEGISLATIVO:

Projeto de Resolução:

Nº 12/2013 – Que fixa o Orçamento da Câmara de Vereadores para o ano de 2014, no valor de R$ 4.500.000,00.

• Esse projeto tem que ser aprovado para que o prefeito acrescenta na LOA – Lei do Orçamento Anual.

-Em votação: Aprovado por todos.

Projeto de Lei:

Nº 36/2013 - Dispõe sobre denominação de Rua Vereador Joaquim de Oliveira Martins Filho a próprio do Município de Cataguases. Vereador SERAFIM COUTO SPÍNDOLA

• Joaquim Oliveira Martins Filho, popular Quinzinho

- Projeto aprovado por todos os vereadores.


GRANDE EXPEDIENTE: Inscritos:

1) Vereador José Augusto Guerreiro Titoneli
Abriu mão do uso da palavra.

2) Senhor João Batista Lavecchia Groppo
Assunto: Indicações em Poesia

João Groppo ocupou a Tribuna e leu uma linda poesia – em breve postarei na integra – contendo diversas indicações, como a questão da Bomba D’água no Bairro Leonardo patrimônio histórico que está abandonada, o quartel da polícia, inversão da mão da ponte, lixo nas ruas, calçadão na rua do hospital, limpezas dos córregos, dengue.. tudo isso tratado através da poesia, poucas palavras, mas muita informação. Uma forma de chamar atenção para os problemas da cidade.

3) Ary Luis
Ocupou a Tribuna e defendeu o governo do Cesinha, dizendo que acredita no prefeito, que está enfrentando os problemas de anos da cidade. Citou que espera do Legislativo uma atuação em conjunto, que ao invés de deboches e brincadeiras uma crítica mais contundente.Comentou sobre os avanços no Governo Lula, um governo popular e que Cesinha seguirá essa mesma linha, fazendo um governo popular.

4) Majella
Ocupou a Tribuna para responder as críticas que foram feitas na Sessão passada ao governo, como o caso do “Cataguais”, sendo falado que o prefeito proibiu que ele vendesse o jornal. Na verdade, o governo quer que ele preste contas dos jornais vendidos, não estão proibindo, apenas regulamentando.

Sobre a questão do passe que foi cortado, o passe é voltado para as pessoas carentes, o cidadão citado trabalha, dessa forma, cabe a empresa fornecer os passes.

Em relação as críticas feitas ao secretário Nicolau da Copasa, dizendo que ele não fiscaliza a empresa pois tem ligação com a mesma. Majella destacou que o apelido de Nicolau da Copasa é pelos anos de serviço prestado a empresa, a qual se aposentou e não tem mais vínculos e que nada o impede de fiscalizar e cobrar pelos serviços prestados, tanto que fez notificações. Tais comentários colocam em dúvida a honestidade do secretário.

Comentou sobre a licença com vencimento, onde o funcionário citado havia tirado licença com remuneração em governos anteriores, inclusive havia ganho esse direito no governo passado mas recusou.Destacou que a licença com remuneração faz parte do Plano de Cargos e da Lei Orgânica, sendo um direito do trabalhador, independente o grau parentesco ou governo.

Por fim, comentou sobre a piada que foi contada pelo vereador na Tribuna, contendo palavrões . Por muito pouco, o secretário Ângelo recebeu uma Moção de Repúdio. Tais comentários, brincadeiras e xingamentos não é o adequado para o local, que é um local de debate sério, politizado. Cabendo até mesmo cassação de mandato.

5) Serafim

Que tinha aberto mão do discurso voltou atrás e rebateu as críticas feitas pelo Majella ao seu discurso, onde vem fazendo o trabalho do vereador que é fiscalizar e mostrar os erros do Executivo. Depois voltou com seu velho repertório de criticas: Copasa, piso, promessas... falou tanto que a sua dentadura chegou a pular fora, quase caindo.

- Majella teve direito de resposta e citou que reconhece o papel da oposição, mas que espera respeito as pessoas. Que o vereador faça sua críticas de uma forma correta, sem xingamentos, ofensas, brincadeiras, deboches... tais comentários não trazem nada de bom para a cidade. Qual empresário vai querer investir na cidade analisando os vídeos que circulam na internet, vendo um vereador xingar e ofender membros do Executivo. Passa uma imagem de que a cidade não tem respeito pelas suas autoridades. Espera que o vereador repense na sua forma de atuar, que continue com as críticas, mas sem as ofensas, pelo bem da democracia.




Vereador Fernando Pacheco Fialho Vereador Geraldo Majella Mazini
Presidente 1º Secretário

sábado, 17 de agosto de 2013

O barato sai caro!

O barato sai caro!

Paulo Lucio - Carteirinho

De acordo com a Constituição Federal, artigo 37, artigo II diz:” A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”.

Essa medida combate práticas políticas de favorecimento a um determinado grupo político, tendo em vista que o político que ganha tende a alocar no setor público somente pessoas que o apoiaram. Os famosos acordos e conchavos políticos. O famoso loteamento público. Aparelhamento da máquina pública em vantagem própria, para chegar e se manter no poder.

Cito essa lei para tratar das demissões que vem ocorrendo em Cataguases, onde o atual prefeito vem demitindo os concursados aposentados, alegando os gastos públicos com a folha salarial.

Mas será que o problema da folha salarial são os aposentados e os concursados ou seria o inchaço da máquina publica por conta dos contratados e comissionados?
Sabemos que o problema da folha salarial é o excesso de contratações de funcionários por questões políticas. No caso de Cataguases, tanto do governo passado, que não demitiu os funcionários, quando do atual governo que admitiu mais pessoas. Dessa forma, a prefeitura está com duas turmas, a do ex-prefeito e do atual prefeito. Desse jeito não tem folha salarial que agüenta. Tem que demitir.
Até entendo a justificativa social em demitir aposentados, tendo em vista que o aposentado e tem uma renda garantida, que é a sua aposentadoria. Diferente do trabalhador não aposentado, onde a única renda é o salário. Se ele for demitido ficará sem essa renda até arrumar um outro emprego.

Porém, não podemos analisar somente na questão social, mas também política. Com essas demissões, o prefeito retira os concursados e colocam contratados em seus lugares. Sendo esses contratados quem o prefeito quiser, favorecendo aqueles que ajudaram chegar no poder.

Conclusão, o prefeito está substituindo concursados por contratados. Um ato anti-democrático. Uma tática política de favorecimento pessoal.

Não se pode corrigir um erro cometendo outro. As demissões não resolvem os problemas de emprego e renda, pelo contrário, criam mais problemas, já que para se conseguir emprego tem que ser da “turma do prefeito”.

Uma política autoritarista. Terrorismo. Obrigando as pessoas a serem obedientes ao prefeito, que utiliza da máquina pública em seu favor. Perseguindo e demitindo os funcionários, que são substituídos por quem ele quiser.

Está havendo uma troca de valores. Ao invés de concursados, a prefeitura ficará com comissionados e concursados, até que se realize o concurso público, que não tem previsão e sabemos que é fictício, sendo feito por que a justiça ordenou, do contrário, jamais aconteceria, já que é muito mais vantajoso contratar quem o prefeito quiser.

Não é por que o funcionário aposentou significa que deixou de ser concursado. Ele continua sendo concursado. Não pode ser trocado ou demitido assim da noite pro dia. Existem regras para demitir um funcionário concursado, justamente para evitar a questão políticas, como a perseguição.


Essa tática é a precarização e sucateamento do setor público. Retiram os profissionais e substituem por quem o prefeito quiser, sendo por partidários. A companheirada. Uma terceirização política. Sai os concursados e entram os contratados/comissionados.

Se o prefeito entende que os aposentados devam sair, que crie uma política de incentivos, como o Plano de Demissão Voluntária, oferecendo algumas vantagens, já que aposentar não tem muitas vantagens, pelo contrário, só desvantagens, com exceção para o descanso. A pessoa aposenta e perde mais de 40% do salário, fora o ticket e outros benefícios. Com o passar do tempo, o salário vai ficando congelado, chegando ao salário mínimo, tendo em vista que não pode recebe menos.

Espero que o prefeito repense em seus atos. Já que pode ser muito mais prejudicial, tendo em vista as ações na justiça, onde a prefeitura poderá ter que indenizar essas pessoas, que com certeza entrarão na justiça, para lutar pelos seus direitos. Dessa forma será um tiro no pé, ao invés de reduzir custos aumentará as despesas. O barato pode sair caro.

Acorda prefeito.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Sessão da Câmara, 13 de Agosto de 2013


REUNIÃO ORDINÁRIA
ORDEM DO DIA
13/08/2013
ÀS 18:30 HORAS



EXECUTIVO:

Parecer Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais - Processo nº 872485 - Exercício 2011

- Em votação: Aprovado por todos.

LEGISLATIVO:

Projeto de Lei:

Nº 23/2013 - Dispõe sobre a regulamentação do acesso a informações previsto na Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e dá outras providências. Vereador JOSÉ AUGUSTO GUERREIRO TITONELI.

- Projeto sobrestado.

Nº 27/2013 - Regulamenta o funcionamento dos equipamentos de som automotivos no âmbito do Município de Cataguases e dá outras providências. MEMBROS DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO.

- Projeto sobrestado.

Projeto de Resolução:

Deram entrada 3 projetos de resolução, sendo dois dele diminuindo o recesso e outro acabando com o voto secreto. Esses projetos não foram analisados e votados, tendo em vista que entraram projetos substitutivos. Mas por que não entraram com emendas? Filho bonito tem pai, alguns querem registrar a paternidade, passando por cima do vereador que deu entrada, querendo ficar com o mérito.

GRANDE EXPEDIENTE: Inscritos:

1) Vereador José Augusto Guerreiro Titoneli

Abriu mão do seu pronunciamento.

2) Vereador Walmir Linhares da Costa

Citou a visita do Papa ao Brasil, onde fez parte da Jornada. Destacou algumas frases do Papa sobre a política e autoridades, o diálogo, a ética dos nossos governantes.

Comentou sobre as verbas que conseguiu através das emendas do Deputado Wilson, voltadas para reformas de algumas escolas. Falou sobre a reunião que teve com o prefeito Cesinha, onde conversaram por mais de 3 horas, comentando sobre vários assuntos.

Finalizou citando sobre a demissão dos aposentados, onde saiu em defesa desses trabalhadores, que foram demitidos sem um diálogo, uma informação, apenas uma carta que sequer continha assinatura.

