Fulano brigou com Ciclano. Ciclano resolve matar Fulano. Parentes e amigos de Fulano resolvem se vingar de Ciclano. Parentes e amigos de Ciclano resolvem se vingar dos parentes e amigos de Fulano...
Cada tentativa de vingança mais mortos. Quem matou acaba morto. Como diz o Rappa: “Também morre quem atira”.
A situação só piora. Pois cada vez mais pessoas são envolvidas. Vale lembrar que uma tentativa de vingança acabou com três pessoas - que não tinham nada a ver com o caso- atingidas por balas perdidas. Entre elas, uma criança de apenas dois anos.
O justiceiro além de responder pela morte de seu desafeto, responderá também pelo atentando a outras pessoas. Aumentando sua ficha criminal. Se complicando ainda mais.
E se essas pessoas, seus familiares ou amigos resolvam também se vingar? Ou seja, teremos mais acertos de contas.
Para provar que a vingança não é o melhor caminho cito o caso do tatuador que tatuou na testa de um rapaz: Sou ladrão e vacilão. O tatuador está preso e responderá pelo crime de tortura.
Como podem notar, fazer justiça com as próprias mãos não é o melhor caminho. Os justiceiros acabam mortos, presos ou vivem foragidos. Então pergunto: Vale a pena fazer justiça com as próprias mãos?
Optar por fazer justiça com as próprias mãos é o mesmo que atirar contra a própria vida. A pessoa acaba com a vida de quem matou e também com sua própria vida. Afinal, responderá por isso. Conviverá com essa morte pro resto da vida.
O tiro acaba atingindo também o atirador. Afinal, "também morre quem atira".
