Eleição no Viveiro (3)
Paulo Lucio – Carteirinho
Membro do Movimento Vermelho de Cataguases
No
viveiro kataua, enquanto alguns pássaros
cantam vitória, outros cantam para se acasalar, visando conseguir uma
boa coligação.
Nessa
questão o tucano sai na frente,
poliglota consegue atrair vários
outros pássaros. A arara vermelha também tem facilidade e conta com
o apoio e a experiência da coruja
para atrair outros pássaros, mas
sobraram poucos. Já o pingüim tem grande
dificuldade, afinal, só sabe cantar
“pinguinês”, um canto alto e desafinado onde outros pássaros não entendem nada e acabam se afastando. Se
o pingüim não aprender outro canto ou
pelo menos afinar o seu “pinguinês”, não irá cantar, mas sim dançar.
Mas
nem sempre o acasalamento é bom. O tucano quem diga. A poucos dias de
inaugurar uma grade obra, o Meu
Ninho, Minha Vida, o tucano foi pego de
surpresa pelo Urubu, depois de um escândalo no cemitério, criando o Meu Túmulo,
Minha Morte.
Esse
escândalo criou um atrito no ninho, jogando
uma pá de terra na campanha. Alguns
pássaros pensam em abandonar. Se isso acontecer, irá faltar pássaros para pegar na alça do caixão.
A campanha corre o risco de ser enterrada.
Outra
crise dos aliados tucanos aconteceu no
galinheiro, que se transformou em
rinha. Dois galos da raça índio, caciques de seus bairros, brigaram por causa
de uma verba para construção de uma quadra no canto dos Leopardos. Como diz o ditado: “pássaro bonito tem dono”.
Ainda mais em ano de eleição. Que beleza, não precisa de oposição. A própria base tucana já faz isso.
Fora
da rinha, mas na briga política, o pombo correio continua informando. Até a
próxima.
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