3) Vereador Mauricio do Vale Rufino

Comentou sobre as demissões, também saindo em defesa dos trabalhadores, dizendo que enquanto se demitem algumas pessoas, muitos conchavos e acordos políticos são feitos. Sugeriu ao presidente para convocar o secretário de Administração para prestar mais informações sobre essas demissões.

Sua ocupação na Tribuna foi direcionada as obras da Copasa, que vem trazendo grandes transtornos. Citou a poeira, que vem causa um mal estar e doenças nas pessoas. Destacou que existe na Câmara a Comissão de Obras, que deve agir cobrando do Executivo e da Copasa melhorias na conclusão das obras.


4) Senhor João Batista Lavecchia Groppo
Assunto: Indicações em Poesia
Não compareceu.

5) Senhor Sebastião Gabriel
Assunto: Saúde.

Citou alguns casos envolvendo o atendimento de paciente, onde não foram fornecido um bom atendimento e tratamento, os pacientes citados, inclusive ele, tiveram que recorrer ao setor privado, já que não conseguiram atendimento pelo SUS. Destacou que entrou com denúncias no Ministério da Saúde, que entraram em contato com ele, mostrando solidariedade e auxiliando para que ele entrasse em contato com o Conselho de Saúde para oficializando essas denúncias, porém, não foi possível, já que membros do Conselho não deram atenção devida. Pediu apoio e resposta por parte da Câmara, para os problemas que vem acontecendo na saúde.

6) Mônica Meirelles
Assunto: Demissões Prefeitura Municipal de Cataguases

Comentou sobre as demissões dos aposentados, ressaltando que não tem justificativas, citando os números do IDEB, que mostra que Cataguases está entre as melhores da região, graças aos esforços desses profissionais.

Denunciou várias irregularidades na Secretária de Educação, a começar pelo excesso de pessoas na sede da Secretária, sendo 5 comissionados, 7 gratificados e 10 contratados. Citou também sobre pessoas ganhando dois salários, acumulando cargos. Comentou sobre pessoas trabalhando na rede estadual, porém recebendo pela municipal. Além de outras denúncias, que devem ser investigadas.

Reforçou a luta pelo piso salarial.

7) Serafim

Fez ironia com os atos do prefeito, começando pela promessa de rasgar o contrato, dizendo que é a Copasa que está rasgando a cidade. Sem fiscalização, já que o secretário de Serviços Urbanos é o Nicolou da Copasa.

Citou que continua acreditando no prefeito, apesar de que muitos já perderam a confiança, citando algumas lideranças locais.

Comentou que o jovem deficiente físico que vendia o Cataguases há anos, sendo conhecido como “Cataguais”, está proibido de vender o jornal, pois não havia uma prestação de contas. Serafim destacou que esse jovem há anos presta um serviço de utilidade pública, tornando um personagem em Cataguases e lamenta que essa gestão acabou com esse serviço prestado a comunidade.

Destacou as promessas feitas pelo prefeito em campanha, onde não cumpriu nenhuma e mesmo assim continua prometendo, como fez em Cataguarino, dizendo que irá asfaltar todas as ruas do distrito.

Finalizou citando a Portaria 497/2013, dando licença remunerada para o funcionário Julio Cesar Correia Neto Carias, que é parente da primeira dama. Essa licença prevê que o funcionário continua recebendo sem trabalhar, já que nesse período irá estudar.


Vereador Fernando Pacheco Fialho Vereador Geraldo Majella Mazini
Presidente 1º Secretário

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Parecer da Comissão do Cemitério

