quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Imperialismo!?
Imperialismo!?
Paulo Lucio Fernandes da Silva
Matrícula: EAD 01343810
Licenciatura - História
Polo: Cataguases/MG
2015
Imperialismo!?
O que é imperialismo? O conceito de imperialismo sempre foi objeto de muita polêmica. Para entender melhor o que vem a ser imperialismo recorro primeiro ao dicionário, que define da seguinte forma: “é a política de expansão e o domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas”.
Segundo os teóricos, em especial os marxistas, “o imperialismo é o segundo estágio do capitalismo”. Um estágio de acumulação capitalista, em substituição ao estágio do capitalismo concorrencial.
Não poderia deixar de fora os “nacionalistas” e os Estadistas que definem o imperialismo como “um mal negócio para a nação”. Para eles, as práticas imperialista combatem a cultura, a política e a economia local.
A influência imperialista é exercida, diretamente ou indiretamente, muitas das vezes através de armas.
Visando ser imparcial, cito também a versão dos partidários do imperialismo, que entendem que o modelo imperialista é uma medida de desenvolvimento industrial e mercadológico. “Conseguir novos mercados é necessário anexar-se a outros territórios, sendo isso uma medida de política sensata para todos os países industriais”.
Em outras palavras, imperialismo é a prática através da qual, nações poderosas procuram ampliar e manter controle ou influência sobre povos ou nações mais pobres.
Projeto do imperialismo
Desde a Antiguidade, os povos lutam para conquistar. No caso do Imperialismo, essa conquista é mais voltada para o lado econômico. As potências industriais precisavam expandir os negócios. Uma característica do capitalismo. Entender a influência do capital estrangeiro nas economias e na política de outros países é entender o imperialismo.
O que leva os imperialistas quererem conquistar outros países e territórios? Para essa pergunta temos várias respostas: Mão de obra barata; exploração; novos mercados; busca de matérias primas; monopólio; poder; desenvolvimento; riqueza; ... .
Do lado dos imperialistas, ao conquistar países mais pobres os imperialistas estariam contribuindo para a civilização daqueles países.
Na verdade, o imperialismo precisava de mercados estrangeiros para as manufaturas. Investimentos foi à causa da adoção do imperialismo como linha política e como prática dos parasitas para tentar monopolizar o resto dos mercados.
Para entendermos melhor o imperialismo temos que voltar no passado, na Revolução Industrial. O surgimento de várias indústrias e produtos fizeram com que os países fossem atrás de matéria-prima. Do que adianta você ter uma máquina que produz se você não tem matéria prima para a produção? Não ter mão de obra? E até mesmo compradores.
Sem matéria prima cabia aos países industriais comprar de outros países. O que acabava encarecendo o produto final. Além da busca de matéria prima, os imperialistas tinham que combater o Protecionismo.
O Protecionismo foram medidas que muitos países criaram para proteger sua economia. Através de impostos e até mesmo proibição da circulação dos produtos estrangeiros nos países.
O Protecionismo acabou alimentando o imperialismo. Tomar territórios era necessário para os imperialistas. Esse pensamento prevaleceu por muito tempo.
Novas formas de Imperialismo
O domínio de nações e países por parte dos imperialistas foi mudando ao longo do tempo. Novas formas de expansão imperialista passaram por diferentes fases: globalização, neoliberalismo, neoimperialismo, imperialismo tardio, imperialismo contemporâneo... .
Mudaram o nome, mas a lógica era a mesma: controle por parte do capital. Segundo Hobson, a “ submissão ao poder da metrópole como forma de absorção política das terras, onde funcionários, mercadores, industriais exercem seu poder econômico sobre “as raças inferiores” e incapazes de praticar o autogoverno”.
O princípio do imperialismo não é a ação do estado, e sim o movimento do capital internacional e transnacional sobre a economia global. Dentro do imperialismo, o Estado é “o agente de execução necessário, a serviço exclusivo dos segmentos dominantes do capital”.
O imperialismo visa poder único, sem fronteiras, acima de qualquer potência capitalista. Trata-se da nova ordem global que com a finalidade de criar monopólios. Principalmente nas áreas: da tecnologia; do controle de fluxos financeiros; do acesso aos recursos naturais do planeta; dos campos da comunicação e da mídia; da esfera dos armamentos de destruição.
O imperialismo caracterizar-se-ia como uma nova etapa do capitalismo, nascida sob a hegemonia do capital financeiro e das corporações monopolistas.
Segundo Lênin, “o quê distinguia a fase imperialista das fases anteriores do capitalismo, era o fim da concorrência entre as empresas e o domínio da economia mundial por um pequeno número de monopólios e oligopólios”.
Conclusão
A expansão imperialista impôs a muitos países o modelo econômico e político. Trazendo conseqüências na economia.. De acordo com Lênin são elas
1) Concentração da produção e do capital levada a um grau tão elevado de desenvolvimento que criou os monopólios.
2) Fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação, baseada nesse capital financeiro da oligarquia financeira;
3) Exportação de capitais, diferentemente da exportação de mercadorias;
4) Formação de associações internacionais monopolistas de capitalistas, que partilham o mundo entre si.
5) Termo da partilha territorial do mundo entre as potências capitalistas mais importantes
Tudo isso em prol do capitalismo. O que reforça as palavras de Lênin quando dizia: O imperialismo é a nova fase do capitalismo.
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