sábado, 17 de outubro de 2009

ProJovem fracassa em Cataguases

Não emplacou o ProJovem Urbano em Cataguases. O programa, desenvolvido em
parceria entre governo federal e estadual
e executado pelas prefeituras, beneficia
c om a c o n c l u s ã o d o En s i n o
Fundamental jovens entre 18 e 29 anos.

Eles adquirem também formação
técnica inicial para inserção no mercado
de trabalho e recebem bolsa de R$ 100
durante seis meses de estudos. Em
Cataguases havia 400 vagas. Apenas
125 jovens se matricularam. O mínimo
exigido era 300.
É forçoso comentar que a
inscrição do município no programa,
feita aos “45 minutos do segundo
tempo”, precisou de um empurrão do
gabinete do vereador Vanderlei Pequeno
(PT). A prefeitura aderiu ao ProJovem
Urbano ao apagar das luzes do dia 08 de
junho.

Houve falha na comunicação?


No dia 09 de outubro, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE), em Belo Horizonte, nos informou que Cataguases está fora do ProJovem Urbano por não ter arregimentado os 300 alunos necessários. Isso, numa cidade que possui 7.970 famílias extremamente pobres (com renda até meio salário mínimo), onde a evasão escolar e o
desemprego rondam mais perto.



Nossa vizinha, Leopoldina, preencheu as 400 vagas; e segundo informou a Secretaria de Educação de lá, ainda sobraram alunos.



O q u e a c o n t e c e u em Cataguases?



De acordo com a Secretaria de Ação Social, todos os esforços foram feitos na divulgação do programa. Bairros foram visitados pelos funcionários, folders e volantes foram distribuídos, carros de som saíram às ruas, chamadas pontuaram nas rádios, convocação geral, e nada,
as matrículas pouco passaram de uma centena.



Perguntas à Prefeitura:



1 – Não temos 300 jovens em Cataguases em situação de carência que preencham os requisitos
necessários do ProJovem Urbano?



2 – Se temos esses jovens e se a comunicação da Prefeitura sobre o programa foi feita com eficiência, como informou a Secretaria de Ação Social, por que eles não atenderam ao
chamado?



3 – Essa parcela da juventude está ocupada com quais atividades, supostamente mais interessantes que o ProJovem Urbano?



Dentro desse contexto de muita(?) informação e pouca comunicação, é público e notório que
o prefeito e sua equipe vêm promovendo domingos festivos nos bairros pobres (e qual não é?) da cidade, mais para fazer campanha que para prestar serviços, mas parece que essas domingueiras fanfarras não ajudam a convencer quando o assunto é sobre educação e trabalho.
Seja lá por qual motivo, a Prefeitura não está conseguindo cumprir a promessa que fez no início
do mandato, de entabular uma conversa tatibitate com a população menos favorecida de Cataguases.

Creio que os inquilinos do Paço, que já estão lá há quase um ano, devem explicações claras à população sobre o fracasso do ProJovem Urbano na cidade. Ou não devem?

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