CÂMARA MUNICIPAL DE CATAGUASES Praça Santa Rita, nº 498 - Centro - Cataguases/MG PARECER FINAL -Comissão Assuntos Relevantes Cemitério Municipal Parecer Final da Comissão Assuntos Relevantes - instituída para apurar irregularidades ocorridas no Cemitério Municipal. A Comissão Temporária de Assuntos Relevantes "Cemitério Municipal", instituída mediante Resolução nº 02/2013, publicada no Jornal Oficial do Município (Edição nº 3.253, datada de 28/04/13), em atendimento às disposições regimentais, vem respeitosamente, neste ato, apresentar seu Parecer Final, para dar cabo de seus trabalhos. Cumpre informar, de pronto, que práticas ilegais e lesivas ao Patrimônio Público foram confirmadas e detectadas pela Comissão, conforme se demonstrará no presente Relatório. Passa-se a uma exposição dos fatos em ordem cronológica, com o objetivo de demonstrar como as coisas foram se desenhando para a Comissão de maneira muito natural. I ? EXPOSIÇÃO DOS FATOS O nascedouro desta Comissão se justificou, essencialmente, na denúncia apresentada à Câmara Municipal pelo advogado Dr. Eduardo Antunes Barcelos, em 17/04/2013 (fls. 1 e 2 do ?Anexo? referente aos Documentos). Na ocasião, o munícipe requeria providências desta Casa, ante as suspeitas de ilícitos ocorridos no Cemitério da cidade. Os ilícitos a serem apurados seriam: venda ilegal de túmulo com apropriação indevida dos valores da transação, violação de túmulo (sobretudo a violação do túmulo nº 3854, quadra 13, pertencente à família do Sr. Helio Baião, da qual o Sr. Eduardo é advogado), dentre outros. O ex- funcionário da Prefeitura Municipal de Cataguases, Sr. Waldecir Machado Taveira, também procurou a Câmara, com objetivo similar ao do Advogado Eduardo: o de apurar determinados fatos ocorridos no Cemitério São José (fls. 03 e 354). Tão logo recebeu as referidas Denúncias, esta Casa de Leis deu início a seus trabalhos, inaugurando a presente Comissão (fls. 28), que contou com os seguintes membros: Vereador João Manoelino da Silva Bolina (membro), Vereador Geraldo Majella Mazini (relator) e eu, Vereador Maurício do Vale Rufino (presidente). O primeiro ato da Comissão foi receber do Presidente da Câmara cópias de diversos documentos referentes ao caso; documentos estes, como já comentado, encaminhados pelo Sr. Waldecir Taveira Machado (fls. 6/27). Em segundo momento, nós, membros desta Comissão, nos reunimos na Câmara Municipal para discutir a dinâmica de trabalho, listar e planejar as atividades a serem realizadas. Esta primeira reunião ocorreu no dia 26/04/2013 e sua ata segue em anexo (fls. 30). Na ocasião, decidimos dar prioridade aos fatos mais recentes que nos aparecessem, com o intuito de não deixar possíveis indícios ou provas se esvaírem com o tempo e com a prescrição. Decidimos também estudar tudo o que pudéssemos sobre cemitérios e seus procedimentos. Neste sentido, resolvemos por convidar um servidor público municipal, com grande conhecimento prático no assunto, para nos dar orientações preliminares sobre o tema. Antes de narrar como foi o primeiro episódio de ouvir as pessoas envolvidas na questão, cumpre descrever, mesmo que de forma breve, quais foram os métodos adotados para realizarmos tal tarefa: a) em se tratando de uma Comissão de Assuntos Relevantes, optamos por ?convidar? as pessoas que tínhamos interesse em escutar. Estávamos dispostos a pedir a abertura de uma CEI, caso as coisas não transcorressem conforme planejamos. b) Uma vez aceito o convite, o cidadão comparecia à Câmara Municipal, colocando-se à disposição da Comissão para prestar informações. c) Os membros da Comissão conduziam, coletivamente, as ?oitivas? ? sendo oportunizado a todos fazerem perguntas. d) O funcionário da Casa, Leonardo Bitencout também foi praticamente membro da Comissão. Acompanhou, pessoalmente, todas as etapas do trabalho e digitou os depoimentos que nos foram prestados. e) Depois de reduzidos a termo, os depoimentos eram lidos na presença de todos e sujeitados a eventuais alterações, caso os declarantes assim o quisessem. Em seguida, eram impressos e assinados por todos os presentes. Cumpre relatar, ainda de forma antecipada, que o denunciante, o Dr. Eduardo Barcelos, também acompanhou de perto os trabalhos da Comissão. Em determinados momentos lhe foi dada a oportunidade de interagir com os convidados e de fazer perguntas. A participação do Dr. Eduardo foi fundamental para o bom andamento dos trabalhos. Com a finalidade de garantir e de dar legitimidade à sua presença em nossas reuniões, pedimos autorização do Presidente da Câmara Municipal para que o causídico atuasse junto à Comissão, nos termos do artigo 54 de nosso Regimento Interno (documento em fls. 233). I.I ? Do Depoimento do funcionário Marciano Oliveira (fls. 32/34) Conforme já suscitado, resolvemos por ouvir, primeiro, o servidor público municipal, Marciano Silva de Oliveira ? com a finalidade de obter informações sobre todos os procedimentos da administração pública municipal para sepultar pessoas no Cemitério São José. Com o depoimento de Marciano, aprendemos que quando uma pessoa vem a óbito, o procedimento para o funeral se inicia com a emissão de documento do hospital, que deverá ser levado ao Coordenador do Cemitério Municipal. Este, por sua vez, deverá verificar se o requerente (ou se a família do requerente) já é proprietária de um túmulo. Se a resposta for negativa, deverá ser expedido um ?Requerimento de Alvará de Perpetuidade Familiar?, bem como os boletos para a compra do túmulo. Mas caso a família já possua um túmulo (e este ainda não esteja completamente ocupado), deverá sepultar seu parente neste. Marciano nos informou que o valor de um túmulo novo, no Município, é de cerca de R$ 1.581,00 (hum mil quinhentos e oitenta e um reais), podendo este valor ser parcelado em até cinco vezes, a critério da Prefeitura; e que para os casos nos quais as famílias já tenham túmulo, a Prefeitura cobra uma taxa de sepultamento no valor de R$ 48,00 (quarenta e oito reais). Somente quando os pagamentos são comprovados é que a Administração Municipal emite o Alvará definitivo. O depoente explicou que os túmulos do São José comportam, no máximo, três gavetas, sendo ?usual? um corpo por gaveta; e que os restos mortais já sepultados só poderão ser novamente manuseados, administrativamente falando, com o consentimento dos familiares, respeitado o período de quatro anos ? para a suposta decomposição total do corpo. Importante destacar: todas essas regras utilizadas no Cemitério são pautadas em ?costumes?, não havendo norma municipal que regulamente tais procedimentos. O depoente em questão, a respeito disso, nos disse que não conhecia lei que disciplinasse o que descreveu. Que tais práticas eram repetidas e ensinadas de funcionário para funcionário. No mais, disse que não tinha conhecimento de ilícitos no Cemitério. Que já tinha ouvido falar algumas coisas a respeito disso, mas nada confirmado. A única coisa que Marciano havia tomado conhecimento era do caso da menor, A.C.B., filha do Sr. Helio Baião, cujo túmulo (nº 3854) havia sido supostamente violado. Seu depoimento se deu na manhã do dia 03/05/2013. Sua transcrição segue em anexo. 6 I.II ? Do Depoimento do Dr. Eduardo Barcelos (fls. 35/90). O Dr. Eduardo Antunes Barcelos foi ouvido na manhã do dia 09/05/2013. Em seu depoimento, disse que tomou conhecimento dos supostos ilícitos ocorridos no Cemitério Municipal, pois fora contratado para atuar em uma causa em que houve violação de túmulo da família de seu cliente, conforme já comentado neste Relatório. De novidade, nos contou que, assim que fora constituído para representar os interesses da referida família, procurou o Secretário de Serviços Urbanos, Sr. Nicolau Siervi, para que o mesmo tomasse providências e ajudasse a resolver o caso em comento; mas quando interpelado, o Secretário respondeu com os seguintes dizeres: ?Não quero nem saber?. O depoente descreveu também vários outros episódios que evidenciam despreparo e desinteresse do Poder Executivo Municipal para lidar e administrar o Cemitério São José. Um deles, inclusive, envolvendo o Ex-Coordenador do Cemitério, Sr. Idimar Vilela, que havia feito um ?recibo? de próprio punho, datado de fevereiro de 2007, no qual consta o recebimento de R$ 1.050,00 (hum mil e cinqüenta reais), na compra do túmulo nº 3829. Informou, ainda, através de fotos, documentos em geral e uma gravação de programa de rádio, que vários indícios apontavam o Sr. Waldecir Machado Taveira (ex-coordenador do Cemitério) como pessoa envolvida nos ilícitos ocorridos; que os funcionários da Fiscalização Tributária da Prefeitura, Sidney e Lecivaldo, teriam provas pra elucidar a hipótese. 7 O denunciante apresentou à Comissão documentos de grande importância, que muito auxiliaram no esclarecimento de algumas questões, entre eles: os autos do processo de Execução Fiscal, movido pela Prefeitura Municipal de Cataguases em desfavor de Waldecir Machado Taveira; uma cópia da Peça Inicial de Medida Cautelar, na qual o depoente requereu a exumação dos restos mortais de A.C.B. (representando os interesses de seus clientes); uma lista de registros, que apontam duplicidade de túmulos; dentre outros documentos. A transcrição de seu depoimento e os documentos entregues à Comissão seguem em anexo. I.III ? Depoimento do Sr. Idimar Vilela (fls. 91/99). O Sr. Idimar Vilela foi ouvido na manhã do dia 10/05/2013. Informou-nos que trabalhou no Cemitério São José, no cargo de Coordenador, nos períodos: 01/01/2005 a 30/12/2008; 01/07/2010 a 14/01/2011; 14/05/2012 a 17/12/2012. Disse que ouviu falar das irregularidades que estavam sendo apuradas pela Comissão através dos veículos de comunicação da cidade. Declarou ter conhecimento de venda dupla de túmulos e que, em razão disso, algumas placas de identificação dos jazigos teriam sido trocadas ? mas que nada disso teria ocorrido no período em que coordenou o Cemitério. Declarou também que o Sr. Waldecir Taveira visitava frequentemente o Cemitério, durante os períodos mais recentes em que ocupou o cargo de Coordenador; e que em determinado momento, o Sr. Waldecir se referiu a ele com os seguintes dizeres: ?Essa conversa 8 fiada sobre cemitério pode acabar num ?Cunha Neto??. Que o Sr. Waldecir questionava a numeração de túmulos junto a ele, copiava numeração dos Livros (oficiais) e intermediava ?acabamentos de túmulos? com prestadoras do referido serviço. Segundo Sr. Idimar, o Sr. Waldecir tinha como ?assessor direto? o funcionário Carlos Silvério da Silva. Aqui cabe uma digressão: quando o Sr. Waldecir proferiu os termos supramencionados, estaria fazendo menção à movimentação da Legislatura anterior a esta, que cogitou a hipótese de instaurar uma CEI para apurar os ilícitos supostamente ocorridos no Cemitério. Mas, como já se sabe, a Legislatura anterior não chegou a consolidar o projeto. Quando indagado sobre o recibo manuscrito trazido à Comissão pelo Dr. Eduardo Barcelos, disse que recebeu a referida quantia, mas que havia depositado o dinheiro. Finalizando sua participação, o Sr. Idimar nos contou ter conhecimento de que o Sr. Waldecir teria revendido o túmulo nº 3980, de propriedade do Sr. Paulo Sérgio Vieira, mas a Prefeitura mandou arrumar um novo túmulo para ele, como forma de compensação. Informou também ter conhecimento de um ossário no Cemitério Municipal, localizado na ?rua da capela, nº 2167?. I.IV ? Depoimento dos Srs. Sidney Araújo e Lecivaldo Luiz (fls. 95/141). 