Para facilitar o entendimento vou citar um exemplo. Bem simples. Vamos supor que a reforma da previdência faça o trabalhador trabalhar um ano a mais. Apenas um ano. Sendo que esse trabalhador recebe salário mínimo. Nesse caso, fiará com o governo:
R$ 1.000 (salário mínimo) X 13 (12 meses + 1)= R$ 13.000,00
Um ano a mais de trabalho, para quem recebe salário mínimo, faz com que o governo fique com R$ 13 mil para si. Na verdade mais do que isso, tendo em vista que quando o trabalhador está na ativa o governo arrecada com ele. Sendo 20% de INSS (parte patronal + parte do trabalhador). Nesse caso, o governo arrecada:
20% em cima de R$ 1.000,00 = R$ 200,00
R$ 200 x 13= R$ 2.600,00
Logo, um ano a mais trabalhado faz com que o governo fique com: R$ 13.000 + R$ 2.600,00= R$ 15.600,00.
Isso em apenas um ano. Com cálculo em cima do salário mínimo. Imagina em cima de salários mais altos. Imagine agora 2,3, 5, 10 anos a mais trabalhado.
Como podem ver, fazer o trabalhador trabalhar mais é muito lucrativo para o governo. Dessa forma, qualquer tipo de reforma aprovada é boa para o governo. Essa então nem se fala, tendo em vista que fará com que o governo fique com R$ 1 trilhão ao longo de 10 anos.
O governo tirará do trabalhador R$ 1 trilhão e ficará com esse dinheiro para ele. Isso será bom para a economia?
Na minha opinião não. Pois o sucesso da economia está no consumo. Quando o trabalhador tem menos dinheiro, menos ele consome. Logo, essa reforma da previdência tirará R$ 1 trilhão da economia.
Você prefere R$ 1 trilhão nas mãos do trabalhador gastando ou não mão do governo?
Claro que não podemos demonizar a reforma. Até porque tem alguns pontos positivos. Como combate a alguns privilégios. Porém, está tirando muito mais do trabalhador, dos mais pobres, do que dos ricos e privilegiados. Tem como acabar com privilégios sem prejudicar o trabalhador e os mais pobres.
Não caiam no discurso dos marqueteiros do governo. Essa reforma da previdência não será boa para a economia. Não será boa para o trabalhador.

Nenhum comentário:
Postar um comentário