
Lamentável o artigo de Marcos Coimbra, publicado no EM desta quarta, em que o jornalista defende que os pequenos partidos não tenham direito a aparecer no horário eleitoral gratuito. O argumento? Falta de “representatividade”.
Deveria saber o sociólogo que os partidos, assim como a sociedade, têm a sua história, seu desenvolvimento. A corrente que deu origem ao PSTU existe com diferentes nomes desde 1974.
Estivemos na ilegalidade, combatemos a ditadura (e ajudamos a derrubá-la). Nosso candidato a presidente, Zé Maria, foi preso junto com Lula, ajudou a fundar a CUT e o PT, do qual fizemos parte até 1992.
Fundamos um novo partido em 1994, que ainda é pequeno, mas não será sempre assim.Nestas eleições, os candidatos majoritários irão gastar R$ 450 milhões, nós R$ 300 mil. Eles têm 47 min no horário eleitoral, nós 55 segundos.
A cobertura deles na TV e nos grandes jornais é diária, nossos candidatos nem são citados. Eles viajam de helicóptero, nós de ônibus e carro.Ainda assim, o ilustre jornalista nos quer fora do horário eleitoral.
Nós, pelo contrário, vamos continuar defendendo o seu direito a escrever matérias, mesmo que tão autoritárias como a última, e mesmo que ninguém as queira ler.
Vanessa Portugal, candidata ao governo de Minas pelo PSTU.
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