9 O depoimento de ambos se deu na manhã do dia 16/05/2013. Sidney e Lecivaldo trabalham no Setor de Fiscalização Tributária da PMC. Há alguns anos instauraram novos procedimentos para tentar controlar e disciplinar os atos administrativos no Cemitério Municipal. Uma das medidas criadas foi o ?Requerimento de Alvará de Perpetuidade Familiar?, que assumiu a função de garantir que qualquer venda de túmulo (qualquer transação financeira envolvendo alvarás de túmulos) passaria pela Fiscalização Tributária. Vale dizer, a instalação deste ?Requerimento? foi um marco na verificação das contas do Cemitério. Depois da instalação desta nova ferramenta de fiscalização, perceberam que em determinado momento, os Requerimentos de Alvará de Perpetuidade pararam de chegar à suas mesas, fato esse que lhes causou muito estranhamento, uma vez que Lecivaldo havia constatado junto ao Hospital de Cataguases que muitos óbitos haviam ocorrido naquele período. Apurando tal deficiência, verificaram que os referidos Requerimentos estavam sendo enviados diretamente ao servidor público Marciano (responsável pela emissão final dos alvarás), sem o crivo da Fiscalização Tributária). Disseram à Comissão que o fato de os Requerimentos não passarem pela Fiscalização Tributária permitiria que o coordenador do Cemitério ? que ?vendia? os jazigos, ?embolsasse? o dinheiro, sem que se formasse incompatibilidade entre o número de óbitos e os alvarás da venda de túmulos. Uma vez constatado este ?desfalque? no cofre público, Sidney enviou ofício ao Secretário da Fazenda Municipal em exercício, Sr. Fernando Peregrino, ao Procurador Municipal em exercício, Sr. 10 Roosevelt Pires e ao Chefe do Controle Interno, Sr. Valério Robson, noticiando-os sobre o ocorrido. Tudo isso, no início do ano de 2012. A única resposta que obtiveram foi de um funcionário da Procuradoria Municipal, Sr. Rafael Araújo Vieira, que se prontificou a ajudar na solução do problema (ofícios em anexo). Relataram-nos que todas as autoridades comunicadas (acima mencionadas) foram omissas ante as denúncias que fizeram ? com exceção do Secretário da Fazenda, que, posteriormente, pediu a apuração dos fatos. Lecivaldo nos informou que na época em que estava investigando os ilícitos, já com a anuência do Secretário da Fazenda, foi interpelado, em sua residência, pelo Sr. Waldecir Taveira, que pediu informações sobre o processo que seria instaurado contra ele. Na ocasião, segundo Lecivaldo, o Sr. Waldecir fazia gestos, insinuando que estava com uma arma debaixo da camisa que usava e que Lecivaldo se sentiu ameaçado ao ponto de entrar em um ônibus que parou próximo à sua casa, para fugir da situação. Os convidados forneceram à Comissão diversos documentos que obtiveram na época da investigação (ano 2012). Dentre esses documentos, cabe ressaltar as declarações (assinadas) de munícipes que se sentiram lesados por atos praticados pelo Sr. Waldecir, na época em que ele era Coordenador do Cemitério. Quase todas essas pessoas foram ouvidas pela Comissão e seus depoimentos serão relatados aqui, oportunamente. 11 Sidney e Lecivaldo disseram que todos os alvarás, regulares ou irregulares, contaram com a assinatura do Secretário da Fazenda e do Prefeito da época. Disseram também que existem fortes indícios de que houve esvaziamento de túmulos para que os espaços fossem revendidos. Relataram que o Sr. Waldecir se defendeu das práticas que lhe foram imputadas no Processo Administrativo dizendo que ?eram feitas há muito tempo?. Chamou-nos a atenção que, para comprovar, isto é, para driblar a fiscalização tributária, o Sr. Waldecir anexava aos Requerimentos (os que foram enviados ao setor) boletos repetidos. Muitos deles datados de 2004, 2007, etc. Alguns exemplares seguem em anexo, fornecidos pelos depoentes. Disseram que chegaram ao montante de R$ 214.000,00 (duzentos e catorze mil reais) ? valor supostamente ?desviado? do cofre público com as vendas irregulares de túmulos ? através de apuração advinda de um auto de infração. Este valor e dados da Dívida Ativa foram juntados na Ação de Execução Fiscal movida pelo Município em desfavor do Sr. Waldecir Taveira. I. V ? Depoimento do Sr. Waldecir Taveira (fls. 143/198). Na manhã do dia 17/05/2013 ouvimos o Sr. Waldecir Machado Taveira. De pronto, nos informou que não se apropriou de nenhum jazigo e de nenhum valor indevido enquanto foi Coordenador do Cemitério São José (períodos: fevereiro/2010 a junho/2010 e fevereiro/ 2011 a fevereiro/2012). Explicou que fora exonerado em primeiro momento, pois se candidatou a Deputado Estadual ? em atendimento à Legislação Eleitoral, portanto; e que fora exonerado em 12 segundo momento, pois a Prefeitura iria apurar irregularidades ocorridas no Cemitério Municipal. Informou-nos que fora obrigado pelo funcionário Sidney Araújo a assinar recibos para a expedição de alvarás; que tem dúvida quanto aos boletos apresentados à Comissão pelo Sidney ? segundo Waldecir os boletos poderiam não ser os mesmos dos que apresentou na época em que trabalhava no Cemitério. Declarou não saber explicar porque seu nome aparece tantas vezes relacionado aos problemas apontados e que vinha sendo injustamente incriminado por erros cometidos por outros Coordenadores - apontou o Sr. Sebastião Maurício de Paiva como Coordenador que cometeu irregularidades. Diante de um ?recibo? por ele próprio exarado, confirma ter recebido a importância de R$ 1.300,00 (hum mil e trezentos reais), mas que a repassou para o dono do túmulo. Aqui tem início a ?justificativa? do declarante sobre o ocorrido. Ele afirmou que intermediava venda de túmulos entre particulares. Isto é, Fulano tem um túmulo em seu nome; depois de muitos anos sem mexer no túmulo, Fulano resolve vendê-lo pra Beltrano; nessa relação, era o Sr. Waldecir, Coordenador do Cemitério, quem intermediava a negociação. Disse-nos que não se lembra de quantas intermediações conduziu e que fazia isso porque o Cemitério já não tinha mais espaço para enterrar ninguém. Alegou que não recebia nada por essas negociações. O ex-Coordenador não soube informar à Comissão o nome de ninguém que teria lhe procurado para que colocasse à venda seu túmulo. 13 Confirmou que foi até a residência de um munícipe cobrar parcelas de jazigos que ajudou a vender; e que realmente o fez quando já não era mais funcionário da Prefeitura, mas que tinha que buscar o dinheiro, pois ele advinha de uma dessas intermediações. Sobre este caso específico, conseguimos escutar este munícipe, que nos relatou sua versão do ocorrido ? a ser relatada aqui, posteriormente. O declarante disse ter conhecimento de doações, descontos e desapropriações de jazigos. Trouxe à Comissão documentos para comprovar o que disse. Verificamos que, realmente, o então Procurador Municipal, Sr. Roosevelt Pires, concedeu diversos descontos para venda de sepulturas. Esses descontos vieram em forma de ?despachos? manuscritos, nos Requerimentos de Alvará de Perpetuidade Familiar. Seguem exemplares em anexo. Segundo o declarante, os descontos concedidos pelo Procurador não foram abatidos no montante que lhe está sendo cobrado na Ação de Execução e que outros valores, também cobrados na referida Ação, já foram pagos ao Erário. Narrou-nos ter tomado conhecimento da violação do túmulo nº 2980 e que os restos mortais que lá estavam foram depositados no ?gavetão? (apelido carinhoso dado ao depósito de ossos existente no Cemitério Municipal). Disse que os ?números? que estariam no ?gavetão? seriam os perpétuos 2309, 2980, 2776, 2837, 2856 e 434; e que tais túmulos teriam sido violados por diversos motivos, inclusive em razão de a família não ter pagado pelo túmulo. O declarante informou à Comissão que o ?gavetão? fica situado na ?rua da necropsia?, mais ou menos sete túmulos, à esquerda; e que recentemente o abriu para fazer uma conferência (período em que já 14 não era mais funcionário público), em atendimento à família proprietária do jazigo nº 2980, que havia constatado a violação do mesmo. Contou-nos que pediu à Legislatura passada uma investigação sobre o assunto, mas os vereadores foram convencidos pelo então Procurador Municipal a não instaurarem o procedimento. Para finalizar, negou ter ameaçado qualquer pessoa. Conversou conosco de forma tranqüila e se colocou à disposição para colaborar futuramente. Seguem em anexo: seu depoimento redigido a termo e cópia de documentos que apresentou. I.VI ? Depoimento da Sra. SAC (fls. 199 e fls. 140). No dia 06/06/2013 ouvimos vários munícipes que outrora procuraram o Setor de Fiscalização Tributária da Prefeitura para fazer reclamações relativas à compra e venda de jazigos. Suas declarações à Fiscalização Tributária seguem em anexo também. Neste momento precisamos fazer nova digressão: a partir desta data, nos acompanhou em todos os atos a Sra. Cintia Raquel Garcia Ladeira, do Controle Interno da PMC. Tomou nota de tudo o que foi visto daqui por diante e, conforme pudemos perceber durante os trabalhos, cumpriu muito bem a função para qual foi designada no serviço público. Trabalhou de maneira exemplar enquanto esteve conosco, com postura firme e correta. 15 A primeira pessoa que ouvimos ? deste ?grupo? dos que procuraram a Fiscalização Tributária para fazer reclamações eferentes à compra de perpétuos ? foi a Sra. SAC. Ela nos contou que comprou um túmulo diretamente com o Sr. Waldecir Taveira e que este túmulo supostamente pertencia a uma pessoa que morava no estado do Rio de Janeiro que tinha desejo de vendê-lo. Na ocasião, a Sra. SAC pagou ao Sr. Waldecir R$ 1.300,00 (hum mil e trezentos reais), restando ainda R$ 100,00 (cem reais) para que ela quitasse o valor acordado. No entanto, quando do falecimento do pai da depoente, a mesma procurou o Cemitério e foi informada de que não havia túmulo algum em seu nome (ou no nome de sua família). Ou seja: pagou e não levou. Sra. SAC não teve condições de comprovar o narrado, pois havia acordado com o Sr. Waldecir que a documentação do jazigo lhe seria entregue somente quando ela realizasse o segundo pagamento. Seu pai acabou sendo sepultado em outro túmulo, adquirido por seu filho. Vale dizer, a situação da Sra. SAC provocou nossas funções enquanto Vereadores. Seu depoimento culminou em uma solicitação, encaminhada e já protocolada, à Secretaria de Administração Municipal. Os documentos comprobatórios seguem em anexo. I.VII ? Do Depoimento de JMT (fls. 207/208). Neste caso, o depoente nos informou que em meados de junho de 2012, o Sr. Waldecir Taveira o procurou, em sua residência, para oferecer um túmulo no Cemitério Municipal, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). Na ocasião, o depoente topou comprar o suposto jazigo, mas não chegou a pagar nenhuma quantia ao Sr. Waldecir. No 16 entanto, assinou o documento ?Requerimento de Alvará Perpetuidade Familiar?, deixando para o Sr. Waldecir preencher seus dados. Resolveu por relatar o ocorrido para evitar que o episódio se repetisse e colocasse o patrimônio de alguém em risco. Os documentos relativos à sua versão dos fatos seguem em anexo. I.VIII ? Do Depoimento de MIRS (fls. 209/210). A depoente nos contou que tomou conhecimento através de uma colega que o Sr. Waldecir vendia túmulos no Cemitério. Procurou-o para comprar um perpétuo e ele lhe ofereceu um, no valor de R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais). A depoente chegou a pagar três prestações, da seguinte forma: R$ 200,00 em junho de 2011; R$ 500,00 em dezembro de 2011; R$ 200,00 em fevereiro de 2012. Ou seja, pagou R$ 900,00 (novecentos reais) ao Sr. Waldecir Taveira, mas decidiu por pagar o restante no setor de Fiscalização Tributária, e acabou regularizando sua situação. O túmulo ?adquirido? é o nº 4170, localizado na quadra 13. Declarou não saber se o Sr. Waldecir lhe vendeu este túmulo como sendo novo ou de outro proprietário. Em 13/06/2012, a depoente recebeu em sua casa o Sr. Waldecir. O mesmo a visitou para cobrar o valor restante referente ao túmulo negociado. Insta mencionar, naquela data, o Sr. Waldecir já não era mais funcionário da PMC. Esta declaração foi dada à Fiscalização Tributária Municipal, em 14/06/2012 e confirmada pela depoente quando ouvida na Comissão. 