quarta-feira, 11 de julho de 2012

Eleição no Viveiro (3)


Eleição no Viveiro (3)
Paulo Lucio – Carteirinho
Membro do Movimento Vermelho de Cataguases

No viveiro kataua, enquanto alguns pássaros  cantam vitória, outros cantam para se acasalar, visando conseguir uma boa coligação.

Nessa questão o tucano sai na frente,  poliglota  consegue atrair vários outros pássaros. A arara vermelha também tem facilidade e  conta com   o apoio e a experiência da coruja para atrair outros  pássaros, mas sobraram poucos. Já o pingüim tem  grande dificuldade, afinal, só sabe cantar  “pinguinês”, um canto alto e desafinado onde outros pássaros não  entendem nada e acabam se afastando. Se o  pingüim não aprender outro canto ou pelo menos afinar o seu “pinguinês”, não irá cantar, mas sim dançar.

Mas nem sempre o  acasalamento  é bom. O tucano quem diga. A poucos dias de inaugurar uma grade obra, o  Meu Ninho,  Minha Vida, o tucano foi pego de surpresa pelo Urubu, depois de um escândalo no cemitério, criando o Meu Túmulo, Minha Morte.  

Esse escândalo criou um atrito  no ninho, jogando uma pá de terra  na campanha. Alguns pássaros pensam em abandonar. Se isso acontecer, irá  faltar pássaros para pegar na alça do caixão. A campanha corre o risco de ser enterrada.

Outra crise dos aliados tucanos aconteceu no  galinheiro,  que se transformou em rinha. Dois galos da raça índio, caciques de seus bairros, brigaram por causa de uma verba para construção de uma quadra no canto dos Leopardos.  Como diz o ditado: “pássaro bonito tem dono”. Ainda mais em ano de eleição. Que beleza, não precisa de oposição.  A própria base tucana já faz isso.

Fora da rinha, mas na briga política, o pombo correio continua informando. Até a próxima.  

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