17 I.IX ? Depoimento do Sr. JPB (fls. 211/214). O depoente informou à Comissão que seu pai fora sepultado em março de 1998, no túmulo nº2980, quadra 9 ? trouxe, na ocasião, documento pra comprovar tal fato. Que nos idos de 2003, quando de uma visita à sepultura de seu pai, deu falta do referido número; e em apuração posterior dos fatos, descobriu que os restos mortais de seu pai tinham sido colocados em um ?saco preto? e depositados no ossário do Cemitério. Na ocasião, um dos coveiros se prontificou a ajudá-lo. Mostrou ao depoente o ossário e os restos mortais de seu pai. O depoente nos informou que junto de seu pai viu outros quinze ?sacos pretos?, no interior do ossário. Disse-nos também que o coveiro que o ajudou teria recebido ordem para ?descartar? os ossos do genitor do depoente ? mas não o fez. A situação do Sr. JPB foi resolvida devida e legalmente pelo ex-Procurador Municipal, Sr. Roosevelt Pires, conforme consta no depoimento em anexo. I.X ? Depoimento do Sr. OM (fls. 215/ 216 e fls. 134/139) Em junho de 2012, OM procurou a Fiscalização Tributária Municipal para fazer um Requerimento (cópia em anexo). Neste documento, OM informou ao Poder Público Municipal: ?Foi enterrada uma pessoa em meu túmulo (conforme alvará de perpetuidade em anexo) com o nome de LHOM, sem minha autorização e de meus familiares. Segundo informações dos funcionários do Cemitério, quem autorizou o sepultamento foi CM (endereço desta). Peço que retire o corpo do túmulo, pois o mesmo é para minha família?. 18 Este depoimento foi confirmado pelo depoente, durante a reunião com a Comissão. Informou-nos que adquiriu o perpétuo em 1982, e que LHOM foi sepultada nele, sem autorização, em 2010 (período no qual os Srs. Waldecir Taveira e Idimar Vilela e atuaram como Coordenadores do Cemitério São José). Na época, percebeu que o número do perpétuo havia sido trocado; e que o corpo de LHOM acabou sendo sepultado em uma gaveta, onde já estavam os restos mortais do cunhado do depoente. Vale dizer, a situação narrada por OM nos levou a atuar paralelamente à Comissão, enquanto Edis, cobrando atitudes do Poder Executivo Municipal para resolver seu caso. Cópia de todos documentos mencionados em anexo. I.XI ? Depoimentos não obtidos pela Comissão. Por motivos diversificados, a Comissão não conseguiu ouvir (ou encontrar) três outros munícipes cujas reclamações feitas no setor de Fiscalização Tributária também nos chamaram a atenção. Mas obtivemos os documentos com suas declarações (dadas à Fiscalização Tributária) e cópias dos mesmos seguem em anexo. Uma dessas declarações nos chamou muito a atenção (documentos em fls. 113/121). Nela, o declarante dizia que havia comprado um túmulo para seu pai; que pagou R$ 1.300,00 (hum mil e trezentos reais) ao Sr. Waldecir Taveira, em mãos (?recibo? em anexo); que o Sr. Waldecir cobrou do declarante a importância de R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais) para fazer acabamento do túmulo; que o túmulo, no ?recibo? dado por Waldecir tem nº 4340, mas no requerimento está identificado como nº 4064. 19 I.XII ? Dos Ofícios encaminhados pela Comissão (fls. 220/322). Diante de todos os relatos, decidimos por aprofundar em algumas informações, para começarmos a montar o ?quebra-cabeça?. Enviamos dois ofícios ao Controle Interno da Prefeitura: um pedindo a lista de ex-coordenadores do Cemitério Municipal (nomeações e exonerações) e outro, pedindo a lista de atuais funcionários do Cemitério (fls. 318/319). As respostas obtidas ajudaram na confirmação e elucidação dos fatos. As mesmas seguem em anexo. Enviamos um ofício para o Hospital de Cataguases, pedindo a lista de óbitos registrados no Município, em período determinado, para confirmar algumas informações obtidas. Também fomos prontamente atendidos. Enviamos ofício à 3ª Promotoria de Justiça de nossa Comarca, com o objetivo de pedir providências para registro (com aparato pericial) do conteúdo do ossário e seu ?lacramento?, por medida judicial. O fizemos por considerarmos que o Cemitério São José está exposto, sujeito a qualquer ?visita? e manuseio de jazigos ? o que torna o referido depósito de ossos (considerada por nós prova importante na solução dos problemas) uma prova frágil, de fácil manipulação. Enviamos, também, um ofício à Secretaria da Fazenda Municipal, pedindo informações sobre ?conta bancária? do Cemitério São José (fls. 316/317). Ofício este que nos foi prontamente atendido, informando que existe, sim, uma conta bancária específica para os 20 recursos oriundos da venda de túmulos; conta constante da Caixa Econômica Federal; aberta no dia 25/01/2002; que nunca fora substituída. I.XIII ? Da Exumação do Túmulo de ACB. No dia 11/06/2013 a Comissão acompanhou a exumação dos restos mortais da menor ACB. O procedimento foi feito através de um pedido judicial, pleiteado pelo advogado, Dr. Eduardo Barcelos. O vereador Majella acompanhou pessoalmente o procedimento. Considerando que o caso também estava sendo acompanhado pela Comissão, considerando também que existem fortes indícios de que houve violação da referida sepultura, julgamos ser prudente a Comissão acompanhar o procedimento. No dia, foram colhidas matérias para realização de exame de DNA, com o objetivo de verificar se os restos mortais foram manipulados ou até mesmo trocados. Até o presente momento, não temos notícias, isto é, resposta definitiva do exame. I.XIV ? Visita da Comissão ao Cemitério São José (documentos em fls. 323/338). Diante de todos os relatos, diante de muitas suspeitas e versões para mesmas histórias, pensamos que já era tempo de fazermos uma visita ?oficial? ao Cemitério Municipal ? para ver de perto alguns fatos e elementos que nos foram contados. A visita se deu no dia 13/06/2013, por volta das 09 horas da manhã. Fomos, nós, os três membros da Comissão, acompanhados dos assessores: Maria Izabel Vargas, Junio Valentim e Leonardo Bitencout. 21 Acompanhou-nos, também, a Sra. Cintia Raquel, do Controle Interno da Prefeitura. Devidamente autorizados pelo Prefeito Municipal (documento em anexo), conseguimos adentrar em todas as salas do Cemitério. Tivemos a oportunidade de investigar tudo o que quisemos. Vale dizer, durante toda a visita estivemos acompanhados do Sr. Márcio, atual Coordenador do Cemitério ? que se mostrou extremamente prestativo, respeitoso e interessado em colaborar. Sabemos que o papel desta Comissão não é o de verificar as condições físicas do Cemitério, mas seria impossível concluir este Parecer sem descrever um pouco do que vimos. A condição do São José, atualmente, é absolutamente indigna, cabendo destacar: - A condição na qual os funcionários de lá (principalmente os coveiros) trabalham é desumana. Não possuem EPIs (máscaras, luvas, botas). Os EPIs que têm, foram comprados por eles mesmos, com seu próprio salário. Condição inaceitável, para um ser humano e para um servidor público; - A estrutura da sala de necropsia também é inaceitável. Vimos rachaduras, infiltrações e mofo na sala. Como também vimos dentaduras, manchas de sangue na mesa, seringas, etc. - As ruas do Cemitério, em sua parte interna, também estão em estado deplorável. Não se pode afirmar que o cidadão tem segurança para caminhar lá; - Percebemos que não há muita segurança no local, sobretudo na parte da noite ? conforme nos foi colocado por muitos funcionários. 22 Enfim, vimos muitas irregularidades de cunho físico, estrutural. Daremos ciência disso ao Poder Executivo Municipal, de forma correta, e faremos nossa parte para disciplinar os atos relacionados ao Cemitério Municipal, oportunamente. Durante a visita, constatamos algo positivo, que precisa ser relatado: ante a falta de espaço para se erguer sepulturas no local, os funcionários do Cemitério encontraram uma ?solução? respeitosa e inteligente, que nós ainda não conhecíamos. Quando falece alguém, membro de uma família já proprietária de um perpétuo, usa-se verificar se existe ?gaveta? desocupada no perpétuo para o sepultamento. Caso não exista gaveta disponível, os funcionários, com a autorização da família do falecido, separam os restos mortais que estiverem a mais de quatro anos dentro do túmulo, colocam esses restos mortais em recipiente menor (pelo que presenciamos uma sacola de plástico espessa), com a devida identificação, e sepultam o recém-desencarnado na mesma gaveta que seu antepassado. Tal prática tem sido a melhor das soluções, há tempos, quanto ao problema da falta de espaço no São José. Terminamos a visita às 13 horas, depois de termos presenciado tudo o que precisávamos. Fotos em anexo. I.XV ? Depoimento do Sr. Nicolau Sérgio Siervi (fls. 338/342). Não poderíamos concluir nossos trabalhos sem ouvir o atual Secretário de Serviços Urbanos. Além de termos informações para passar pra ele (principalmente depois da visita ao Cemitério Municipal), consideramos que seria fundamental ouvir sua versão e posicionamento ante aos fatos investigados. 23 O Secretário nos disse que não tinha oficialmente recebido, até então, nenhum reclame quanto aos ilícitos a serem apurados no Cemitério e que teve conhecimento apenas ?verbalmente? dos problemas. Disse que em meados de março, esteve com o Dr. Eduardo Barcelos, no escritório da Secretaria de Serviços Urbanos, e que o advogado tinha ido até lá para colher uma assinatura sua; que não se lembra exatamente sobre o que conversaram, mas que tem certeza de que não falaram sobre o desaparecimento da placa do túmulo da menor ACB (nº 3854), nem referente à lista de túmulos com irregularidades ? apresentada à Comissão pelo advogado. Neste ponto, temos uma contradição séria: em seu depoimento, Dr. Eduardo Barcelos disse ter apresentado ao Secretário Nicolau alguns documentos, referentes às ilegalidades ocorridas no Cemitério. O Secretário negou que isso tenha acontecido. Dr. Eduardo também nos narrou (fls. 36/39) que, quando apresentou os indícios de ilegalidade ao Secretário, o mesmo teria respondido ?Não quero nem saber?. À Comissão, o Secretário não negou ter dito isso, mas também não confirmou. Apenas disse que não se lembra ?do que conversaram? ? ele e o advogado. Muito honestamente, sem fazer julgamentos que não nos competem, chamou-nos a atenção o fato de o Secretário desconhecer as suspeitas de ilícitos perpetrados no Cemitério. Como também nos chamou a atenção ele não saber o nome dos funcionários do Cemitério, não saber sobre a existência de um ossário e deixar com que seus 24 funcionários trabalhem em condições indignas, sem equipamentos de segurança. O depoimento se encerrou com o Sr. Nicolau se colocando à disposição da Comissão para colaborar com o que precisássemos. I.XVI ? Depoimento do Sr. Roosevelt Pires (fls. 343/349). Decidimos ouvir o ex-Procurador do Município, por duas razões: primeiramente porque ele foi citado, várias vezes, por um dos depoentes. Em segundo plano, porque reconhecemos que o mesmo também detém valiosas informações sobre os assuntos investigados. O depoente trabalhou como Procurador durante o período de janeiro de 2009 a dezembro de 2012. Tomou conhecimento dos ilícitos ocorridos no Cemitério a partir das apurações do funcionário Sidney ? que havia notado a estranha não movimentação da conta do Cemitério. Durante os levantamentos, descobriram que quantia superior a R$ 70.000,00 (setenta mil reais) não havia sido depositada no Erário e que o ex-Coordenador do Cemitério, Sr. Waldecir Machado, se valia de boletos antigos, já quitados, para prestar contas à Fiscalização Tributária Municipal. Informou-nos que logo depois da apuração administrativa, o referido funcionário foi exonerado. Contou-nos que o Sr. Waldecir vendeu túmulos que não eram novos; que o mesmo verificava nos Livros do Cemitério Municipal quais jazigos não eram ?movimentados? há tempos para esvaziá-los. Segundo Sr. Roosevelt, o ex-Coordenador retirava os restos mortais destes túmulos para revendê-los, e que o fez por conta própria, sem a autorização ou o consentimento de ninguém da Administração. Disse-25 nos que não pode afirmar com certeza se o Sr. Waldecir se apossou dos R$ 215.000,00 (duzentos e quinze mil reais) que lhe são cobrados no processo da Execução Fiscal, mas que tem certeza de que o ex-funcionário vendia túmulos ilegalmente para se apossar do dinheiro. Que tudo o que descobriu a respeito do assunto foi encaminhado ao Ministério Público. Afirmou não ter havido processo administrativo em desfavor do Sr. Waldecir, mas tão somente um processo tributário ? no qual, vale dizer, o ex-funcionário pediu adiamento do prazo para sua defesa. Confirmou à Comissão que deu descontos por conta própria no valor de alguns túmulos, mas que procedeu desta forma, amparado pela Legislação Municipal e por um Decreto exarado pelo então Prefeito Municipal, que lhe outorgou poderes para tanto (documentos em anexo). O Sr. Roosevelt nos alertou que com o passar do tempo, mais situações de flagrantes irregularidades iram aparecer e que isso ainda não aconteceu, porque algumas famílias ainda não precisaram sepultar ninguém, desde o ocorrido. I.XVII ? Da ?Segunda Visita? do Sr. Waldecir à Comissão. Na manhã do dia 18 de julho de 2013, o Sr. Waldecir voltou à Câmara Municipal, dizendo que gostaria de prestar informações à Comissão novamente. Na ocasião, não houve tempo hábil para reunir todos os membros para ouvi-lo. O depoimento espontâneo foi colhido, portanto, em meu gabinete. Lavrou-se uma ?ata? (que segue em anexo ? fls. 350), para positivar os dizeres do Sr. Waldecir. 26 Neste retorno à Comissão, ele nos apontou indícios de irregularidades que envolveriam outros funcionários do Poder Público Municipal, mas não quis citar o nome dos mesmos. O único nome mencionado foi o do ex-Coordenador Sebastião Maurício Correia de Paiva, já falecido. Informou-nos que a Sra. M.I.R.S. (fls. 209), também ouvida pela Comissão, teve seu alvará expedido em 26/10/2011 (cópia apresentada à Comissão, sem estar assinada, fls. 355). A versão contada pela referida munícipe, no entanto, é diferente. Sobre o emblemático caso do Sr. A.F.G., já comentado neste Parecer (documentos em fls. 113/121), Sr. Waldecir justifica a cobrança de R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais) feita à família, dizendo que seria referente ao ?serviço de revestimento de túmulo?, que não possui ligação com a Prefeitura. E que o valor a ser pago pela família do Sr. A.F.G., seria de ?direito? de terceiros, para quem o Sr. Waldecir intermediou a venda do Perpétuo. Por derradeiro, o ex-Coordenador indicou à Comissão o nome de três munícipes que poderiam aclarar a questão referente aos valores que lhe estão sendo cobrados nos autos da Ação de Execução Fiscal ajuizada pelo Poder Executivo Municipal em dezembro de 2012. A Comissão orientou o Sr. Waldecir no sentido de que mobilizasse essas três pessoas para testemunharem a seu favor no referido processo, na tentativa de mostrar que o valor cobrado na Ação não é, em sua totalidade, de sua responsabilidade ? conforme o mesmo alega. 27 Cabe-nos, também, encaminhar ao setor de Fiscalização Tributária da PMC, os indícios de irregularidades fiscais apontadas pelo ex-Coordenador. O que será feito, logo após a apresentação oficial deste Parecer. I.XVIII ? Últimas considerações acerca da Apresentação dos Fatos. Outros documentos e outros depoimentos, não-mencionados neste Parecer foram entregues à Comissão durante os trabalhos. No entanto, constituem elementos que repetem as informações aqui destacadas ou não tem tanta relevância para os objetivos centrais desta. De qualquer sorte, todos esses elementos seguem anexos ao Parecer. II ? DA CONCLUSÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE FATOS APURADOS Analisando todos os depoimentos, documentos e todas as impressões obtidas através das ações, atingimos algumas conclusões, isto é, alguns fatos confirmados: 1) O Sr. Waldecir Taveira recebeu pessoalmente dinheiro advindo da venda de túmulos. Não podemos precisar por quantas vezes o fez. Tal premissa é confirmada por ele mesmo, em seu depoimento à Comissão, e por outras pessoas que já presenciaram a conduta. 2) O Sr. Waldecir Taveira foi à residência de alguns munícipes para oferecer túmulos. Esta premissa é confirmada por dois depoimentos obtidos pela Comissão. Sr. Waldecir não negou o fato. 28 3) O Sr. Waldecir Taveira foi à residência de alguns munícipes para cobrar parcela de valores referentes à venda de perpétuos. O fez até mesmo em período no qual já não era mais funcionário da Prefeitura. Premissa confirmada pelo depoimento do próprio e por outros dois depoimentos. 4) Sr. Waldecir teve que esvaziar túmulos para revendê-los ? com ou sem o consentimento dos antigos proprietários. A Comissão não conseguiu apurar, com toda a certeza, a destinação dos restos mortais provenientes dos túmulos esvaziados. 5) Descobrimos a existência de um depósito de restos mortais, um ?ossário? no Cemitério Municipal. Além dos depoimentos que confirmam a premissa, estivemos, pessoalmente, diante do referido (ainda fechado). 6) Sr. Waldecir nega ter se apropriado dos valores referentes aos túmulos que vendeu. Disse que apenas intermediava as vendas. No entanto, não soube informar à Comissão o nome de nenhum ex-proprietário de túmulo que o tenha procurado para colocar seu perpétuo à venda. 7) Existe um ?desfalque? no cofre municipal referente à ?conta do Cemitério?. Este desfalque, segundo a Fiscalização Tributária, chega a cerca de R$ 215.000,00 (duzentos e quinze mil reais) ? valor atualizado à época do ajuizamento da Ação de Execução proposta pelo Município em desfavor do Sr. Waldecir. 29 8) O Sr. Roosevelt Pires, no período em que atuou como Procurador Municipal, concedeu ?descontos? nos valores referentes à venda de túmulos. 9) O valor cobrado nos autos da Ação de Execução movida pelo Município em desfavor do Sr. Waldecir Taveira engloba os descontos concedidos pelo então Procurador Municipal, Sr. Roosevelt Pires ? o que a nosso ver, não está correto. 10) O túmulo da menina ACB foi violado. Premissa confirmada com as imagens anexadas e relatos de funcionários que entendem sobre ?emendas? feitas em túmulos. Não temos condições de saber, ainda, se seus restos mortais foram mexidos. Processo judicial que corre na Comarca ? que deu ensejo à exumação aqui narrada ? o informará, posteriormente. 11) Houve violação, não autorizadas, de túmulos. Não podemos precisar a quantidade, muito menos a finalidade delas. A premissa se confirma com depoimentos, fotos e relatos pessoais nossos ? membros da Comissão. 12) O atual Secretário de Serviços Urbanos esteve, até o momento do encerramento desta Comissão, ausente para com o Cemitério São José. Premissa confirmada por vários depoimentos, fotografias e pela própria opinião desta Comissão. 13) Existe uma contradição nos depoimentos do Dr. Eduardo Barcelos e do Sr. Secretário Nicolau Siervi. O primeiro acusa o segundo de omissão. Este diz não se lembrar do episódio em que tenha supostamente sido omisso. 30 14) A enorme maioria dos ilícitos que chegaram à Comissão é referente ao período de 2011 e 2012. Isto porque durante este período, o setor de Fiscalização Tributária da Prefeitura colocou para funcionar o documento ?Requerimento de Alvará de Perpetuidade Familiar?, que permitiu o cruzamento dos dados: venda de túmulos X receita tributária das vendas. III ? SUGESTÃO DAS MEDIDAS A SEREM TOMADAS . Por parte do Poder Público Municipal: - A normatização dos atos atinentes ao Cemitério Municipal. Uma Legislação específica sobre a matéria é medida urgente. - Uma gestão mais firme do Cemitério; com maior participação do Secretário de Serviços Urbanos para verificar de perto as necessidades do local (especialmente para agilizar a compra de equipamento para os servidores que lá trabalham). Afirma-se isso com o objetivo de evitar que novos ilícitos aconteçam. - Instalação de um Coordenador do Cemitério do quadro efetivo da Prefeitura Municipal de Cataguases, embora o atual Coordenador, funcionário Márcio, tenha nos deixado a impressão de ser muito esforçado e muito dedicado à causa; - No que tange à Ação de Execução já mencionada, cabe ao Poder Público retirar a cobrança referente ao valor dos descontos (dados pelo ex-Procurador Municipal nas compras de alguns perpétuos) da dívida cobrada do Sr. Waldecir. 31 - À Fiscalização Tributária municipal, a apuração das situações que serão pontualmente repassadas ao Setor. - A regularização da situação dos munícipes que foram vítimas dos iminentes ilícitos aqui apresentados ? especialmente os casos da Sra. SAC e do Sr. OM, já noticiados à Secretaria de Administração, através de Ofício (cópia protocolada em anexo). . Por parte do Ministério Público Estadual, especificamente à 3ª Promotoria da Comarca de Cataguases: - Apreciar o produto desta Comissão - o presente Parecer Final. Durante a apuração dos fatos, conforme já narrado, constatamos a prática de condutas que muito provavelmente são vedadas pelo Ordenamento Pátrio. Isto é, constatamos condutas tipificadas em nosso Código Penal, tais como: Peculato, Corrupção Ativa, Violação de Sepultura, Destruição, Subtração ou Ocultação de Cadáver e talvez outros. Colocamo-nos, desde já, à inteira disposição para contribuir no que nos couber. IV - Fechamento: Fechamos os trabalhos desta Comissão com duas sensações: Uma delas é a de dever cumprido. Entendemos que foi feito tudo o que estava ao nosso alcance. Ao longo desses três meses, ouvimos 15 (quinze) pessoas, expedimos ofícios, recebemos documentos, conhecemos o Cemitério Municipal de perto e vivemos experiências que nos acrescentaram muito enquanto seres humanos. 32 A outra sensação, pós-Comissão, é a de indignação. Indignação com os fatos que nos foram contados e com a impunidade de seus agentes. Indignação também para com a situação dos trabalhadores e para com a estrutura do Cemitério São José, de forma geral. Damos fim a este trabalho, acreditando, de coração, que respostas virão, do Ministério Público, do Poder Judiciário e do Poder Executivo Municipal. Colocamo-nos à disposição de todos para ajudar no que for necessário. É o Relatório. Sala das Sessões, 06 de agosto de 2013. Imprimir
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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Relatório da CPI do Cemitério


Conclusões:

Quinze pessoas foram ouvidas durante o trabalho da comissão. As investigações, apontaram principalmente para o funcionário que foi demitido na gestão do prefeito Willian Lobo, Waldecir Taveira e obteve as seguintes conclusões:


O Sr. Waldecir Taveira recebeu pessoalmente dinheiro advindo da venda de túmulos. Não podemos precisar por quantas vezes o fez. Tal premissa é confirmada por ele mesmo, em seu depoimento à Comissão, e por outras pessoas que já presenciaram a conduta.

O Sr. Waldecir Taveira foi à residência de alguns munícipes para oferecer túmulos. Esta premissa é confirmada por dois depoimentos obtidos pela Comissão. Sr. Waldecir não negou o fato.

O Sr. Waldecir Taveira foi à residência de alguns munícipes para cobrar parcela de valores referentes à venda de perpétuos. O fez até mesmo em período no qual já não era mais funcionário da Prefeitura. Premissa confirmada pelo depoimento do próprio e por outros dois depoimentos.

Sr. Waldecir teve que esvaziar túmulos para revendê-los – com ou sem o consentimento dos antigos proprietários. A Comissão não conseguiu apurar, com toda a certeza, a destinação dos restos mortais provenientes dos túmulos esvaziados.
Descobrimos a existência de um depósito de restos mortais, um “ossário” no Cemitério Municipal. Além dos depoimentos que confirmam a premissa, estivemos, pessoalmente, diante do referido (ainda fechado).

Sr. Waldecir nega ter se apropriado dos valores referentes aos túmulos que vendeu. Disse que apenas intermediava as vendas. No entanto, não soube informar à Comissão o nome de nenhum ex-proprietário de túmulo que o tenha procurado para colocar seu perpétuo à venda.

Existe um “desfalque” no cofre municipal referente à “conta do Cemitério”. Este desfalque, segundo a Fiscalização Tributária, chega a cerca de R$ 215.000,00 (duzentos e quinze mil reais) – valor atualizado à época do ajuizamento da Ação de Execução proposta pelo Município em desfavor do Sr. Waldecir.

O Sr. Roosevelt Pires, no período em que atuou como Procurador Municipal, concedeu “descontos” nos valores referentes à venda de túmulos.
O valor cobrado nos autos da Ação de Execução movida pelo Município em desfavor do Sr. Waldecir Taveira engloba os descontos concedidos pelo então Procurador Municipal, Sr. Roosevelt Pires – o que a nosso ver, não está correto.

O túmulo da menina ACB foi violado. Premissa confirmada com as imagens anexadas e relatos de funcionários que entendem sobre “emendas” feitas em túmulos. Não temos condições de saber, ainda, se seus restos mortais foram mexidos. Processo judicial que corre na Comarca – que deu ensejo à exumação aqui narrada – o informará, posteriormente.

Houve violação, não autorizadas, de túmulos. Não podemos precisar a quantidade, muito menos a finalidade delas. A premissa se confirma com depoimentos, fotos e relatos pessoais nossos – membros da Comissão.

O atual Secretário de Serviços Urbanos esteve, até o momento do encerramento desta Comissão, ausente para com o Cemitério São José. Premissa confirmada por vários depoimentos, fotografias e pela própria opinião desta Comissão.

Existe uma contradição nos depoimentos do Dr. Eduardo Barcelos e do Sr. Secretário Nicolau Siervi. O primeiro acusa o segundo de omissão. Este diz não se lembrar do
episódio em que tenha supostamente sido omisso.

A enorme maioria dos ilícitos que chegaram à Comissão é referente ao período de 2011 e 2012. Isto porque durante este período, o setor de Fiscalização Tributária da Prefeitura colocou para funcionar o documento “Requerimento de Alvará de Perpetuidade Familiar”, que permitiu o cruzamento dos dados: venda de túmulos X receita tributária das vendas.

Sugestões:


O relatório, faz também várias sugestões conforme a seguir:


Por parte do Poder Público Municipal:

A normatização dos atos atinentes ao Cemitério Municipal. Uma Legislação específica sobre a matéria é medida urgente.
Uma gestão mais firme do Cemitério; com maior participação do Secretário de Serviços Urbanos para verificar de perto as necessidades do local (especialmente para agilizar a compra de equipamento para os servidores que lá trabalham). Afirma-se isso com o objetivo de evitar que novos ilícitos aconteçam.

Instalação de um Coordenador do Cemitério do quadro efetivo da Prefeitura Municipal de Cataguases, embora o atual Coordenador, funcionário Márcio, tenha nos deixado a impressão de ser muito esforçado e muito dedicado à causa;

No que tange à Ação de Execução já mencionada, cabe ao Poder Público retirar a cobrança referente ao valor dos descontos (dados pelo ex-Procurador Municipal nas compras de alguns perpétuos) da dívida cobrada do Sr. Waldecir.

À Fiscalização Tributária municipal, a apuração das situações que serão pontualmente repassadas ao Setor.

A regularização da situação dos munícipes que foram vítimas dos iminentes ilícitos aqui apresentados – especialmente os casos da Sra. SAC e do Sr. OM, já noticiados à Secretaria de Administração, através de Ofício (cópia protocolada em anexo).
Um projeto de lei de autoria dos membros da comissão, foi dado entrada na Câmara e visa regulamentar o funcionamento do Cemitério Municipal, de outros Cemitérios e crematórios que possam se instalar no município.

Por parte do Ministério Público Estadual, especificamente à 3ª Promotoria da Comarca de Cataguases:

Apreciar o produto desta Comissão - o presente Parecer Final. Durante a apuração dos fatos, conforme já narrado, constatamos a prática de condutas que muito provavelmente são vedadas pelo Ordenamento Pátrio. Isto é, constatamos condutas tipificadas em nosso Código Penal, tais como: Peculato, Corrupção Ativa, Violação de Sepultura, Destruição, Subtração ou Ocultação de Cadáver e talvez outros. Colocamo-nos, desde já, à inteira disposição para contribuir no que nos couber.
Descaso com os funcionários:

Um outro problema detectado pela comissão e nos passado por Maurício Rufino, foi o descaso com os funcionários do Cemitério, pois a Comissão percebeu que os mesmos não tem equipamentos adequados a prática dos serviços, como luvas, óculos e botas, correndo o risco de contaminações.


A comissão termina o relatório com os seguintes dizeres: "Damos fim a este trabalho, acreditando, de coração, que respostas virão, do Ministério Público, do Poder Judiciário e do Poder Executivo Municipal. Colocamo-nos à disposição de todos para ajudar no que for necessário."

Sessão da Câmara, 06 de Agosto de 2013

REUNIÃO ORDINÁRIA
ORDEM DO DIA
06/08/2013
ÀS 18:30 HORAS


MOMENTO SOLENE: Atendendo a Requerimento Nº 122/2013, de autoria do Vereador Antônio Batista Pereira - homenagem, ao saudoso Coronel José Vieira de Resende e Silva.

• Compareceram familiares de Cel Vieira, dentre bisnetos e tataranetos. Além de alunos e professores do Colégio Cel Vieira, que prestaram homenagens, cantando o hino em homenagem ao patrono da cidade.

• Os Correios lançou um selo especial, em comemoração aos 100 anos do Colégio Cel Vieira. Adriana Santos, gerente da Agência dos Correios esteve presente na Sessão Solene e apresentou o selo comemorativo.

• Fernando Pacheco comentou sobre a importância do Cel Vieira, patrono da cidade, onde através da lei 2180 de 1975, aprovado no dia 25 de Novembro, criou o município, sendo oficializado quase dois anos depois, no dia 7 de Setembro de 1977. Destacou que através de Cel Vieira nascia a Princesinha da Zona da Mata, que veio a se tornar referência industrial, cultural, modernista, cinematográfica.. . Destacou alguns feitos de Cel Vieira, não só para Cataguases, mas na Região.


• Titoneli também destacou alguns feitos de Cel Vieira, destacando sobre a importância no cenário político, sendo o primeiro presidente da Câmara Municipal, na época não havia o Executivo, o presidente da Câmara era o prefeito da cidade.



Projetos dando Entrada:

Legislativo:
1) 40/2013- Projeto de Lei que normatiza o serviço funerário e de cemitério em Cataguases. De autoria dos vereadores: Majella, Mauricio e Joãozinho.
• Esse projeto foi criado tendo em vista as investigações da “CPI do Cemitério”, onde se apurou diversas denúncias e a ausência de leis que regulamenta o serviço funerário.

2) Projeto de Resolução 9/2013 : Que altera os artigos 123 e 124 do Regimento Interno, que reduz o recesso parlamentar de 90 para 40 dias. De autoria do Vereador Mauricio, com apoio dos vereadores: Majella, Serafim, Beleza, Majella, Russo, Aquiles, Aritana.

3) Projeto de Lei 10/2013: Que acaba com o voto secreto na Câmara de Cataguases. De autoria do vereador Mauricio, com apoio dos vereadores: , Serafim, Beleza, Vinicius, Joãozinho, Russo, Amaral, Aquiles, Aritana.

4) Projeto de Resolução 11/2013, de autoria do Vereador Vinicius, que também trata sobre o recesso parlamentar.


Projetos para serem votados:

EXECUTIVO:

Parecer Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais - Processo nº 872485 - Exercício 2011

* Retirado da ordem do dia, devido o prolongamento da Sessão.
1) Projeto 21/2013: Disciplina a participação do Município de Cataguases em Consórcio Público, dispensa a ratificação do Protocolo de Intenção e dá outras providências.

* Eliermes, funcionário da Prefeitura responsável do CISUM esteve na Câmara e prestou informações e se colocando a disposição para perguntas. Porém, ao invés de aprofundar no projeto, vereadores de oposição, liderados por Titoneli e Serafim, não entraram no mérito do projeto, questionando apenas a transferência da Sede do CISUM para Leopoldina, tema que já foi mais do que explicado, visando fazer críticas ao Executivo. Dessa forma, não se discutiu o projeto, com isso, Serafim absteve de votar, já que não sabia sobre o projeto, mas por que não perguntou ao Eliermes?

* Sobre o projeto, eu conversei com Eliermes que me explicou melhor . Segundo ele, o CISUM é uma espécie de Consórcio Administrativo e também um Prestador de Serviço. Administrativo na questão de contração de pessoal, estrutura, pagamento de luz, água, telefone... . Prestador de serviço na realização de serviços, onde ele oferece serviços as prefeituras, como se fosse uma empresa, um plano de saúde, tendo serviços que são cobramos numa tabela exclusiva, essa bem abaixo do mercado.
O CISUM é como se fosse uma instituição público/privado, dessa forma, ele não pode receber verbas federais, estaduais, emendas parlamentares... . Dessa forma, o consórcio deve ser público/público. Esse projeto é nesse sentido, torná-lo público.

- Em votação: Aprovado por 13 vereador. Serafim se absteve.

2) Projeto de Lei 22/2013: “Institui no âmbito do Município de Cataguases o Projeto Produtor de Águas e Florestas, Autoriza o Executivo a prestar apoio financeiro aos Proprietários Rurais e dá outras providências”.

-Fábio Caetano, membro da PACTO AMBIENTAL, uma organização não governamental que atua na área ambiental, ocupou a Tribuna Livre e falou sobre o projeto, tendo em vista ter que ele é o autor do projeto. Segundo ele,o projeto permitirá que o município receba verbas de programas que destinam verbas para que os produtores protejam e preservem área de preservação permanente. Essas verbas serão depositadas num fundo municipal, controlado pelo CODEMA, que será responsável pelo repasses aos produtores. Por falar em CODEMA, Fábio destacou a importância de organização o conselho, mas que vem enfrentando dificuldades nesse sentido, tendo em vista o posicionamento do secretário de Meio Ambiente, o qual articular para ser o presidente do Conselho, ocupando o cargo de Secretário e Presidente do Conselho, sendo que o CODEMA deve ser independente, um órgão que fiscaliza e presta apoio a secretaria e não que seja ligado diretamente, senão não funcionará corretamente.

• Os vereadores ao invés de se aprofundar mais no projeto, aproveitando a presença do Fábio Caetano para tirar dúvidas, aproveitaram as críticas de Fábio ao Secretário para fazer oposição ao Executivo, deixando de lado o projeto e focando na questão envolvendo o CODEMA e o secretário.

- Em votação: Aprovado por todos os vereadores.




LEGISLATIVO:

Projeto de Lei:

Nº 23/2013 - Dispõe sobre a regulamentação do acesso a informações previsto na Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e dá outras providências. Vereador JOSÉ AUGUSTO GUERREIRO TITONELI.

• Retirada da ordem do dia, devido o prolongamento da Sessão.

Nº 27/2013 - Regulamenta o funcionamento dos equipamentos de som automotivos no âmbito do Município de Cataguases e dá outras providências. MEMBROS DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E REDAÇÃO.

Retirada da ordem do dia, devido o prolongamento da Sessão.

Nº 32/2013 - Altera dispositivos da Lei nº 3.815/2010, que Institui o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores da Câmara Municipal de Cataguases e dispõe sobre a Reorganização do Quadro de Servidores e dá outras providências. MESA DIRETORA.

• Esse projeto tende a atender uma solicitação do MP, que fez um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta para a Mesa Diretora da Câmara, em especial ao presidente, extinguindo alguns cargos no Legislativo, visando combater o inchaço da máquina. Muitos cargos foram criados e não estavam sendo preenchidos, como o de Assessoria de Comunicação e Imprensa, onde havia o cargo mas não havia ninguém exercendo a função, o que não justifica a criação desse cargo, que nunca foi exercido.

Há também muitos cargos de uma só função, sendo que o funcionário faz outra, ocorrendo o desvio de função. Por exemplo, a pessoa é contratada como serviços gerais, sendo que faz serviço de porteiro, telefonista, motorista ou outro cargo. O TAC do MP é no sentido de organizar o Legislativo, criando cargo que realmente necessite, sem inchar a máquina. Caso o presidente da Câmara fizesse algo, poderia responder um processo, passível de multa e até mesmo cassação de mandato.

A grande polêmica sobre o tema é a prestação de serviço de Carteiro de Identidade e de Trabalho, onde não é uma função do Legislativo, mas que há tempos vem realizando. Nesse TAC, essa função é extinta, já que não há cargo para tal função, tendo em vista que não é função do Legislativo. Dessa forma, corre o risco da Câmara não realizar mais esses serviços, tendo que ser realizado em outras cidades.

Visando manter esses serviços, o vereador Luiz Carlos Russo, entrou com um projeto substitutivo, criando quatro cargos especiais, esses temporários, enquanto durar esses serviços que estão sendo realizados, já que não pode oficializar. Esse seu projeto é no sentido de manter esses serviços.

O Vereador Michelangelo entrou com uma emenda, no sentido de que aposentados não fossem nomeados. Essa sua emenda trouxe polêmica, já que há no Legislativo aposentando que foram nomeados. Titoneli destacou que tal emenda é discriminatório e que exclui o aposentando de um direito em lei, onde não tem nada que os impeça, inclusive, podem fazer concurso público e trabalhar. Titoneli pediu para que

* Michelangelo repensasse sobre essa emenda, sugerindo sua retirada. Michelangelo acabou retirando.

Esse projeto, cria novos cargos, extinguindo outros. De 12 serão apenas 6, ou seja, metade dos cargos foram extintos, gerando uma economia mensal de R$ 2s.097,00, sendo anualmente R$ 25.740,00.

- Em votação: Projeto aprovado por unanimidade.

* Esse projeto deve ser votado em duas Sessões, dessa forma, foi pedido quebra do interstício, com isso, foi votado nessa mesma Sessão, sendo contrário a essa votação os vereadores: Titoneli, Walmir, Serafim, Vinicius. Esses vereadores foram contrários a votação nessa sessão, defenderam que fosse aprovado na próxima Sessão. Mas a maioria entendeu que deveria ser nessa mesma Sessão, e o projeto foi aprovado novamente por unanimidade.

• Relatório da Comissão de Assuntos Relevantes que Investiga denúncias no cemitério.

Os vereadores Maurício Rufino, Majella e Joãozinho de Vista Alegre fizeram parte dessa comissão, que por mais de 3 messes investigou várias denúncias, fazendo um relatório, que na minha opinião é um dos melhores trabalho do Legislativo dos últimos tempos. Segue abaixo alguns trechos do relatório, onde 15 pessoas participaram das investigações.

1) Marciano Silva Oliviera, funcionário da prefeitura que trabalha no cemitério, explicou como funciona o serviço funerário, atualmente e no passado. Um túmulo custa R$ 1.578,00, para quem já o túmulo, a prefeitura cobra uma taxa de R$ 48,00. Deu detalhes burocráticos.

2) Eduardo Antunes Barcellos, Dudu Barcellos, advogado de um proprietário de túmulo, que foi violado. Dudu apresentou diversos documentos comprovando a violação, onde tem na justiça uma ação contra a prefeitura, solicitando uma investigação. Dentro dos documentos, tem recibos assinados por ex-coordenadores do cemitério, o que comprova o crime de venda ilegal de túmulos, já que essas pessoas vendiam diretamente a pessoa, fazendo recibo, onde esse dinheiro não entraria nos cofres públicos.

3) Idimar Vilela, coordenador do cemitério entre 2001 a 2008, retornando entre 2010 a 2011, após a exoneração do ex-coordenador, que administrou entre 2009 a 2010, quando surgiram as denúncias. Segundo Idimar, mesmo não fazendo mais parte da prefeitura, o ex-coordenador circulava pelo cemitério, chamando a atenção de todos. Segundo ele, numa certa ida, comentou que essa história “pode acabar igual ao Cunha Neto”. Cunha Neto foi um assinado por denúncias envolvendo o cemitério.

4) Sidney e Lecivaldo, responsáveis pelo setor tributário da prefeitura, onde as primeiras investigações começara, tendo como referência uma guia para recolhimento de valores e requerimentos burocráticos para liberação de enterros que não estavam sendo realizado. Para que uma pessoa fosse enterrada era preciso pagamento diretamente a prefeitura, através de boletos, emitidos pelo setor tributário. Constatou-se que depois da criação dessas guias, muitas pessoas foram enterradas e nenhum dinheiro chegou aos cofres públicos. Segundo apurou as investigações, cerca de R$ 214 mil foram desviado, sendo tratados diretamente com o ex-coordenador do cemitério, que vendia túmulos através de um recibo próprio.

5) Waldecir Taveira, ex-coordenador do cemitério, na época em que surgiram as denúncias. Segundo ele, não se apropriou de nenhum jazigo ou dinheiro. Disse que apenas intermediava a venda de túmulos privados. Por exemplo, a pessoa tinha um túmulo e queria vender, Waldecir fazia essa intermediação, onde cobrava das pessoas que compravam e repassava para as pessoas que vendiam. Citou que o ex-procurador faziam descontos em venda de túmulos, apresentando um documento que comprova.


6) Proprietários de túmulos. 5 proprietários participaram das investigações, dentre eles uma proprietária, A. S (apenas as iniciais do nome), que tem um recibo assinado pelo ex-coordenador, no valor de R$ 1.300,00, comprovando que ela comprou um túmulo, porém, procurou junto ao setor responsável da prefeitura e constatou que não havia nada em seu nome. Ou seja, ela pagou pelo túmulo mas não tinha nada em seu nome. O dinheiro também n não entrou nos cofres públicos.

Segundo J. N.T, o ex-coordenador o procurou pessoalmente, em sua casa, para a venda de um túmulo, sendo no valor de R$ 3.000,00.

De acordo com N., ficou sabendo que o ex-coordenador vendia túmulos e o procurou, onde pagou em várias parcelas, sendo a primeira no valor de R$ 200,00, a segunda R$ 500,00 e a terceira R$ 200,00. Pagou R$ 900,00, conforme comprova recibos emitidos e assinados pelo ex-coordenador. Restando mais R$ 500,00, tendo em vista que o túmulo era no valor de R$ 1.400,00, mas que N. não pagou e procurou o setor responsável da prefeitura, para legalizar sua situação.

J.P., citou que seu pai havia sido sepultado, porém, os restos mortais não estavam no túmulo, mais sim nm saco plástico, numa espécie de gaveta, sendo conhecida como Gavetão, junto com outros restos mortais. Um ossário clandestino dentro do cemitério, Onde retiravam o corpo, sepultavam outros e os restos mortais ficavam em saco plástico nesse gavetão. Destacou que ninguém da família deu autorização para r retirada dos restos mortais.

7) Secretário de Serviços Urbanos, Nicolau Sierve, rebateu as críticas feitas pelo advogado Dudu Barcellos a sua pessoa, dizendo que em momento algum recebeu documentos pelo advogado e que muitos menos citou que não caberia a ele tomar as medidas.

8 ) Rossevelt Pires, ex-procurador, citou que tomou conhecimentos de tais denúncias no cemitério pelo setor tributário, onde constatou que haviam sepultamentos, mas nenhum dinheiro entrava nos cofres públicos. Citou que assim que tomou conhecimento do fato, exonerou o coordenador do cemitério e abriu uma investigação, que foi feita e encaminhada ao MP, inclusive cobrando o valor de R$ 215 mil.

9) Waldecir Taveira, procurou membros da comissão, para um novo depoimento, citando nomes de outras pessoas envolvidas em tais práticas, dentre eles, um ex-funcionário, de nome Sebastião, esse já falecido.


• Conclusão: A comissão constatou diversas irregularidades: venda de túmulo, desvio de dinheiro, violação de túmulos, cemitério clandestino... além de problemas na infraestrutura, falta de funcionários, equipamentos de proteção individual, e um abandono pelo setor público ao cemitério. Na minha opinião, uns dos melhores atos do Legislativo dos últimos tempos. Parabéns aos vereadores Mauricio, Majella e Joãozinho, que cumpriram com o papel do legislador, que é investigar. O relatório será encaminhado para o MP;


GRANDE EXPEDIENTE: Inscritos:
Devido o prolongamento da Sessão, o Grande Expediente não foi realizado.